O Freddie ainda vive

Este passado sábado, havia múltiplas ofertas culturais. E ainda estivemos indecisas entre a escolhida e um espectáculo no museu da Electricidade chamado Titanik.

Mas acabámos por optar pelo concerto de tributo aos Queen.

A abrir, Pearl Band, uma banda de homenagem Portuguesa aos Pearl Jam. Os moços tocaram uma hora e meia e foram muito competentes.

Não é a primeira vez que vejo uma banda de tributo aos Queen, mas estes moços impressionaram-me. Não só são parecidos fisicamente com os originais, como o cantor é multi instrumentista e trouxeram alguns truques, como as bolinhas que aqui vêem.

Não, ninguém substitui o Freddie, mas esta banda serve para enganar a saudade.

Passaram em revista todos os amados éxitos dos Queen, mas não a preferida da escriba "Slightly Mad", talvez por se basearem muito no alinhamento do Live at Wembley e essa canção ser posterior.

O Campo Pequeno estava à pinha, o público estava entusiasmadíssimo e foi um grande concerto.

Tendo em conta a quantidade de adolescentes e crianças, não me parece que o mito esteja a morrer. Pelo contrário, apesar de quase 19 anos decorridos da morte do Freddie, o mito continua bem vivo e é sempre uma emoção ouvir estas canções fantásticas.

Freddie morreu, viva o Freddie.

Pensamentos esféricos

Eu sei que ando muito caladinha sobre isto, mas tenho seguido religiosamente os resultados.

Fiquei contente com a eliminação da França (sim, eu sei que não me fica bem, mas é mais forte do que eu) e com a passagem da Alemanha aos oitavos.

Ainda não vi nenhum jogo que não fosse de Portugal, logo eu que adoro ver os moços cantar o hino antes do pontapé de saída. Mas espero poder começar a ver mais qualquer coisinha.

Fica aqui um grande "Boa Sorte" para os Navegantes. Apesar de eu não ter um feeling, espero que passem aos oitavos, porque a vida é muito triste e precisamos do máximo de alegrias possíveis.

No Cinema - Vencer

Consta que Mussolini teve um primeiro casamento com Ida Dalser, com quem teve um filho. Que posteriormente casou com outra mulher e tentou calar a primeira, que acaba no manicómio, por não aceitar remeter-se ao silêncio. O filho acaba por lhe fazer companhia num outro manicómio.

Esta é a premissa do filme. Não existem registos escritos deste casamento, por isso, não há certezas quanto às alegações da senhora. Mas o filme é bom, os actores competentíssimos e a história apelativa. E pelas imagens do Mussolini que aparecem, dá para perceber que o senhor tinha uns tiques muito esquisitos...

Nem de Eva, nem de Adão

“Sauf en cas de crime ignoble, je ne comprends pas qu’on rompe. Dire à quelqu’un que c’est terminé, c’est laid e faux. Ce n’est jamais terminé. Même quand on ne pense plus à quelqu’un, comment douter de sa présence en soi? Un être qui a compté compte toujours.“*

Amélie Nothomb – Ni d’Ève ni d’Adam

Adoro esta escritora Belga, sobretudo os livros em que fala do seu amado Japão (Stupeur et Tremblements e este que aqui se cita). Já tem várias traduções para Português, do qual recomendo vivamente "Temor e Tremor".

Escreve num estilo excêntrico e temos o pormenor curioso de ser capa dos seus romances inúmeras vezes. Nem todos são tão leves como estes do Japão.

Experimentem que vão gostar.

*Salvo em caso de crime ignóbil, não compreendo que se acabe tudo. Dizer a alguém que acabou é feio e falso. Nunca se acaba. Mesmo quando não pensamos mais em alguém, como duvidar da sua presença em nós? Um ser que conta, conta sempre.

Pés em noite de aniversário

Agradeço a todos os participantes pela companhia. Que possamos ainda ter muitos aniversários onde tirar fotos de pés.

A reportagem gastronómica segue-se em breve.

30+4

A partir de agora, é assim que passo a identificar a minha idade.

Que isto de estar progressivamente a ficar mais velha e mais sábia não é fácil.

Música calminha para fim-de-semana sereno

You could be my unintended

Choice to live my life extended

You could be the one I'll always love

You could be the one who listens

To my deepest inquisitions

You could be the one I'll always love

I'll be there as soon as I can

But I'm busy mending broken

Pieces of the life I had before

Unintended Love - Muse

Conheci os Muse pela canção "Muscle Museum", quando a MTV ainda passava música e música de jeito. Parece que foi há muito tempo.

Esta foi a segunda, achei a letra linda e sempre foi das minhas preferidas. Nunca a vi ao vivo, para minha grande pena. A voz do Matt assenta-lhe que é uma maravilha.

Das duas primeiras canções que conheço aos moços, escolho a mais calma porque se pede um fim-de-semana sereno.

Fast Food no seu Melhor

Querem saber porque há um crescente problema de obesidade nos "Estates"? É porque coisas como estas são baratas e a comida de jeito é cara.

Estes seis Donuts da Dunkin Donuts custam 5 dólares e picos. Escolhemos o veneno que queremos a cobri-los. É rápido e acessível em todo o lado. É impossível comer mais de dois de uma penada (acreditem, eu tentei e fiquei embuchada).

O batido médio de baunilha é do MacDonalds. Também barato e acessível.

Fast Food no seu melhor. Mas prometo que o resto da comida é slow e muito interessante.

A famigerada lista

Atenção, pessoal, a lista sofreu alterações.

Por me ter sido pedido, cá vai a famigerada lista, tendo em conta que fico mais velha para a semana. Só o Larsson, Pamuk e o Tolstoi são em português. Todos os estrangeiros são em capa mole.

São livres, obviamente, de ignorar a listinha. Mas tragam o recibinho, porque eu própria já não sei que livros tenho... A ver se faço uma base de dados antes que dê asneira.

· Bryson, Bill
The Life and Times of Thunderbolt Kid

· Harris, Robert
Pompeii
The Ghost

· Larssen, Stieg
Qualquer um

· Pamuk, Orhan (reservado para a Paula)
Outras Cores

· Pratchett, Terry
The Folklore of Discworld

· Stoker, Dacre
Dracula, The Undead

· Tolstoi, Lev
Khadji-Murat

Apelo a ida a concerto

Como já vi que estes apelos internéticos até resolvem o problema da falta de companhia, alguém vai ver o segundo dia do Optimus Alive - Deftones, Skunk Anansie, Manic Street Preachers e Mão Morta?

Alguém quer fazer companhia à escriba, que para azar só conhece pessoal que vai aos outros dois dias?

Antes da entrada em cena dos Deftones, apesar de considerar que tinham o melhor cartaz, não estava puxar-me. Agora acho que já está bem recheadinho e vale a pena.

Vá, façam uma boa acção e obriguem-me a gastar o dinheiro do bilhete.

A última aquisição livresca

Comprada no último dia nos States e já lida.

Mostra uma segunda perspectiva da história do Eclipse, da saga Crepúsculo, pelos olhos da vampira recém-nascida, Bree Tanner.

Se quiserem ler à borla, vão aqui: http://ld-breetannerbook.libredigital.com/index.html Mas recordem-se, se comprarem o livro, estão a ajudar a Cruz Vermelha Americana.

Os fãs da saga devem gostar.

O capitalismo dá cabo de uma pessoa...

Eis-me de volta da "land of plenty", também conhecida por "land of the free" (se bem que esta última designação é chão que já deu uvas).

O produto do despesismo é o que vêem supra. Nem tudo é para mim, mas já tremo a pensar na conta do cartão de crédito.

O que vale é que o jetlag não me está a deixar pensar em nada em especial...

Seguem-se as fotos culturais, quando o jetlag atenuar.

Pensamentos dinossáuricos

Ou como eu prometi que não comprava mais camisolas da Kukuxumusu e acho que vou quebrar a promessa depois de ver esta...

O rosa fica-lhe bem?

Este anúncio causou alguma comoção no país de origem, Itália. Será chocante ou não usar o Hitler numa publicidade de roupa?

Não sou contra usar este tipo de símbolos, desde que não seja para os glorificar. Se é para ridicularizar então, parece-me muito bem. Mas convém que haja alguma ligação, para não ser completamente fortuito. Estou a lembrar-me da publicidade "a Sida é um assassino em massa" em que também o personagem.

Já o que o senhor do bigode tem a ver com roupa, não estou bem a ver. E vocês?

Capas de discos XVII

Lembra o que muitas meninas fazem às Barbies, mas o Ken fez por merecer...

Se quiserem rir-se mais um bocadinho, aumentem para ver o título das canções. Terá sido desgosto amoroso?

Pensamentos vulcânicos

Título que também podia ser, vamos lá a ver se o vulcão islandês no nome estranho não me dá cabo das férias.

No Cinema - O Segredo dos seus Olhos

Este thriller argentino ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro. É um bom filme , mas tenho algumas dúvidas que tivesse mais perfil para este prémio que o vencido, "O Laço Branco" ou mesmo, "Um Profeta".

Um crime é cometido, a acção decorre a dois tempos, a altura da prática do crime e 25 anos depois. O que aconteceu a todos os envolvidos no processo, assassino incluído?

Rock in Rio - os concertos de dia 30

Diz-se que estava pouca gente, mas para mim 36 mil é qualquer coisa e lá pareciam muitos.

Nunca este dia se poderia comparar com outros do mesmo certame, porque são públicos diferentes e era um domingo à noite, o que cortou as pernas a muito boa gente.

As fotos são todas do palco dos meus meninos, porque não tirei a Soulfly e aos outros dois, ficaram tremidas. Talvez ainda vejam aqui as de Ramp, que não ficaram mal.

Breve apontamento sobre as outras bandas, antes de passarmos ao que mais interessa à escriba.

Soulfly - sou a primeira a admitir que o Max Cavalera grita mais do que canta, porém, o seu gritar tem encanto. Conheci muito material, por isso, assumo que se tocou muito Sepultura.

Ramp - Os moços portugueses portaram-se bem. Só conheço uma, mas gostei do que vi. Excluindo o mosh.

Motörhead - não faz parte do top ten da escriba e só ouvi o fim. A voz do Lenny ouvia-se bem menos que a do Max.

Megadeth - não gostei, mas não sou fã da banda. O som estava mauzito.

E passando aos meus Rammstein. O meu sexto concerto após Coliseu, Restelo vezes dois e Pavilhão Atlântico vezes dois.

Foram tudo o que se esperava deles. Pirómanos...

Ainda mais pirómanos.
Foram uns gajos porreiros e tocaram a preferida da escriba "Du riechst so Gut", canção que ainda lhe provoca arrepios.

Uma nota para dizer que o Flake está a começar a reagir aos abusos do Till (acrescento eu, faz ele muito bem). Mas coitado, tem de comer uns bifes para ver se consegue ter hipóteses contra ele ;)

O alinhamento foi uma boa mistura do álbum novo e do material antigo. Teria gostado de ouvir também "Weisses Fleisch", mas tocou em Novembro, logo a decepção não foi grande.

Um concerto de hora e meia, que resultou muito bem em contexto festival.

Os moços despediram-se de joelho no chão, provando que gostam muito de nós. Wir lieben sie auch.