Ora, antes de haver Hammamet Jasmine, ampliação destinada a receber as hordas de turistas que invadem a Tunísia todos os anos, havia apenas Hammamet, que ainda recebe o grosso da multidão.
Esta é das medinas mais antigas, sendo datada do século XIII. Ao contrário da de Túnis, não é património universal da humanidade, mas tem interesse turístico.
Os vendedores é que eram tão chatinhos que não deixavam a pessoa parar para observar bem o interior. Isso aliado ao facto de não estar tão limpinha como a medina nova, tornou a coisa um bocado pitoresca demais para o meu gosto.
Mas as placas de rua eram mais mimosas do que as de Jasmine Hammamet. E vocês sabem o quanto a vossa escriba adora placas bilingues. Sobretudo quando são rodeadas de florzinhas para tornar tudo ainda mais mimoso.
Mas Hammamet é sobretudo famosa pela praia, que tem uma areia fina e clarinha (que veio em largas quantidades no material de praia para Portugal) e mar de um lindo azul claro. Sim, admito, sou fã do Mediterrâneo.
Estávamos na hora de calor mais intenso, por isso, a praia ainda não estava completamente composta.
As cidades na Tunísia tendem a ser brancas com pormenores azuis. Ainda veremos aqui o mais fino exemplo da paixão azul e branca dos moços.
A torrezinha que vêem é o minarete da mesquita de onde muezzin chama os fieis para oração cinco vezes ao dia. Não dei com a entrada, porque as medinas tendem a ser labirintos e não podia parar para não ser agarrada por um vendedor mais cola.
Mesmo que entrasse, apenas poderia visitar o pátio interior, uma vez que as salas de oração são vedadas aos não-muçulmanos (ao contrário do que acontece na Turquia).
Também digno de visita é o forte de Hammamet, local de onde tirei as fotos panorâmicas que vêem antes. Dei com a entrada porque fomos lá parar aleatoriamente.
O casinhoto é um túmulo de um homem santo. Nos países muçulmanos, os homens santos são venerados em mausoléus construídos para o efeito. Este era bastante espartano, mas como só vi um, não sei dizer que todos são assim escassos em decorações.
6 comentários:
Interessante, mas não seria destino que escolhesse como primeira opção. Contudo, a praia parece-me deliciosa!
Calma, que ainda falta o melhor.
O programa cultural hardcore ainda não apareceu aqui.
Ena, ena! Estou curiosa! Venha lá ele! :-D
P.S. Achei muita piada ao cinzeiro!
Tem de ser em pequenas doses para não enjoar :)
O cinzeiro é uma das provas que os moços têm muita imaginação.
Arrisco-me a dizer que sim, já que eles são contra as decorações muito efusivas e o Corão proibe todos os motivos humanos e de animais...
Olha que estes não são nada conservadores e até se vêem florzinhas na decoração, também proibidas pelo pessoal mais radical.
Aqui nem azulejos havia, e os moços costumam tê-los em bardana e com motivos geométricos.
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