Aqui vem mais um post com título enganador.
Há coisas que só me acontecem a mim...
O meu pai foi à terra, visitar a família e participar na matança do porco (ou melhor, participar na comezaina que se segue à matança, porque ele é um gajo pacifista, assim como eu).
Havia uma quermesse na igreja e saiu-lhe uma coelha de peluche. O meu pai, confrontado com a escolha do destino a dar ao peluche, deve ter começado a pensar: “Bem, a quem o vou dar, sim, porque a mim não me faz falta uma coelha de peluche. Dou-a um dos meus milhentos sobrinhos e sobrinhos netos? Ah, já sei, vou dá-la a quem ela realmente faz falta, à minha filha de 30 anos”. E lá veio ele todo contentinho com a coelha debaixo do braço.
Sabem aquelas alturas em que têm a vaga impressão que os vossos pais ainda acham que são crianças? Pois, eu tenho muitos momentos desses com o meu pai. Sim, a coelha segue-se a uma lista extensa de prendas incompreensíveis, tipo um carro vermelho há seis meses. Não, não era um Volkswagen vermelho tamanho adulto, era mesmo um carrinho de brinquedo. E ele comprou-o de propósito. Tenho a certeza que o Freud teria uma explicação qualquer para isto, mas não sei se ia gostar de saber qual era...
Não há santo que convença o papi que a sua menina não é assim tão pequenina. Tal como quando eu era pequenina, não havia santo que o convencesse que eu era uma menina e não um menino. Daí a sucessão de bolas, carros e patins que recebia de presente. Uma pessoa fica baralhada, não é?
E pronto, tenho uma coelha particularmente feiosa e pirosa na minha colecção, para brincar quando quiser. Yupy!
Posso trocá-la por um livro? ;)
Há coisas que só me acontecem a mim...
O meu pai foi à terra, visitar a família e participar na matança do porco (ou melhor, participar na comezaina que se segue à matança, porque ele é um gajo pacifista, assim como eu).
Havia uma quermesse na igreja e saiu-lhe uma coelha de peluche. O meu pai, confrontado com a escolha do destino a dar ao peluche, deve ter começado a pensar: “Bem, a quem o vou dar, sim, porque a mim não me faz falta uma coelha de peluche. Dou-a um dos meus milhentos sobrinhos e sobrinhos netos? Ah, já sei, vou dá-la a quem ela realmente faz falta, à minha filha de 30 anos”. E lá veio ele todo contentinho com a coelha debaixo do braço.
Sabem aquelas alturas em que têm a vaga impressão que os vossos pais ainda acham que são crianças? Pois, eu tenho muitos momentos desses com o meu pai. Sim, a coelha segue-se a uma lista extensa de prendas incompreensíveis, tipo um carro vermelho há seis meses. Não, não era um Volkswagen vermelho tamanho adulto, era mesmo um carrinho de brinquedo. E ele comprou-o de propósito. Tenho a certeza que o Freud teria uma explicação qualquer para isto, mas não sei se ia gostar de saber qual era...
Não há santo que convença o papi que a sua menina não é assim tão pequenina. Tal como quando eu era pequenina, não havia santo que o convencesse que eu era uma menina e não um menino. Daí a sucessão de bolas, carros e patins que recebia de presente. Uma pessoa fica baralhada, não é?
E pronto, tenho uma coelha particularmente feiosa e pirosa na minha colecção, para brincar quando quiser. Yupy!
Posso trocá-la por um livro? ;)
13 comentários:
Ah, eu também tenho um coelho branco (de peluche) de tamanho considerável... mas isto prende-se com aquela minha pancada pela "Alice no País das Maravilhas"... O dito coelho também foi oferecido mas dentro de outro contexto... :-)
Já agora, porque é que as pessoas insistem em oferecer-me palhaços quando eu tenho pavor a essas criaturas??? Vá, Sigmund, explica!!!
Isso de oferecer palhaços entra em duas categorias: coisas que não lembram ao careca e gente que não tem a mínima noção do que está a fazer.
Quanto a explicações, se fosse nos EUA, alguém diria que foste atacada por um palhaço. Será isso?
Pois os pais são mesmo assim! Eu em relação ao meu pai não noto muito isso, mas a minha mãe trata-me muitas vezes como uma criança de 10 anos. Felizmente não me oferece peluches! :-D
Não me digas, Kitty, que pertences à tenebrosa tirbo dos filhos únicos como eu. É que eu acho que esse facto explica muita coisa.
Antes de mais deixa-me dizer que o teu Pai não podia ter escolhido melhor forma para comemorar o "Ano do Porco"! :-D
Isso dos pais tratarem os filhos como se continuassem a ser crianças é um síndrome que espero que não seja genético. :-D
Quando era pequenina (em idade, que o tamanho mantêm-se) o mau pai gostava muito de me oferecer peluches e bonecas de pano, mas o que eu gostava mesmo era de Barbies e os seu inúmeros acessórios. O mal é que como eram caras, quando as ofereciam só podia brincar com elas de vez em quando e ainda por cima nem podia pintar-lhes o cabelo. Desiludido com o meu desânimo perante os peluches, o meu pai deixou de me dar prendas, mas dá-me algo muito melhor... dinheiro, para eu comprar os presentinhos ao meu gosto. Ahahah
Foi um gesto mt querido ... as coisas são feitas de simbolismos... e isso foi um gesto simbólico para mostrar o q sente por ti.... foi bonito pá!!!
Rebel, acho que é mesmo síndrome de pai-galinhice. É engraçado mas começa a chatear.
Lovely, os meus pais começaram a optar por isso, mas passou a dar-se um fenómeno interessante. Eu guardo o dinheiro, em vez de o gastar em qualquer coisa. Sim, sou mesmo incrivelmente forreta.
PN, ele que demonstre que gosta de mim com coisas de que eu goste e que sejam apropriadas para a minha idade. Coelhos de peluche, não, ok?
Epá... tá mal... que ingratidão!!! ;p
Vem o senhor cheio de alegria dar-te uma coisa que ele ganhou, uma prenda para a minha linda filha e depois é isto?
Graças a Deus que ele não deve ler este blog, já viste como ficaria triste?
Já tás com um peso na consciência???
Não???
É que devias!!!!
;p
Eu acho que na quermesse sai-lhe uma bola de futebol...e o teu pai andou por lá, até conseguir trocar por um peluche,
para te dar...
Eu queria ver, Muse, se o teu pai te desse um carrinho de brinquedo. Será que ficarias muito grato ou ligeiramente confundido por a prenda não correpsonder à idade?
Estás enganado, Migvic. Se tivesse saído a bola, era a bola que recebia. Até porque o Papá sempre quis um menino.
E pelos visto lá foi um comentário po galheiro! E eu já não tenho o mesmo "black humor" que tinha no outro dia que o escrevi!
Já não se pode ter maldade que até a internet nos bloqueia os coments! Enfim...fica para outra oportunidade!
(mas só para ficares com uma ideia básica, eu dizia que não era o teu pai que te via como uma criança era ele que nunca tinha crescido, ou seja, a criança era ele...daí oferecer-te o que ele mais queria para ele: o carritos e tal! O coelho foi apenas porque lhe saiu na rifa e ele tinha que o dar a alguém! Tiveste sorte que por ele se jugar adulto não fez birra na quermesse para lhe trocarem o coelho por um carrito. Senão levavas com mais um pópó)- foi só um resumé de um texto grande que tinha feito! espero que este siga ;)
Ai, blogger, única razão do nosso descontentamento...
É um facto que o meu pai não teve praticamente infância, uma vez que começou a trabalhar aos dez anos.
Mas a explicação dos carros é que ele queria um pilinhas e acabou por ter uma chavaleca.
Acabou por descobrir que as meninas são muito versáteis. Se são maria rapazes, as meninas podem vestir-se e brincar como os meninos. Acho que, em certa parte, foi um alívio para ele. ;)
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