Mais um documentário que vi. No Japão morre-se por excesso de trabalho.
Chama-se à morte por excesso de trabalho Karoshi e afecta um grande número de pessoas por ano. Supõe-se que há Karoshi quando a pessoa morre, após estar ao trabalho sem folgas mais de quinze dias seguidos.
Para quem ache que isto é uma bizarria oriental, pense bem em quantos casos o trabalho diminui a nossa qualidade de vida e a nossa saúde. Talvez em Portugal não haja assim tantas mortes directamente ligadas ao excesso de trabalho, mas quantos acidentes de trabalho não são indirectamente provocados pelo cansaço extremo dos trabalhadores? Quantas pessoas não vivem o inferno no local de trabalho, que devia ser um sítio para nos expandirmos e darmos largas ao nosso talento? E quantas depressões e problemas mentais graves não são provocados por assédio moral dos empregadores e colegas?
Uma amiga minha disse que um colega se suicidou no local de trabalho. Era um trabalho monótono, fisica e mentalmente exigente e sem alternativas de mudança porque na região só existe aquela empresa. Escolha curiosa de local, tendo em conta que as pessoas normalmente se suicidam em casa. Acham que estaria a tentar fazer passar uma mensagem?
E nos EUA existe o fenómeno do "amoque" no local de trabalho. Existe pessoal que chega a um nível de saturação, pega numa arma e vai para o emprego limpar o sebo aos colegas. É o que se chama morte por excesso de trabalho do colega.
Como eu os compreendo... Mas não se preocupem, ainda não é desta que me vêem no telejornal. Espero eu...
7 comentários:
Ai acredito! A quem nunca passou pela cabeça agarrar numa arma e desatar a aniquilar alguns colegas. :-D
Neste momento não me posso queixar, se bem que continuo a não ter tempo para fazer tudo o que quero, mas quem me manda querer fazer tanta coisa?!
Mas já passei por uma situação em que entrava às 9:00 e não sabia a que horas saía… tanto podia ser às 18:00 como às 21:00! Claro que andei a bater mal durante uns tempos, mas nunca pensei suicidar-me… talvez matar o chefe, mas suicidar-me não!
Apesar do stress não “karoshei”… senão estaria a escrever do Além!
Bom... sendo assim, acho que a maioria de nós já esteve algumas vezes à beira da morte, não acham?
K, se soubesses quantas vezes estive para pegar na Kalatchnikov...
BC, ainda assim acho que nunca tiveste uma situação desesperada como as que tanto se ouvem.
The Crow, não estou a falar de meros contratempos no trabalho, estou a falar de situações extremamente complicadas que nos roubam a paz de espírito.
ai credo! Isto do suicidio mete-me confusão. Se bem que há momentos de grande aflição, tensão e dor ninguém devia pôr termo à vida porque no dia seguinte as coisas melhoram! Enfim!
Houve um tempo em que também quase entrei em pânico por causa do excesso de trabalho...ainda por cima...porque o disco do computador foi-se e não tinha backups feitos...além do trabalho que já tinha tive que refazer imensos ficheiros...foi de loucos e de andar com a lágrima ao canto do olho...mas tudo se resolve.E se não for a bem é a mal. Leva-se uma caçadeira de canos curtos e dá-se uns tiritos para o ar. Pode ser que caiam alguns patos bravos! Depois é só confeccionar da maneira mais apetecível! Bom, eu não percebo muito de caça. Não sei se canos curtos seria apropriado para patos, ainda por cima bravos.;)Mas há sempre uma ou outra pessoa que se candidata a pato né? os chefes por exemplo.
È pior quando não há trabalho e há tempo para estar a blogar, como agora (trabalho há, vontade...tou naquelas segundas-feiras de anestesia mental)
K, suicídio não é também uma opção fácil, nem que seja porque se pode falhar e não se sabe o que se segue. Mas às vezes, apetece desaparecer ou dormir cem anos como no conto de fadas.
Migvic, o pior é mesmo não ter trabalho, nem dinheiro para ter ligação "nética" para blogar.
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