quinta-feira, julho 01, 2010

Arte?


A visita do projecto cultural deste mês que passou foi ao Museu Calouste Gulbenkian. Logo farei aqui a respectiva reportagem fotográfica.
À chegada, deparámos com isto à porta. A minha mãe perguntou muito rapidamente se eles estariam em obras. Eu aventei logo a hipótese de ser uma obra de arte. Parece que eu é que tinha razão.
A "obra" é de um artista dos Camarões e está completamente desprotegida à porta do museu. O que quer dizer que pessoas mal intencionadas podem mudar os calhaus e, quiçá, levar um pneu para casa.
Desculpem, mas aquilo que eu consigo reproduzir não é arte. E olhem que eu sou muito boa a empilhar calhaus.
Acho que os patos da Gulbenkian nunca mais se recompõem depois de terem isto à frente do seu lago umas semanas...

15 comentários:

Ana disse...

definir arte não é assim tão fácil. lembro-me de ter visto no Tate uma pilha de roupa semelhante ao que eu tenho no meu quarto naqueles dias de neura em que nada nos assenta bem e vamos experimentanto e atirando roupa para o chão.

Gi disse...

Não soubeste daquele artista que tinha uma sanita partida como obra de arte num museu e que, um belo dia, chegou lá e nada! A mulher da limpeza julgando que aquilo era para deitar para o lixo foi o que fez.

Noiva Judia disse...

O que eu gosto na arte moderna é estar aberta a interpretações. Isso podfe simbolizar a destruição dos países africanos pela guerra civil, embora eu ache que os Camarões sejam relativamente pacíficos. Por outro lado, a arte moderna, por recorrer a este tipo de materiais, também corre o risco de ser confundida com um monte de entulho...

Precious disse...

Não discuto isso, Ana. Acho é que, às vezes, os artistas estão claramente a gozar com o público.

Gi, não me admira, já que esta arte arrisca-se a ser confundida com lixo.

Noiva, acho que nem tu vais defender esta peça aqui.
Sim, simboliza a destruição da guerra, mas não podia ter sido feita de uma forma mais extraordinária? Algo que não pareça entulho de uma obra?

sophia disse...

Eu pensaria exactamente o mesmo que a tua mãe. Arte moderna raramente me cativa

Júlio disse...

Destruição da guerra? Com blocos de cimento e tijolos completamente novos? E um Pirelli P7? Para mim o artista misturou algo no tabaco e mais nada, é que eu interpreto desta coisa. Concordo contigo na parte dos artistas estarem claramente a gozar com o público. Já houve correntes artísticas cujo princípio era mais ou menos este.

Precious disse...

Estou como tu, Sophia, não é coisa que me cative.

Júlio, bem observado na parte de materias escolhidos. Suponho que o Pirelli seja o pneu, olho clínico.
Sim, eu acho que muitas vezes é gozo.

deKruella disse...

Isto, para mim, é feio.

Se é arte...é da feiaaaaaa!

Precious disse...

Não tenho nada contra arte feia, mas tem de me dizer alguma coisa. Tem de demonstrar algo mais elaborado, que o comum mortal não consegue fazer.
Isto não é isso.

V. disse...

Ora aí está um belo monte de entulho com uns tijolinhos novos mesmo bons lá pró quintal de casa. Gulbenkian, né?

;)

Precious disse...

É, podes ir lá recolher, os patos agradecem ;)

Júlio disse...

Eu fico com o pneu (o Pirelli) se me deixares.
Nem precisa de estar novo. Acho que só se arranja a partir de 15 polegadas e as jantes do meu são de 14.
Mas serve para ter lá por casa para assentar o pote de fazer aguardente quando se tira do fogo.
Posso ser?

Precious disse...

Está à porta da Gulbenkian, Júlio.
Basta ires lá e certificares-te que os seguranças não te vêem a tirá-lo.

Mimo Azul disse...

Chego à conclusão que temos muitos artistas por esse país fora... Basta andar por aí para ver inúmeras obras de arte destas.... pffff

Precious disse...

Olá, Mimo Azul.
Sim, peças como estas encontram-se à porta de qualquer obra.