segunda-feira, agosto 31, 2009

Uns sacanas a não perder


  • Uma história interessante, de um período de história interessante (segunda guerra mundial, baby!) e um final que foge aos livros
  • Uns heróis muito politicamente incorrectos
  • Um vilão mau como as cobras, pegajoso e poliglota (Sr. Waltz, onde andou estes anos todos?)
  • Cenas sangrentas qb
  • Ingleses a fazer de ingleses, alemães a fazer de alemães, americanos a fazer de americanos
  • As personagens a falar a sua língua de origem e a serem muito fluentes numa segunda língua (ou terceira, quarta ou quinta, no caso do vilão)
  • Imensos actores alemães que a escriba gosta: Til ‘covinha-no-queixo’ Schweiger, Gedeon ‘Rex’ Burkhard, Christian ‘O criminalista’ Berkel e Daniel ‘Adeus, Lenine’ Brühl
  • Tarantino no seu melhor


Do que estão à espera? Toca a ir ver os “Sacanas sem Lei”.
As pessoas mais impressionáveis podem sempre tapar os olhos nas cenas mais violentas, que até são menos do que é habitual num filme do Sr. Tarantino.

sexta-feira, agosto 28, 2009

O deserto


"It was another nice day in the high desert. It was always a nice day, if by nice you meant an air temperature like an oven and sand you could roast chestnuts on."

in "Pyramids" de Terry Pratchett


O Sr. Pratchett fala no seu livro do deserto de Djelibeybi. Qualquer semelhança com um certo deserto onde esta vossa escriba se estreou a montar um bicho de mau feitio não é pura coincidência.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Uma tarde bem passada



Esta vossa escriba tinha uma falha grave do seu currículo de amante de dinossáurios, não conhecia o mais importante museu sobre a matéria aqui no burgo.
A convite da aPensarNumMelhor, lá fui colmatar essa lacuna no currículo.






Tendo chegado perto da hora do almoço, apanhámos a pausa do museu, pelo que após ver algumas vistas das terras, fomos logo tratar do almocito.
Eu comi bife à dinossauro, mas a ementa não esclarecia se se tratava do Lourinhanossaurus Antunesi ou do Dinheirossaurus, os bichos pré-históricos mais famosos do burgo.


Como a cultura é uma actividade desgastante, achámos que devíamos abastecer-nos com uma sobremesa como deve de ser, antes de partir em expedição.
O restaurante chama-se O Castelo e situa-se na Rua da Misericórdia, na Lourinhã.




Devidamente satisfeita a gula, pusemos pés a caminho.
O museu situa-se mesmo no centro da cidade e a entrada custa €4,00, tendo-se acesso a uma zona arqueológica e uma zona etnográfica, sendo muito interessante a segunda que foca as antigas profissões, que vão caindo em desuso.


Além destas duas, há um pavilhão dedicado aos dinossauros, devidamente assinalado.
Infelizmente, não se pode fotografar os bichos que eles são tímidos. Por isso, terão de ir ver os nossos gigantes, exclusivos desta região, ao vivo e a cores.





A tarde acabou, ao apanhar ares do mar, numa praia da região.
Recomenda-se o passeio, por ser interessante e perto de Lisboa.

quarta-feira, agosto 26, 2009

A Medina nova


Em Yasmine Hammamet.
Mais limpinha e "turist friendly". Envergonha-me um pouco admitir que gostei mais do que da antiga.

terça-feira, agosto 25, 2009

Breves considerações sobre a Tunísia


A Tunísia foi uma agradável surpresa. Pensei que era um destino típico de praia, mas afinal tem uma enorme oferta cultural.

Pontos altos:
  • A simpatia dos nativos - os tunisinos são extremamente dados e recebem muito bem os turistas.
  • Os pontos de interesse cultural - Seja o museu Bardo, seja Cartago, seja o coliseu de El-Jem, tudo em excelente estado de preservação, bem apresentado e limpinho. Um mimo.
  • A comida - Nunca percebi as pessoas que não gostam da comida árabe, é do melhor que o mundo tem para oferecer. Voltei mais gorda.
  • O passeio de dromedário - poucas coisas me fizeram rir tanto nos últimos anos. Haverá mais dromedários no Covil e no Aqui e Ali.
Pontos baixos:
  • Os vendedores chatos - Andar numa qualquer medina (cidade fortificada dentro da cidade), sem ser quase atirado ao chão pelos vendedores é impossível. Aqui os nativos são demasiado dados e atiram as pérolas mais inacreditáveis na tentativa de realizar a venda. As pérolas, deixo para outras vésperas.
  • O calor - Evitem o Magreb no Verão. A visita ao oásis ia tendo várias baixas devido aos amenos 41º que se faziam sentir.
  • O tratamento aos animais - Na parte dos dromedários não foi muito mau, mas andei numa carroça puxada a cadáver, que se fazia passar por cavalo. Não era visita que eu fizesse normalmente, mas estava incluída numa excursão.

Balanço final: Muito positivo. Recomenda-se quer ao pessoal da praia, quer ao pessoal da cultura. E quem goste de comprinhas, também fica bem servido.

segunda-feira, agosto 24, 2009

I kissed a dromedary…


… and I liked it
The smell of his foul breath
I kissed a dromedary just to try it
I hope my boyfriend don't mind it
It felt so wrong
It felt so right
Don't mean I'm in love tonight
I kissed a dromedary and I liked it
I liked it

sexta-feira, agosto 21, 2009

O lado mais suave



A VH1 passou ontem este vídeo e recordei-me de quanto sempre o achei bem apanhado, quer pela letra, quer pela história.
É verdade, esta vossa escriba também tem um lado mais soft, envolvendo sereias desgostosas por não encontrarem o seu marinheiro.

quinta-feira, agosto 20, 2009

O que é pitoresco?


“Ao reflectir numa definição de pitoresco no capítulo “Memória” da sua obra As Sete Lâmpadas da Arquitectura, o historiador de arte e escritor britânico John Ruskin declara que este tipo de beleza arquitectónica se distingue das formas racionais da estética clássica, entre outras coisas pelo seu aspecto fortuito.
(….)
Ruskin emite a ideia de que o belo pitoresco, uma vez que se deve ao acaso, não pode ser preservado. De resto, o que confere beleza a uma paisagem não é a conservação de uma arquitectura própria, mas a sua não restauração e o seu estado de degradação.”

“Istambul Memórias de uma Cidade” de Orhan Pamuk


E acrescento eu, é o que um homem ou uma mulher quiserem.

quarta-feira, agosto 19, 2009

Ainda de férias


Já não aqui, mas no nosso burgo.
Voltamos à programação habitual e fotos da Tunísia para a semana.

segunda-feira, agosto 17, 2009

Cinco razões para visitar o Oceanário



Post que também se poderia chamar "Animais que não se mexeram muito e não estragaram a fotografia".
Razão n.º 1, um preferido desta vossa escriba, papagaio do mar.





Razão n.º 2: O bicharoco mais alienígena do aquário principal e um dos mais lentos, o peixe-lua.


Razão n.º 3: o único espécime da família dos tubarões que não ficou tremido.







Razão n.º 4: o peixe com os lábios mais sensuais, a garoupa.


Razão n.º 5: O peixe que olha sempre para cima.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Quirks Obidenses




Não fora esta primeira foto, e este post teria o mimoso nome de "placas, sinais e tabuletas".
Mas como quis incluir estas belas cabines telefónicas à FCP, tomem lá quirks.
Sempre embirrei com as cabines modernas, que além de não fazerem tão bem à vista como as antigas, deixam uma pessoa molhar-se toda em dias de chuva.








Apreciem bem esta foto, que ia acabando em tragédia.
Esta vossa escriba, mulher dada a imortalizar tudo o que lhe pareça mais fora do comum, pausou para tirar a plim. A sua comadre a olhar para a placa, escorregou e atirou-se para o meio da estrada, quase provocando um ataque cardíaco a esta vossa escriba.
Quem pensaria que conservar o "proibido deitar lixo neste local" teria tanto para dizer?







Todas as terras têm uma rua direita, por muito que não seja lá muito direita. Esta é mais ou menos direita e a placa tem o bónus de estar sobre uma faixa cinzenta.
Já na República Checa, os moços têm a mania da rua comprida e da rua larga, por muito que as ditas não sejam compridas nem largas.




E se dúvidas restassem do encanto de Óbidos, aqui fica a prova final. Placa de indicação de Multibanco mas em azulejo.
Fica o esclarecimento que o próprio multibanco não é feito deste material (mas era giro se fosse, que tal câmara municipal de Óbidos?



Por fim, uma placa medieval.
Acho desnecessária a placa com a menção "cagadeira", pois é do conhecimento geral que tudo o que sirva para fazer as necessidades e seja: a) muito antigo, b) muito rústico e c) muito escaqueirado, tem de ser designado de cagadeira...

quinta-feira, agosto 13, 2009

Recordar Katyn


“Infamously, not all of the Polish POWs even made it to these eastern camps. In April 1940, the NKVD secretly murdered more than 20.000 of the captured Polish officers. shooting each one on the back of the head, following Stalin’s direct orders. Stalin murdered the officers for the same reason he had ordered the arrest of Polish priests and schoolteachers – his intention was to eliminate the Polish elite – and then he covered it up. Despite enormous efforts, the Polish government in exile was unable to discover what had become of the officers – until the Germans found them. In the Spring of 1943, the German occupying uncovered 4.000 bodies in Katyn forest. Although the Soviet Union denied responsibility for the Katyn massacre, as it later came to be known, an although the Allies sided with this interpretation – even citing the Katyn massacre as a German crime in the indictment at the Nuremberg Tribunal – the Poles knew from their own sources that the NKVD was responsible. (…) The Russian President, Boris Yeltsin, admitted Soviet responsibility for the massacre only in 1991.”

in “Gulag – A History” de Anne Appelbaum

quarta-feira, agosto 12, 2009

De Faca e Garfo (4) Pizzeria Lucca


Ora, o covil gastronómico escolhido para esta noite cultural foi uma pizzaria à italiana.

Apesar de grandes fãs de pão de alho, escriba e comadre Noiva Judia optaram para dar cabo do couvert, que foi demasiado tímido para aparecer aqui, mas que incluía manteiga de alho caseira e paté de azeitonas.

A vossa escriba comeu Calzone Cosanostra, que incluía cogumelos.




A comadre Noiva comeu uns Rigatoni, que não posso identificar melhor porque no link oficial do restaurante não está a ementa actualizada (grande falha, rapazes).
Podem tentar identificar os ingredientes nos comentários.



Para encerrar, a típica sobremesa italiana, Tiramisu. Este é o da Io Appolloni e era um mimo, apesar da tacinha de plástico onde vinha.
Quando se virem nas imediações da avenida de Roma e forem acometidos pela necessidade urgente de uma comida simpática e em conta, o Lucca é uma boa opção.

terça-feira, agosto 11, 2009

Monumento aos Caídos no Leste



“We never asked, on hearing about the latest arrest, ‘What he was arrested for?’ but we were exceptional. Most people, crazed be fear, asked this question just to give themselves a little hope; if others were arrested for some reason, then they wouldn’t be arrested, because they hadn’t done anything wrong. They vied each other in thinking up ingenious reasons to justify each arrest: ‘Well, she really is a smuggler, you know,’ ‘He really did go rather far’, or ‘It was only to be expected, he’s a terrible man,’ I always thought there was something fishy about him,’ ‘He isn’t one of us at all…’
This is why we had outlawed the question ‘What was he arrested for?’
‘What for?’ Akhamatova would cry indignantly whenever, infected by the prevailing climate, anyone in our circle asked this question.
‘What do you mean what for? It’s time you understood that people are arrested for nothing!’
- Nadezhda Mandelstahm, Hope against Hope




But it was not even necessary to be extraordinary. Lyudmila Khachatryan was arrested for marrying a foreigner, a Yugoslav soldier. Lev Razgon recounted the story of a peasant, Seryogin, who, on being told that someone had killed Kirov, replied ‘I’m damned if I care.’ Seryogin had never heard of Kirov, and assumed he was someone who had died in a fight with the neighbouring village. For that mistake, he received a ten year sentence. By 1939, telling a joke, or hearing one, about Stalin; being late for work; having the misfortune to be named by a terrified friend or a jealous neighbour as a ‘co-conspirator’ in a non-existing plot; owning four cows in a village where most people only own one; stealing a pair of shoes; being a cousin of Stalin’s wife; stealing a pen and some paper from one’s office in order to give them to a schoolchild who had none; all of these could, under the right circumstances, lead to a sentence in a soviet concentration camp.”

in “Gulag – A History” de Anne Appelbaum


Nota da escriba: As fotos são do Monumento aos Caídos no Leste, que está situado em Varsóvia, Polónia.
Os nomes que constam dos carris são de gulags, campos de concentração soviéticos, local onde se pensa que tenham morrido mais pessoas que nos KZ nazis.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Está na hora de ir embora!


“It is a simple universal law. People always expect to use a holiday in the sun as an opportunity to read all those books they’ve always meant to read, but an alchemical combination of sun, quartz crystals and coconut oil will somehow metamorphose any improving book into a rather thicker one with a name containing at least one Greek word or letter (The Gamma Imperative, The Delta Season, The Alpha Project and in more extreme cases, even the Mu Kau Pi Caper). Sometimes a hammer and a sickle turn up on the cover. This is probably caused by sunspot activity, since they are invariably the wrong size around.”

in The Last Continent de Terry Pratchett


Ora, está na hora de ir em busca de um dromedário para beijar, acção que, sem dúvida, terá uma extensa reportagem fotográfica a ver aqui mais para o fim do mês e, talvez, alguma cicatriz de recordação, caso o bicho leve a mal ser beijado. Quiçá se, na sequência do ósculo, a alimária não se transforma num sheik do deserto e a vossa escriba já não volta a Portugal, passando a ser dondoca e levando uma vida de ostentação e decadência, kasbah style ;)

Em referência à citação, esta vossa escriba vai levar para ler um policial francês, sem foices nem martelos, mas logo dirá se eles deram as caras, depois de exposto o livro ao sol tunisino.

sexta-feira, agosto 07, 2009

Oh, pá, coitadinha.





A Sam morreu e logo de uma doença nada recomendável, clamídia.

Para quem não conhece pelo nome, deixo a foto.

É a simpática Coala que foi salva por um bombeiro nos grandes incêndios da Austrália e lhe agarrou a mão enquanto bebia por uma garrafa de água.

Sorte macaca a do animal, sobrevive a uma das maiores catástrofes do país e, depois, morre com uma treta destas. Está mal!

quinta-feira, agosto 06, 2009

Mais um vendido ao capitalismo...




Aviso prévio - Os fãs do Chris Cornell podem sentir-se melindrados ao ler este post. Se têm o coração sensível, é parar de ler aqui.


Que merda é esta, Chris Cornell? Decidiste que não tinhas lecas suficientes e vendeste a alma ao diabo?
Vi este vídeo na televisão e não queria crer. Parece que o moço Cornell, que já foi vocalista desse portento de banda que são os Soundgarden, achou que seria boa ideia deixar o Sr. Timbaland produzir um dos seus álbuns. Não conheço o álbum, mas se o single indica o conteúdo do mesmo, isto não é nada bom sinal.

Aliás, este vídeo está aqui por dois motivos: ver o efeito da venda ao capitalismo e ver o moço Klitschko (que a escriba prefere ver sem camisa, mas que também aceita ver vestido de cowboy pelo contra-senso que isso é).

"That little bitch ain't a part of me?" Terá a legítima posto os cornos ao moço?
Lembrem-se, meninos, o capitalismo é bom mas apenas em pequenas doses.

quarta-feira, agosto 05, 2009

Depeche Mode, eu vou...


... Desde que os simpáticos moços não se lembrem de desmarcar outra vez. Dave, filho, tu não caias do palco outra vez que eu aborreço-me a sério...
Façam figas, pessoal.


PS: Como já não tenho mais fotos a difamar os rapazes, tive de arranjar outro tipo de imagem. Haverá algo melhor que um rato a tocar banjo para tal fim?

terça-feira, agosto 04, 2009

Valsa com Bashir - E vão três



Quando é bom, há que ver repetidamente.
Cortesia do ciclo do King, lá foi o terceiro visionamento.
Desta feita, um clip com com a música "This is not a Love Song" dos PIL.

segunda-feira, agosto 03, 2009

Comida não polaca que se come em Cracóvia



Não comemos só comida não polaca em Cracóvia, também estivemos no mexicano em Varsóvia, mas para não estragar o figurino, essas fotos foram censuradas.
Num restaurante húngaro chamado Balaton, experimentámos o prato nacional dessas paragens, o goulash.
Esta versão era mais guisado do que sopa, o que me leva a crer que será também algo adulterada para a versão verdadeira. Mas tendo em conta que estava muito bom e que prefiro guisado a sopa, compensou.




Tivemos uma estreia, cozinha ucraniana, que, não inesperadamente, é semelhante à russa.
Um restarante simpático num pátio interior de uma ruazinha de Cracóvia, com uma esplanada muito agradável.
Este foi o prato que a Noiva comeu, porco com maçã, acho eu.

Eu comi umas almondegas recheadas alongadas muito saborosas. Não me perguntem o recheio, já me esqueci.
Direi apenas que no leste, o pessoal adora carne picada.

Outra estreia.
Já este foi o prato mais apreciado da categoria estrangeira, Tanto que o comemos duas vezes no restaurante georgiano que o servia.
É uma tarte de queijo com frango. Até eu que sou uma moça de muito alimento, não consegui acabar o prato.
Alguém quer importar para os restaurantes nacionais? Tinham uma cliente garantida.


Por fim, num restaurante de especialidades austríacas, comi Schnitzel com batata assada em papelote. As batatas eram muito boas, o Schnitzel não era, de longe, o melhor que comi.
Fica a prova que só na Áustria fazem este prato de modo a ficar sequinho (e no Pano de Boca em Lisboa, que só ainda não apareceu aqui porque me esqueço sempre da máquina fotográfica quando lá vou).