Alemanha:
“After the unspeakable
after you have fallen as only angels can fall,
go and find your peace again,
go back home and plant your tree.
No Victory, no defeat, no shame
and Fatherland no more,
only Unity, Justice and Freedom for all”
in “Volk” de Laibach
Os Laibach não foram mauzinhos com todas as nações, como podemos exemplificar com a canção da Alemanha. Cheira-me que, após isto, os rapazes tornaram a ter novamente fama de nazis. Sim, não é admissível falar bem ou admirar a Alemanha.
Este país, tantos anos após a Segunda Guerra Mundial, continua a ter uma imagem terrível perante as outras nações e pertence àqueles casos de racismo facilmente admitido em todos os quadrantes. Sim, sobretudo no campo bola, ouve-se imensas vezes chamar nazis ou boches aos alemães, sem que se levante qualquer polémica.
Não quero, de modo algum, branquear as acções dos nazis na guerra, que foram atrozes, desumanas e injustificáveis. Mas esta imagem que perdura é altamente injusta. A Alemanha de hoje não é nazi e nota-se um esforço dos alemães para preservar a memória desse passado, no intuito de não o deixar cair em esquecimento.
Desculpem-me mas tem de ser dito. Não se pode deixar de admirar a Alemanha por se ter tornado uma potência económica mundial após perder duas guerras mundiais, uma das quais deixou o país completamente em ruínas. É um país que sobreviveu ao seu desmembramento. É a potência europeia líder no campo energias verdes e reciclagem. E a lista podia continuar.
Se isto não é digno de crédito, não sei o que será.
PS: Com o vídeo da Eslovénia, que podem ver supra, conclui-se a apresentação do álbum Volk dos Laibach. Até porque não há mais vídeos.
5 comentários:
Totalmente de acordo!
Claro que sim!
Ouve, eu adoro a Alemanha! De certa forma, a Alemanha e a França são as únicas nações totalmente cultas da Europa, pelo menos a ajuizar pelo seu passado. A filosofia alemã antiga...é grandiosa! A música clássica. Goethe. O encanto alpino das pequenas cidades da Baviera. A deliciosa desordem urbana de Berlim e Hamburgo.
A Alemanha hoje me dia é um país rico, e cada vez mais multi-cultural. Creio mesmo que o povo alemão já não tem muito a ver com a etiqueta de sissudo e intolerante e racista (claro que racismo há em toda a parte) que lhe teimam em continuar a colar. O Mussolini e o Stalin não eram também flor que se cheire, mas ninguém continua a odiar a Italia ou a Rússia por causa deles.
E com pena minha não falo alemão mas...surpreendentemente gosto e acho o alemão uma lingua linda. O alemão é o italiano das línguas germânicas, pois eu noto-lhe uma musicalidade um pouco agreste que nem toda a gente saberá apreciar.
Além que a Alemanha é a nação de algumas das melhores bandas goth e industriais do mundo...
Ljubljana continua a 'rular' (e a rolar) por estes lados :-)
Em relação à Alemanha, já sabes a minha opinião...
E se ainda há quem pense que os alemães são todos nazis, também ainda há quem pense que as portuguesas têm buço e não fazem a depilação!...
Sinceramente, não sei porquê todo este preconceito que ainda perdura em relação à Alemanha. Como amante confessa da cultura e do mundo judaico, não posso esquecer a atrocidade que foi o Holocausto, mas tenho inteligência para perceber que a conjuntura que levou a esse crime, nada tem a ver com a Alemanha de hoje, um verdadeiro exemplo de democracia e espírito aberto.
O sergy tem razão quando diz que Stalin e Mussolini também eram umas pestes e ninguém tem rancor actualmente aos seus países. E temos também o caso da China e da Revolução Cultural de Mao Tse Tung, que matou indiscriminadamente quem bem lhe apeteceu. E alguém ouve dizer mal dos chineses (tirando os manifestos contra a proliferação de lojas chinesas em cada recanto do país)?
O que a Alemanha fez na II Guerra Mundial não pode nem deve ser esquecido, mas também não pode ficar para sempre como um fantasma a assombrar a mentalidade do resto do mundo. Sim, porque os alemães parece que aprenderam com os erros do passado e conseguiram seguir em frente. O resto do mundo deve seguir o exemplo.
Sergy, concordo completamente. Não percebo porque o simpático Zé Estaline, que até matou mais gente, tem muito menos fama que o Adolfo. Seriam as vidas russas menos valiosas ou terão sido os soviéticos mais discretos? Ou pura e simplesmente estaremos a borrifar-nos para o que acontece nesse cantinho do mundo?
A Black Cat levanta um ponto importante que é o dos estereotipos. Contudo, o dos alemães é particularmente pesado. Sim, prefiro ter fama de ser peluda e ter buço do que de assassina racista.
Afrodite, também tens razão. A Alemanha nazi também fez o que fez com o beneplácito do resto do mundo. Temos de ver que em inúmeros países entregaram os opositores do regime, judeus e ciganos de bandeja aos nazis. E agora batem no peito, dizendo que nada têm a ver com isso. Ironias da vida...
O que é verdade é que todas as nações têm a sua quota-parte de pecados e atrocidades. Fosse só a Alemanha e o mundo não esteva mal...
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