quinta-feira, maio 24, 2007

Afinal há outra Miss Precious


Mma Ramotswe had a detective agency in Africa, at the foot of Kgale Hill. These were its assets: a tiny white van, two desks, two chairs, a telephone, and an old typewriter. Then there was a teapot, in which Mma Ramotswe – the only lady private detective in Botswana – brewed redbush tea. And three mugs – one for herself, one for her secretary, and one for the client. What else does a detective agency really need?

Some people think of God as a white man, which is an ideia which the missionaries brought with them all those years ago and which seems to have stuck in people’s mind. I do not think this is so, because there is no difference between white people and black men; we are all the same; we are just people. And God was here anyway, before the missionaries came. We called him by a different name, then, and he did not live over at the Jews’ place; he lived here in Africa, in the rocks, in the sky, in places where we knew he liked to be.

‘If more women were in power, they wouldn’t let wars break out,’ she said. ‘Women can’t be bothered with all this fighting. We see war for what it is – a matter of broken bodies and crying mothers.’
Dr. Maketsi thought for a moment. He was thinking of Mrs. Gandhi, who had a war, and Mrs. Golda Meir, who also had a war, and then there was…
‘Most of the time,’ he conceded. ‘Women are gentle most of the time, but they can be tough when they need to be.’

In “The No.1 Ladies’ Detective Agency” de Alexander McCall Smith

Descobri este livro por acaso, mas quando reparei que a heroína era minha homónima (a senhora detective chama-se Precious Ramotswe), tive de o comprar.
A protagonista é uma espécie de Miss Marple africana, mas muito mais colorida, engraçada e dada a introspecção. O autor é especialista em direito médico e bioética, de origem escocesa, mas nascido em África.
O resultado? Uma colecção de livros extremamente interessante que começa com o livro de onde retirei os excertos, misturando temas policiais, considerações sobre o mundo, os homens e Deus, o quotidiano do Botswana e África em geral e situações que não lembram ao careca. Altamente recomendado.

6 comentários:

Maria Abranches disse...

Boa dica!!
Eu agora estou fã de Fred Vargas, policiais (os livros), francesa (ela - sim, que apesar do nome, é uma mulher) e cheios de detalhes emocionantes e deliciosos (os livros... ela não sei e dispenso saber).

Anónimo disse...

Afinal havia outra... razão tinha a Mónica Sintra, ao entoar estes versos. Parvoíce à parte, fiquei intrigada pela tal colecção... Tenho de pesquisar melhor e agora com a feira do livro, talvez seja uma boa ocasião. Obrigada pela divulgação.

Comentário disse...

Surpresa para o nosso amigo Asdrubal!

Anónimo disse...

E se procurares bem, ainda encontra uma FRÄULEIN Precious, uma MADEMOISELLE Precious e uma SEÑORITA Precious! :-)

deKruella disse...

uiiii...que eu gostava tanto da Miss Marple...hummmm...que tenho que ver essa pernagem mais de perto!

Precious disse...

Marymoon, adoro policiais e hei-de experimentar um livro da senhora a ver se gosto.

Afrodite, em português "Agência n.º1 de Mulheres Detectives", "As Lágrimas da Girafa" e "Moralidade e Raparigas Bonitas" da Editorial Presença. Com a vantagem das capas serem iguais às originais, bem coloridas e de inspiração africana e preço rondar os €12,00, bem razoável.

Black Cat, certamente haverá muitas preciosidades em todas as línguas estrangeiras.

K, olha que ainda recebes um destes nos anos.