Apesar do modelo soviético e o comunismo em geral estarem mais do que mortos, ainda há saudosistas a louvar o camarada georgiano, marcando o aniversário com manifestações quer na capital russa, quer no local de nascimento do cavalheiro (uso a palavra com alguma liberdade).
O DN de sábado mostrou as provas fotográficas da devoção.
Querem provas que a memória humana é curta? Aqui as têm, mais claras impossível.
E para quem não sabe do que estou a falar, consultem estes dois posts com citações do livro "Archangel", que comprova a simpatia e humanidade do homenageado: http://ocovildemissprecious.blogspot.com/2008/05/narva-estnia-stalin-was-nothing-if.html?zx=b15bf7a7ef334759 e http://aqui-ali-e-acola.blogspot.com/2008/05/fantasmas-do-passado.html
10 comentários:
Pelos vistos e infelizmente tem mesmo a memória curta...
Muito infelizmente!!!
Neste caso, não é só infeliz, também é perigoso.
Há sempre seguidores, não é?
Os seguidores, seja do que for, são sempre perigosos. ;)
Esse senhor até me dá arrepios...
Acho que já te disse isto noutro contexto... a História só funciona bem quando vê os factos a uma distância já algo longa. Dá-lhe 100 anos ou mais, e logo se vê se ainda existem muitos fãs do gajo.
Parece que ele terá dito, salvo erro, algo como 'a morte de um é uma tragédia, a morte de muitos é estatística' A curto prazo, creio que isto demonstra que a afirmação dele está correcta. Mas a longo, os números que ele deixou, vão revelar-se assustadores até para pessoas que não os veriam como tal se vivessem na época, a não ser que fizessem parte deles, claro.
Não aprecio carneiros, Gi, mas à ideias mais perigosas que outras. Segiur os Rammstein, por exemplo, é relativamente benigno.
Noiva, o senhor tem cara daquilo que é, psico...
Oh, Júlio, hás-de explicar porque sentes sempre a tentação de defender um pouco os ditadores de bigode ;)
Se é certo que o tempo apaga um pouco os rastos, mesmo assim, devemos esforçar-nos para uma alimária deste calibre não tornar a aparecer, seja na Rússia ou noutro sítio qualquer.
Acho que me expliquei mal... Eu não estava a defender este senhor de bigode. Só queria dizer que quem viveu as coisas a quente (os russos) ou o detestam ou veneram, como neste caso constatas no post.
Nós, estrangeiros a isto, vemos com uma maior 'distância'... mesmo na actualidade.
Daqui por uns anos, os russos olharão para trás, e a meu ver irão dar conta que as 'estatísticas', revelam números afinal assustadores...
Ninguém já vai sentir-se beneficiado ou prejudicado directamente por ele e os números falarão mais alto, era aí que queria chegar.
Falando de senhores de bigode... não sei bem entre este e o da Alemanha quem terá batido recordes de mortes. No que toca a conterrâneos, o Estaline de certeza ganhou de longe.
E sim, esperemos que não apareçam outros iguais...
Hum, parecia que estavas a defendê-lo.
Para mim, o homem não tem defesa possível, mesmo para os russos. Matou muito mais gente do que o cavalheiro do bigode ridículo que mencionaste. E era bastante mais paranóico.
Vê os links do post, são citações de um livro escrito por um inglês, que analisa os dois fenómenos par a par.
Já tinha lido os links quando passei antes de comentar. Sounds interesting, mais uma vez.
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Gosto muito da escrita do Sr. Harris. Também dele, "Imperium" sobre um advogado da Roma antiga, muito interessante.
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