quinta-feira, abril 16, 2009

Considerações sobre Praga




- Apesar do risco de desilusão de visitar um sítio onde já se esteve e gostou, Praga continua a ser das cidades mais bonitas deste planeta. A doutrina está comigo neste ponto.

- A ponte Carlos está em obras, o que reflecte alguma preocupação com a preservação dos seus tarecos.

- Surpreendentemente, os nativos estão bem mais simpáticos do que em 2001, falam inglês na maioria e as alminhas que não percebiam bem, esforçaram-se por perceber. O capitalismo na boa acepção da palavra.

- Estão mais ladrões que nunca no bairro judeu, agora cobra-se para fotografar o cemitério, o que não se fazia em 2001. E aqui é o capitalismo na sua pior acepção.

- Já se aceitam euros na maioria dos sítios.

- Estou contente, pois graças às aulinhas de russki, já percebi muita patacoada checa.

- Os checos sabem onde fica Portugal, que tem mar, duas cidades, Lisboa e Porto e que existe um clube chamado Benfica. Olhem que não é para todos…

12 comentários:

Lisboeta disse...

Apenas para partilhar mais uma experiência em Praga: lá para 2003 ou 2004, paguei cerca de € 15 por passar a estrada fora da passadeira. Com o defeito inerente a qualquer tuga que se preze, pusemo-nos a falar inglês e ainda tentámos explicar que em PortugaL era comum! Espertos foram os italianos, companheiros de contra-ordenação, que fizeram de conta que não sabiam falar inglês! Puseram-se a andar e nós é que pagámos o jantar aos polícias...

Precious disse...

Por causa de saber o que se tinha passado na tua viagem, tive extra cuidado para passar sempre nas passadeiras.
Mas acho que houve aqui uma mudança de atitude, não sei se as pessoas que visitaram Praga mais recentemente podem confirmar. Nem que seja para esclarecer se a mudança de atitude foi deles, minha ou de ambos :)

Maria Abranches disse...

E será que esses italianos na verdade não falavam mesmo inglês? Hehehe! É que parece-me que agora já é mais comum entre eles do que entre os checos. O que não é assim tão mau, tendo em conta que o italiano é uma língua bonita. Pois a mim, em Praga, ainda no século passado (1999) uns polícias correram de bastão atrás de mim a dizer que eu não tinha bilhete de comboio (e tinha!!). Levaram-me o passaporte e depois fui eu que tive que correr atrás deles. Já não me lembro quantas carradas de dinheiro checo eles queriam que lhes desse para me devolverem o passaporte. Mas o que lhes dei foi um golpe de esperteza, arranquei-lhes o passaporte das mãos e desatei a correr. Oh, como Praga mudou entretanto!!! Semelhante episódio (o do passaporte) revivi em Marrocos em 2005. E assim vai o mundo.

Precious disse...

Olá, minha cara Maria, isso é que foram viagens atribuladas. E eu que gosto tanto de homens de uniforme, nunca fui perseguida, está mal ;)
Olha, mais uma história a ficar em registo, mesmo que antiga. Praga mudou e ainda bem, é caso para dizer.

Anónimo disse...

Pois eu da única vez que estive em Praga, nunca tive problemas por atravessar fora da passadeira (coisa que fiz várias vezes), nem fui vítima do esquema do bilhete do metro. devo ter tido sorte. Achei os checos umas bestas intratáveis, pelo que folgo em saber que já estão mais afáveis e um pouco mais poliglotas. Acho uma estupidez cobrarem para se fotografar o cemitério judeu, depois de já se ter pago o bilhete de entrada. Quando lá fui em 2003, podia-se fotografar à vontade...
Quanto ao resto, atrevo-me a dizer que são consequências da integração na UE. Só lhes fica bem!

Precious disse...

Sim, Noiva, eu acho que a UE terá tido muito a ver com isto.
Tentaram burlar-me com o bilhete do metro e vender-me divisas na rua, são essas as experiências directas que tenho a relatar.
De resto, já nem taxa de serviço cobraram em quase todos os restaurantes (matéria para o post da comida). Quem está a aprender a ser esperto, quem é?

Hannah disse...

Quando fui a Praga a 2ª vez nem me ocorreu que seria uma desilusão; estava mortinha por lá voltar e continuei a achar a cidade linda. Mas folgo em saber as novidades positivas.
Nunca entrei no cemitério, mas tenho fotografias do local. É que seguindo sempre junto ao muro, lá aparecia uma grade por onde dava para espreitar e tirar uma foto decente :) (mesmo à tuga pobriii)

Precious disse...

Pois, Hannah, coisas que há vários anos me impressionaram, tendem a ser uma desilusão hoje em dia. Ainda bem que não foi o caso de Praga.
Ver o cemitério de fora é melhor que nada, mas não se tem a mesma vista do que de dentro. E assim não viste a tumba do criador do Golem (do qual falaremos aqui mais tarde).

Sandrine disse...

Tenho mesmo que juntar uns trocos e lá ir!!!

Precious disse...

É aproveitar, Sandrien, enquanto o destino continua barato.

fenix disse...

Gostei mt de Praga (e quem não gosta?).
Não tenho aventuras destas para contar. Realmente não achei os habitantes mt simpátcos e acolhedores, e a cidade estava com uma praga de italianos que me fazia questionar se estava mesmo na Rep Checa...

Precious disse...

Interessa saber, parece-nos, em que ano foste, Elsa. Os visitantes mais recentes não têm tanto motivo de queixa, acho eu.
Pragas de italianos e, já agora, de espanhóis, agora estão em todo o lado. Só não os vi no Báltico.