A visita do projecto cultural deste mês que passou foi ao Museu Calouste Gulbenkian. Logo farei aqui a respectiva reportagem fotográfica.
À chegada, deparámos com isto à porta. A minha mãe perguntou muito rapidamente se eles estariam em obras. Eu aventei logo a hipótese de ser uma obra de arte. Parece que eu é que tinha razão.
A "obra" é de um artista dos Camarões e está completamente desprotegida à porta do museu. O que quer dizer que pessoas mal intencionadas podem mudar os calhaus e, quiçá, levar um pneu para casa.
Desculpem, mas aquilo que eu consigo reproduzir não é arte. E olhem que eu sou muito boa a empilhar calhaus.
Acho que os patos da Gulbenkian nunca mais se recompõem depois de terem isto à frente do seu lago umas semanas...
15 comentários:
definir arte não é assim tão fácil. lembro-me de ter visto no Tate uma pilha de roupa semelhante ao que eu tenho no meu quarto naqueles dias de neura em que nada nos assenta bem e vamos experimentanto e atirando roupa para o chão.
Não soubeste daquele artista que tinha uma sanita partida como obra de arte num museu e que, um belo dia, chegou lá e nada! A mulher da limpeza julgando que aquilo era para deitar para o lixo foi o que fez.
O que eu gosto na arte moderna é estar aberta a interpretações. Isso podfe simbolizar a destruição dos países africanos pela guerra civil, embora eu ache que os Camarões sejam relativamente pacíficos. Por outro lado, a arte moderna, por recorrer a este tipo de materiais, também corre o risco de ser confundida com um monte de entulho...
Não discuto isso, Ana. Acho é que, às vezes, os artistas estão claramente a gozar com o público.
Gi, não me admira, já que esta arte arrisca-se a ser confundida com lixo.
Noiva, acho que nem tu vais defender esta peça aqui.
Sim, simboliza a destruição da guerra, mas não podia ter sido feita de uma forma mais extraordinária? Algo que não pareça entulho de uma obra?
Eu pensaria exactamente o mesmo que a tua mãe. Arte moderna raramente me cativa
Destruição da guerra? Com blocos de cimento e tijolos completamente novos? E um Pirelli P7? Para mim o artista misturou algo no tabaco e mais nada, é que eu interpreto desta coisa. Concordo contigo na parte dos artistas estarem claramente a gozar com o público. Já houve correntes artísticas cujo princípio era mais ou menos este.
Estou como tu, Sophia, não é coisa que me cative.
Júlio, bem observado na parte de materias escolhidos. Suponho que o Pirelli seja o pneu, olho clínico.
Sim, eu acho que muitas vezes é gozo.
Isto, para mim, é feio.
Se é arte...é da feiaaaaaa!
Não tenho nada contra arte feia, mas tem de me dizer alguma coisa. Tem de demonstrar algo mais elaborado, que o comum mortal não consegue fazer.
Isto não é isso.
Ora aí está um belo monte de entulho com uns tijolinhos novos mesmo bons lá pró quintal de casa. Gulbenkian, né?
;)
É, podes ir lá recolher, os patos agradecem ;)
Eu fico com o pneu (o Pirelli) se me deixares.
Nem precisa de estar novo. Acho que só se arranja a partir de 15 polegadas e as jantes do meu são de 14.
Mas serve para ter lá por casa para assentar o pote de fazer aguardente quando se tira do fogo.
Posso ser?
Está à porta da Gulbenkian, Júlio.
Basta ires lá e certificares-te que os seguranças não te vêem a tirá-lo.
Chego à conclusão que temos muitos artistas por esse país fora... Basta andar por aí para ver inúmeras obras de arte destas.... pffff
Olá, Mimo Azul.
Sim, peças como estas encontram-se à porta de qualquer obra.
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