Hoje recomeço o que é o projecto formativo deste ano. Começou em Outubro de 2008, mas era um assunto tão sumarento, que queria escrever um texto em bom.
Pois é, esta vossa escriba decidiu que, após aprender alemão, devia optar por algo mais exótico. E o que saiu na rifa foi o russo. Sim, leram bem.
Pois é, esta vossa escriba decidiu que, após aprender alemão, devia optar por algo mais exótico. E o que saiu na rifa foi o russo. Sim, leram bem.
A turma não é tão malandreca como a do alemão (acho que poucas turmas teriam essa capacidade), mas o verdadeiro bónus é o professor.
É extremamente competente e é tão competente quanto patareco. Mata-nos de frio (abre a janela para trás no pino do Inverno), passa os primeiros 15 minutos da aula de rabo virado para nós, a montar o computador e refere-se às coisas como “fofinhas” (adjectivo aplicado a texugos, casacos de pele e até à língua russa).
É extremamente competente e é tão competente quanto patareco. Mata-nos de frio (abre a janela para trás no pino do Inverno), passa os primeiros 15 minutos da aula de rabo virado para nós, a montar o computador e refere-se às coisas como “fofinhas” (adjectivo aplicado a texugos, casacos de pele e até à língua russa).
São inúmeras as ocasiões em que ele não percebe as nossas piadas e nós as dele. E ficámos a saber que os russos são como os franceses, o que é deles é sempre muito melhor do que o que é dos outros.
E a língua? É tudo o que imaginam, é complicadíssima e tem imensas excepções. Como se não bastasse um alfabeto diferente, as letras pronunciam-se de maneira diferente conforme sejam ou não acentuadas. Ah, e não há acentos, nem regras, tem de se decorar. Não têm o verbo ser e têm seis declinações, por oposto às quatro do alemão.
Mas quem disse que tem de ser fácil, para ser divertido?
Cheira-me que ainda vou ter muitas horas de diversão à pala disto. E não deixarei de partilhar os momentos mais sumarentos ;)
Cheira-me que ainda vou ter muitas horas de diversão à pala disto. E não deixarei de partilhar os momentos mais sumarentos ;)
PS: Espero num futuro não muito distante, imortalizar eu mesma o monumento que aparece na foto. Não só Moscovo é dos meus destinos mais apetecidos, como o monumento em questão é o meu preferido.
13 comentários:
Uma coisa te digo... coragem não te falta. Já enfrentar uma língua diferente pode ser complicado, quanto mais um alfabeto...
Boas aulas. ;)
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Eu tive muita pena de não ter prosseguido os estudos do Russo. Tive um ano no 4º ano da Faculdade (era uma cadeira de opção). Deu-me muito trabalho, não me saí muito mal, mas poderia ter tido melhores resultados. Contudo tinha de me dedicar às outras cadeiras e não me dediquei tanto ao Russo como teria gostado. Quem sabe um dia? Mas não será nos tempos mais próximos. Ainda há tanta coisa para aprender no Inglês e no Alemão, que por enquanto fico-me por estas. :D
Bom estudo!
Cá para mim, tu queres é ir caçar texugos para a Sibéria com o Oleg e o resto é conversa... Arranja mas é um prof que te ensine a dizer ordinarices (além de rui, que não sei como se escreve em cirílico) que é para a gente insultar os nativos quando lá formos e eles derem um ar da sua má educação crónica. E também para gritarmos palavras de ordem contra o Putin! Tirando isso, haja vodka, galinha kiev e balalaikas e a malta é feliz!
Cá ficamos à espera das histórias e esperemos que as fotos da viagem venham também depressa ;)
Invejinha... Adorava aprender! Que seja tão divertido como o meu espanhol! (mas mais produtivo...) :)
Sou uma mulher dada a desafios, Júlio, não dá para ver?
Velvetsatine, não sabia que já tinhas estudado russo. De facto, é uma língua que necessita de aplicação para termos bons resultados.
Olha pode ser um projecto para o futuro.
Olha, Noiva, se rui (pénis em russo, mas a expressão mais badalhoca) se escrever como se lê, em cirílico fica pyu ;)
Da Rússia, quero além das coisas que indicas, os famosos Pelmenid (raviolis) e panquecas russas.
Sandrine, fica ligada que haverá certamente mais histórias.
Viagem só para o ano que vem, já que os russos não são dados a línguas. Quero dominar decentemente a língua antes de ir, para não passar frio nos dentes.
Nikky, a Ilnova (instituto de línguas da universidade nova) tem oferta para todos os gostos, desde as mais próximas, às mais exóticas.
Basta ter um tempinho para ir aprender.
Ter um professor assim ajuda a ter apetência pelas aulas mais que não seja para descontrair com as patarequices dele ;)
E se os alunos fossem também patarecos ajudaria ao ambiente, mas o resto do pessoal é um bocado mortiço. Enfim, um patareco é melhor que nada.
Gabo-te a coragem! Boa sorte e vai contando as aventuras.
E o frio provocado pelo Professor Patareco é para vocês se ambientarem. É quase como se estivessem a fazer o curso na Rússia.
Na zdorovje!
Eu também gosto de aprender linguas novas, ou pelo menos tentar, já que por exemplo não gostei de alemão.
Tu és uma poliglota, já tinha percebido!
Por curiosidade há uns anos atrás tinha vontade de aprender russo, pelo que não acho nada estranha, esta vontade.
Hannah, acho que não é questão de coragem, é loucura mesmo ;)
E ter um ambiente igual ao país nativo estimula a aprendizagem. Daí a aragem portuguesa, se bem que não tão rigorosa como a da estepe russa, nfluenciar os neurónios.
Elsa, estás parcialmente redimida por não gostar do alemão.
Sou uma quadrilíngue, mortinha por se tornar pentalíngue. E que tenciona ir ao hexa...
Sugiro que para o hexa, comeces a aprender busquímane, para quando formos ao Burkina Faso. ;)
Apesar de ser cedo para falar em hexa, uma vez que o russo ainda me ocupará o que esperemos longos e bons anos, o meu coração inclina-se para duas, húngaro e árabe. E quer-me parecer que a primeira, por ser língua comunitária, é capaz de ter mais hipóteses que a segunda.
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