O 200 marca o adeus a 2007

Ora cá estamos nós à beira de mudar mais uma vez de ano.
Como a escriba acha que as tristezas não pagam dívidas, decidiu-se por um programa diferente para a passagem de ano deste ano. Logo haverá documentação fotográfica do mesmo.
Que 2008 seja um ano estrondoso, cheio de sucessos e coisas boas como viagens, concertos e demais manifestações culturais, paródias com os amigos e posts sobre os rituais sexuais dos carapaus.
Deixo-vos um clip dos Rammstein. Um rapaz de sua graça Taabaascoo deu-se ao trabalho de pegar num clip do concerto dos meus meninos em Nimes e sobrepor-lhe uma canção tradicional alemã no dialecto bávaro. O resultado é francamente hilariante e está muito bem feitinho.
É motivo para dizer schönes neues Jahr für alle.

PS: Numa nota menos positiva, a escriba conseguiu arranjar duzentas parvoíces para postar aqui e quase se ia esquecendo de marcar a efeméride. Pois é, estamos todos a ficar mais velhos e mais "postados".

As vacas são nossas amigas

“For a long time it puzzled me how something so expensive, so leading edge, could be so useless, and then it occurred to me that a computer is a stupid machine with the ability to do incredibly smart things, while computer programmers are smart people with the ability to do incredibly stupid things. They are, in short, a perfect match.”

“To my mind, the only possible pet is a cow. Cows love you. . . . They will listen to your problems and never ask a thing in return. They will be your friends forever. And when you get tired of them, you can kill and eat them. Perfect.”

“What an odd thing tourism is. You fly off to a strange land, eagerly abandoning all the comforts of home, and then expend vast quantities of time and money in a largely futile attempt to recapture the comforts that you wouldn't have lost if you hadn't left home in the first place.”

Há uns anos deram-me "Down Under" (em tuga, "Na Terra dos Cangurus") deste mesmo senhor, Bill Bryson. Eu não conhecia este escritor de literatura de viagens, mas até fiquei a querer visitar a Austrália por causa do livro.

Se gostam de viajar e apreciam um bom livro escrito com humor, este é escritor a escolher.

Ainda só li o "Down Under", "Notes on a Big Country" (Notas sobre um País Grande) e "Neither Here, Nor There" (Nem por Aqui nem Por Ali), mas todos se recomendam vivamente.

A primeira citação é do livro da foto, as outras não vos sei dizer de onde foram retiradas, mas são geniais. Sim, a vaca é um óptimo animal de estimação e fica lindamente com batatas fritas...

As alimárias são nossas amigas...

É um mito urbano, OK?

Eis-me a ser agredida por uma criaturinha este Natal. E tenho as cicatrizes que provam a agressão...

Feliz Natal

E com o pinheiro da família Precious, desejo a todos um bom Natal.

Que o ranhoso das barbas vos traga umas prenditas agradáveis. Que os doces que comerem não vos pesem excessivamente nas ancas. Que passem momentos agradáveis com a família e/ou amigos.

E cá nos veremos depois do Natal.

I SEE PINK PANTHERS...

They are everywhere. They don’t know they’re pink.

Pequenos apanhados da operação ao braço da escriba:

- Já tinha dado conta que as batinhas que vestem aos doentes são ridículas, mas não sabia que não fechavam. E é suposto estarmos em pêlo debaixo daquilo. Dah

- A viagem de maca não é a coisinha pior que se faz na vida, mas a sensação de ver o tecto da passar na perspectiva deitada é um bocado tétrica.

- A ante-sala de operações é mais movimentada que a estação do metro do Campo Pequeno. E depois ainda acham estranho os doentes ficarem intimidados ao entrar.

- Esta entra na categoria das dúvidas existenciais. Porque é que operam as pessoas em pêlo? Estou a falar dos doentes, não dos médicos.

- Já tinha visto os médicos e enfermeiros usarem toucas curiosas nos filmes e séries americanas, mas não sabia que a moda tinha pegado aqui. A enfermeira chefe tinha panteras cor-de-rosa na touca. Numa primeira fase, ainda achei que vê-las era um efeito secundário das drogas…

- Perguntar a um doente quanto pesa e depois calcular o peso a olhómetro não contribui para a paz de espírito do doente, nem aqui nem na China.

- Adormecer na sala de operações e acordar na sala de recobro está certamente no top três das minhas piores experiências. E eu já desloquei as rótulas três vezes…

- Sim, pós-operatório depois de anestesia geral é tão mau como vos têm dito. Dez sessões de Gregório bem contadinhas e ataques de azia nos três dias seguintes.

- Vestirem a escriba no meio do corredor do serviço de ortopedia é maldade, OK? E totalmente desnecessário.

Ah, e isto foi tratamento VIP, porque tenho de admitir que toda a gente foi extraordinariamente simpática (sobretudo a senhora das panteras cor-de-rosa). Nem quero imaginar como será o tratamento NSIP (no so important person)...

A nova dos Oomph!

Uma pessoa fica de molho dois dias e perde logo as novidades. No preciso dia que me estão a dar cabo do braço, saiu o single novo do Oomph!, a integrar o novo álbum de que se começa a falar vagamente e a versão alemã da banda sonora da sequela do Aliens vs. Predador, de sua graça, Requiem.

Por um lado, é bom ter novidades destes senhores, nomeadamente, que sairá um álbum num futuro ainda não especificado.

Por outro lado, o mundo precisa mesmo de uma sequela do Aliens vs. Predador?

Aqui fica o vídeo, com imagens da banda intercaladas com imagens do novo filme.

Miss Precious escondida com o braço de fora

A expressão correcta até seria " Miss Precious na banheira com o braço esquerdo de fora".

Entramos na fase final da saga do alto no braço, que acabou de ser extraído na sexta passada. É bom porque finalmente se vai encerrar o assunto, mas ganhei um respeito novo pelo meu braço esquerdo, que admito faz cá uma faltinha.

E graças à minha asa ferida, eis aquilo a que me tenho visto submetida:

- tomar banho com um braço de fora (é mais complicado do que parece à primeira vista, apesar de ter vasta experiência a tomar banho com a pata posterior de fora, cortesia dos meus joelhos horríveis);

- correr o risco de chamar os bombeiros por não conseguir levantar-me da banheira com um braço só (mais um inconveniente de ter o rabo grande);

- calçar peúgos e collants tornou-se uma requintada forma de tortura (a sério, dá vontade de assassinar alguém);

- passar fominha de cão se não houver ninguém para cortar a chicha à menina (isto é o que mais me tem preocupado, confesso, ou não fosse o meu pecado mortal preferido a gula);

- Passar o fim-de-semana com o braço preso a um cachecol do Benfica (sentido de humor tortuoso da mãezinha);

- Escrever textos para o blog só com uma mão, demorando o dobro do tempo (confesso que a meio comecei a fazer batota e escrever a duas mãos);

- Fazer a uma mão ou com ajuda tudo aquilo que pressupõe o uso de duas mãos (e a lista é infindável, acreditem).

É possível que ainda fale do dia da operação, só isso dava para escrever mais meia dúzia de textos. Mas confesso que ainda estou demasiado traumatizada para o fazer. Logo se verá.

A girafa decapitada

Jardim Zoológico de Lisboa, 2007

Esta vossa escriba, desde que tem máquina fotográfica digital + Blog, tem a mania que é artista. A culpa é de alguns blogs que visita que têm muito boas fotos, do qual destaca http://www.brilhozinhonosolhos.blogspot.com/, que visita com regularidade.

A escriba não gosta de admitir, mas a principal razão para ter ido ao Zoo com a sua comadre Kruella e respectivo rebento foi mesmo para tirar umas fotos fixes das alimárias.

Mas as alimárias nem sempre colaboraram. Eis um exemplo consumado.

A escriba não ficou satisfeita com a primeira foto, estava um bocado longe e via-se o reflexo do sol. Tentou tirar a segunda de mais perto e o resultado foi o que se viu, uma girafa decapitada a fazer a espargata.

Pronto, não é uma foto convencional, mas ficou artística, não acham?

Um guia de conversação de Húngaro muito especial...

Está comprovado que rir faz bem à saúde. E quem melhor que os geniais Monty Python para nos ajudarem a começar bem a manhã.

Cuidado com os guias de conversação... A língua inglesa e húngara são muito traiçoeiras.

Parabéns, Knut

Hoje, o ursinho Knut faz um ano. Já não é a bolinha de pêlo fofa e branca, que se tornou uma estrela pop na Alemanha. Vamos ver se esta child Star, agora que é mais velha, menos fofa e castanha, se dá com a mudança de atenção do público...

Ei-lo a roer a velinha de madeira do seu bolito de aniversário.

Casamento

Código Civil, artigo 1577º

Casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas de sexo diferente que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida, nos termos das disposições deste código.

Terry Pratchett in "The Fifth Elephant"

"A marriage is always made up of two people who are prepared to swear that only the other one snores."

Anónimo

“Marriage is like the army. Everybody complains, but you'd be surprised at how many re-enlist.”

É escolherem a definição que preferem. Acho que a definição legal peca na parte da plena comunhão de vida. Prefiro a do Sr. Pratchett que, sendo irreverente, ao menos não é completamente derrotista.

PS: E por falar no Sr. Pratchett, a mãezinha da escriba, apesar da fatwa que proferiu contra a compra de mais livros, comprou-lhe "The Wit and Wisdom of Discworld". Hei-de partilhar algumas citações.