quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Regresso ao passado II



I came across a cache of old photos
And invitations to teenage parties
Dress in white one said, with quotations
From someone’s wife, a famous writer
In the nineteen-twenties
When you’re young you find inspiration
In anyone who’s ever gone
And opened up a closing door
She said: we were never feeling bored
cause we were never being boring
We had too much time to find for ourselves
And we were never being boring
We dressed up and fought, then thought: make amends
And we were never holding back or worried that
Time would come to an end
(Being Boring - Pet Shop Boys)


E depois do post PSB no Kruella, chegou a vez do covil receber estes heróis dos anos oitenta.
Mais uns senhores que ainda mexem, se bem que dando muito menos nas vistas. Mais uma obra extensa. Mais um vídeo giro e uma boa canção.
Uma das minhas bandas preferidas dos anos 80 e, muito possivelmente, a primeira banda com qualidade de que gostei.
Estes senhores têm o mérito de me fazer gostar de uma canção do Robbie Williams, que não suporto, porque a escreveram e é brilhante. Estou a falar obviamente de "No regrets". Desculpem lá, Neil e Chris, porque raio foram dar esta canção a este gajo ranhoso? E não digam dinheiro, porque a esta altura, já devem ter um pé de meia razoável.
Estive quase a escolher “Don’t know what you want but I can’t give you anymore”, mas achei que poderia ser um bocado radical demais. Perucas, óculos e cães grandes é um conceito um bocado tramado, rapazes.
E havia tanto por onde escolher, por isso, fui por uma canção que significava alguma coisa mais para mim. E pronto, cá está ela.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

O caso misterioso da correspondência não solicitada


Ontem cheguei a casa e tinha o meu pai à minha espera com o correio na mão. Estranhei esta mordomia e quis saber o que se passava.
Então não é que recebi uma carta das Edições Avante, convidando-me para a apresentação das "Obras Completas" do Álvaro Cunhal? Em casa predominantemente laranja, o convite fez sensação. Do tipo errado, claro.
Considerando que não sou comunista, nem nunca fui e que não frequento o meio, como raio é que estes gajos sabiam a minha morada, com o código postal completo e tudo?
É certo que tenho alguns amigos vermelhos, mas a maioria não sabe a minha morada (por motivos de segurança, claro). Nem os estou a ver a dar a minha morada ao "inimigo".
Mais um mistério se adensa na minha vida... O chamado mistério da correspondência não solicitada. Podia ser mais misterioso, mas infelizmente, foi o melhor que se conseguiu arranjar.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Os vencedores e o que opino sobre eles


E pronto, não vi mesmo os Óscares em directo, mas ainda tentei. Só que não consegui levantar-me e acabei por saber em segunda mão.
E aqui estão as minhas críticas opinativas:
Entre Inimigos leva os Óscares de melhor filme, melhor realizador e melhor argumento adaptado - não vi o filme, mas sabendo o que dizem sobre ele é capaz de ter sido justo. Vou ver se trato de visionar esta semana e dar uma opinião mais fundamentada. Little Miss Sunshine é um grande filme, mas não faz o género do Óscar, que posso eu dizer. E o Scorsese também já merecia o Óscar. Não é o melhor filme dele? Paciência, ainda assim parece que é um excelente filme. Por isso, também não é injusto.
Little Miss Sunshine leva Óscares de melhor argumento original e melhor actor secundário, Alan Arkin - O que é mais impressionante no filme é a história, que é genial, por isso, bem ganho a este nível. E o Avô era imensamente bem apanhado. Aliás, os actores são todos muito bem escolhidos neste filme. Para filme alternativo, portou-me muito bem.
Helen Mirren é a Rainha Elisabeth II, logo este Óscar só podia ser dela. E o que o pessoal da Academia adora actores que interpretam este tipo de personagens.
O mesmo se aplicará ao Forest Whitaker, mesmo sem ter visto ainda o filme.
Melhor filme de animação foi o Happy Feet, de que não gostei. Acho que o Carros devia ter ganho, não sei se por ter uma heroína que além de ser um Porsche, é advogada. São gostos...
Melhor documentário foi uma Verdade Inconveniente, que também não vi. Considerando toda a agitação e publicidade à volta do documentário e seu narrador, não podemos ficar admirados.
Melhor filme estrangeiro foi As Vidas dos Outros. É o melhor filme que vi este ano, é excelente, se puderem, não percam. Ainda bem que finalmente ganha um filme alemão e premeia uma indústria crescente que se ocupa de temas interessantes (a história deles entre guerras mundiais, muros de Berlim e Satsis também se presta a isso). Confesso que, quando a Queda perdeu para as Invasões Bárbaras, me custou a engolir...
E para o ano há mais.

domingo, fevereiro 25, 2007

'Tou "piurça"


Caraças, não vou poder ver a transmissão dos óscares em directo.
Pela conjugação de três factores - levar o papi ao médico às 8h, carradas de trabalho e exame de direito comunitário - não posso andar por aí feita zombie amanhã.
E não, a transmissão em diferido é como ver um jogo da bola depois de se saber o resultado, não dá pica nenhuma.
Peço antecipadamente desculpa pelo uso de linguagem grosseira, mas não aguento...
F***-se!

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Walking after you




Tonight I'm tangled in my blanket of clouds
Dreaming aloud
Things just won't do without you, matter of fact
Ohh ohh ohhhhh, I'm on your back
I'm on your back
Ohh ohh ohhhhh, I'm on your back
If you'd accept surrender, I'll give up some more
Weren't you adored?
I cannot be without you, matter of fact
Ohh ohh ohhhhh, I'm on your back
If you walk out on me, I'm walking after you
(Walking After You - Foo Fighters)


E pronto, vou dar mais uma de romântica.
Cortesia do VH1, relembrei este vídeo e canção no fim-de-semana, e que bela canção é.
Vou fazer uma confissão que se calhar não vai agradar ao público em geral. Nunca gostei de Nirvana, nunca achei piada ao Kurt Cobain e nem percebo porquê tanto estardalhaço à volta da música destes gajos. Podem mandar as vossas bombas e outros engenhos explosivos ao cuidado deste blog.
O Grunge nunca foi muito popular para mim, se bem que gostava muito de Soundgarden, que era assim classificado sem eu perceber muito bem porquê.
Mas Foo Fighters sempre achei muito interessante. Deve ser da energia que transparece das canções, não sei bem explicar. Os vídeos ajudam, até porque sou uma rapariga que ouviu música pelos vídeos a maior parte da vida.
Também gosto muito do “Best of You”, mas este “Walking After You” é para mim das coisas mais românticas jamais escritas, ao ponto de me arrepiar. O vídeo também é muito bom.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

A saga do passaporte



Hoje tive de ir tirar o passaporte para poder entrar na terra destino de férias no mês que vem. Sim, não é na nossa alegre e solarenga EU.
A coisa ia logo começando mal porque a fila na loja do cidadão chegava quase ao elevador da Glória. Mas ainda bem que persisti porque foi a segunda pessoa a ser atendida. Pelos vistos, não havia muita procura por passaportes hoje.
Então fica a informação para quem nunca tirou o célebre passaporte electrónico. Já não é preciso fotografia e basta levar o BI e passaporte anterior (para ser inutilizado).
Fui atendida por uma funcionária muito simpática, facto raro na nossa função pública que é conhecida por outras “qualidades”. Claro que passou o tempo a falar com a colega do lado sobre a colega grávida que fez não sei o quê. Milagres não há…
Um pormenor engraçado, não há cadeira para ninguém. Para quê também? Se tens dificuldades de locomoção ou não podes estar muito tempo de pé, se calhar não tens saúde para viajar, logo, não precisas de passaporte.
Mas adiante, a foto é tirada por uma máquina XPTO que se ajusta automaticamente à nossa altura. Mas, como manda a tradição, as fotos ficam a treta de sempre. Sim, fazia-me falta mais um documento em que estou com ar de toupeira a quem acabaram de retirar violentamente do buraco/foragida da justiça/terrorista perigosa. A primeira metáfora é particularmente boa porque me mandaram tirar os óculos e, como toda a gente extremamente cegueta, a pessoa fica com uma expressão um bocado perdida. Pormenor também curioso, as orelhas têm de ficar à mostra na foto. Meninas, prendam o cabelo, se ficarem com ar de totó com ele entalado atrás da orelha.
As impressões digitais já são digitais. Uau. Carrega-se na máquina e o dedito já não fica borrado de tinta. As novas tecnologias são o máximo.
O período de espera até entrega é de 10 dias corridos ou 7 úteis.
Custo desta operação: 60€ (nem me falem nesta parte que até me apetece dizer asneiras).
O único consolo é que a formalidade mais importante para a viagem já está tratada e em breve estará tudo a postos.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

E a escriba deste blog não se cala com isto...


Desculpem lá, miudagem.
Duas canções inéditas dos NIN no site deles do MySpace: http://www.myspace.com/nin
Não sou mulher de gostar de nada à primeira, mas parece-me bem que gosto mais do My Violent Heart do que do Survivalism. O som é tipicamente NIN, mas tem um acabamento qualquer diferente. Só me comprometo após ouvir o CD todo. Até Abril, não me doa a barriga.
Opiniões nos comentários, se faz favor.

Das coelhinhas e outros delírios paternais...


Aqui vem mais um post com título enganador.
Há coisas que só me acontecem a mim...
O meu pai foi à terra, visitar a família e participar na matança do porco (ou melhor, participar na comezaina que se segue à matança, porque ele é um gajo pacifista, assim como eu).
Havia uma quermesse na igreja e saiu-lhe uma coelha de peluche. O meu pai, confrontado com a escolha do destino a dar ao peluche, deve ter começado a pensar: “Bem, a quem o vou dar, sim, porque a mim não me faz falta uma coelha de peluche. Dou-a um dos meus milhentos sobrinhos e sobrinhos netos? Ah, já sei, vou dá-la a quem ela realmente faz falta, à minha filha de 30 anos”. E lá veio ele todo contentinho com a coelha debaixo do braço.
Sabem aquelas alturas em que têm a vaga impressão que os vossos pais ainda acham que são crianças? Pois, eu tenho muitos momentos desses com o meu pai. Sim, a coelha segue-se a uma lista extensa de prendas incompreensíveis, tipo um carro vermelho há seis meses. Não, não era um Volkswagen vermelho tamanho adulto, era mesmo um carrinho de brinquedo. E ele comprou-o de propósito. Tenho a certeza que o Freud teria uma explicação qualquer para isto, mas não sei se ia gostar de saber qual era...
Não há santo que convença o papi que a sua menina não é assim tão pequenina. Tal como quando eu era pequenina, não havia santo que o convencesse que eu era uma menina e não um menino. Daí a sucessão de bolas, carros e patins que recebia de presente. Uma pessoa fica baralhada, não é?
E pronto, tenho uma coelha particularmente feiosa e pirosa na minha colecção, para brincar quando quiser. Yupy!
Posso trocá-la por um livro? ;)

domingo, fevereiro 18, 2007

Regresso ao Passado



Ainda tenho um vídeo “NIN related” para postar, mas para não vos dar uma overdose, decidi recuar até aos anos 80 e ir buscar algo simpático.
Desta feita, não é relacionado com a efeméride que agora se festeja, até porque não estou a lembrar-me de nenhum vídeo relacionado com o Carnaval que ache piada.
Este é o primeiro vídeo que me lembro de ver e causou verdadeiro impacto. Do rapaz Falco, podia ter escolhido “Amadeus”, muito mais conhecido, mas por motivos educacionais, vamos por um menos visto – “Jeanny”.
Lembram-se da canção? Foi um dos êxitos europeus deste senhor, na América não pegou. Aliás, os ianques só gostaram do “Amadeus” e “Der Komissar”.
Falco, cantor austríaco, foi o segundo a conseguir entrar nos tops americanos a cantar em alemão. Penso que os Kraftwerk, mais antigos, foram os primeiros a conseguir, se bem que com resultados menos bons. E depois viriam os Rammstein, que também conseguiriam bons resultados nas tabelas de Álbuns.
Depois do sucesso americano, o Falco viria a morrer num acidente de viação na mesma altura da morte da Aalyah ou da Left Eye Lopes. Mas ainda deixou obra extensa.

PS: O Youtube anda a mandar fintas ao pessoal e, de vez em quando, os vídeos deixam de se conseguir ver. Se isso acontecer, agradeço que me avisem para eu poder consertar o problema.

Vampiras Lésbicas de Sodoma (alerta linguagem imprópria)



Desta vez, não houve imprevistos que impedissem a realização do espectáculo.
Basicamente, é a história de duas vampiras rivais, originárias de Sodoma, que se alimentam do sangue de virgens. E a história vai-se desenrolando, também em Portugal.
É um espectáculo com transformismo, com linguagem imprópria para púdicos e cenas sexualmente sugestivas, mas tremendamente engraçado.
Aliás, só para ver o Simão Rubim vestido de sevilhana, já valeu a pena ter visto a peça.
Não é uma peça com tanta acção como “As Obras Completas de Shakespeare...”, tem alguns momentos mortos e não é tão espontânea, até porque não tem interecção com o público, que é sempre imprevisível. Mas para quem se sinta constrangido por ser abordado publicamente, esta é preferível.
Tivemos direito a uns acidentes ontem. Um dos actores, completamente equipado de aspirante a actriz, deslizou mais do que devia do palco e foi parar ao chão. Apesar disso, o espectáculo continuou, para ir cair mais uma vez umas cenas mais à frente. Não pareceu premeditado devido à reacção dos outros actores.
Deixo-vos um clip de 30 segundos para puderem apreciar a linguagem, mas ficam avisados que está ao nível das peixeiras da Ribeira. Quem se possa sentir incomodado com isso, não deve ver o clip. Também dá para terem uma ideia dos figurinos e look da peça.
Ouvi dizer que a K vai também postar qualquer sobre o assunto no Kruella, por isso, vão lá dar uma vista de olhos. O link está aqui à direita.
O site da companhia é www.companhiateatraldochiado.pt, lá também encontram um link para o blog do espectáculo.
Se não viram este ou “As Obras Completas de Shakespeare...”, ambos se recomendam.

PS: Sim, também houve direito a gelado Haagen Dazs.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Porco, este é o teu ano


E amanhã entramos no ano do Porco Terra. Na realidade, acho que se devia chamar javali porque na mitologia chinesa, o bicharoco é selvagem. Mas isso são pormenores.
Vamos ter um boom populacional na China, porque é considerado sorte ter bebés neste ano. Aparentemente, também é um bom ano para os negócios, até porque o porquito está associado à prosperidade. O que explica porque os mealheiros têm o formato de um porco (o meu mealheiro é uma vaca, mas eu sou do contra, por isso, vale o que vale). Os chineses são um nadita superticiosos, vai-se lá saber porquê.
O porco também é associado à virilidade. Porquê, já não consegui apurar. Mas especulando, calculo que seja por terem muitos porquinhos. E se têm muitos porquinhos, suponho que o paizinho dos mesmos tenha de dar devida conta do recado...
Porquinhos, porquinhas, bácoros e bacorinhas, este é o vosso ano, toca a aproveitar. E para os humanos, também se deseja um bom ano chinês (春節).
Já soube como se diz feliz ano novo chinês em caracteres latinos, cortesia dos meus amigos com ligações a Macau, mas macacos me mordam se me lembro agora. X e J, se passarem por cá, deixem a informação nos comentários, se faz favor.
Eu tenho um jantar hoje, por acaso num restaurante oriental, seguido de copos. Por isso, vai ser uma passagem de ano e pêras...

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Como bater na mulher


Podia falar da viagem de ontem, mas não me apetece. Não foi assim tão interessante.
Em vez disso, vou partilhar um vídeo que recebi no meu E-mail.
O assunto é importante porque acho que toda a gente deve saber como bater na mulher, sem violar as normas corânicas.
Podem ver o vídeo sem problemas, ao contrário do anterior, é só paleio e não tem imagens chocantes.
Eu sou pela paz, amor e tolerância, se bem que os últimos posts possam lançar dúvidas quanto a essa questão. Mas isto é um abuso, caraças. Falar em tolerância num caso destes é motivo de risota.
E pensar que este homem deve ser considerado moderado...

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Vídeo da PETA, com bolinha vermelha


Cortesia da máquina avoadora, ainda consegui ter um tempinho para passar por cá. Espero que estejam a ter um excelente dia dos namorados, ou apenas, um excelente dia.
Deixo-vos um vídeo da PETA sobre o comércio de peles de cães e gatos na China. Aviso desde já que as imagens são chocantes por serem demasiado reveladoras.
Vocês sabem que não sou fã de ter bichos em casa, o que não significa que ache bem que se maltratem os animais. Aliás, quem maltrata animais, não tem respeito nem trata bem as pessoas, e a relação pessoas-bichos elucida o grau de humanidade da pessoa. Claro que não se deve levar o amor também a um extremo, porque os animais não são humanos, nem pedem que os tratem como tal. Os animais são para tratar com respeito, mas também como animais que são. Não são brinquedos, mas também não são crianças.
Acho a PETA muito radical, mas este vídeo é narrado por... Adivinhem quem? Trent Reznor. Se as imagens vos impressionarem, vejam só o princípio e o fim.
Isto é para contrabalançar o rumor que sou romântica. O que ainda me estragava a reputação profissional...

terça-feira, fevereiro 13, 2007

E para o dia dos namorados, amor ardente



Sim, eu sei que posto muito Oomph!, mas aqui não tive hipótese nenhuma. O mercado é escasso para vídeos fixes sobre o amor, cuja canção fala em amor e eu ache piada à música.
Podia também ser o "Heirate Mich" (casa comigo) dos Rammstein, mas não existe vídeo para essa canção e não me apeteceu postar uma versão ao vivo.
E pronto, temos um vídeo semi-sinistro, com o Frank. A mocinha que ouvem cantar é a vocalista dos L'Âme Imortelle, que apesar do nome francês, são alemães. É um bónus do CD "Wahrheit oder Pflicht" e não funciona mal.
Resta-me desejar-vos adiantadamente (porque amanhã não estou) um feliz dia dos namorados. Não interessa se estão acompanhados ou não, é a intenção que conta.
PS: Caso prefiram eighties, vão ao Kruella. Tenho lá um vídeo dos Pet Shop Boys que tem o mesmo objectivo deste: louvar o amor, usando vídeos pouco convencionais, com monstros do cinema (neste caso, o tio Vlad).

Concerto dos NIN - Parte 3497

Eu sei que já devem estar fartos do assunto, mas cá está mais um post sobre os NIN. Sosseguem que, em breve, eu mudo de assunto, até porque haverá coisas novas para contar. Tipo as vampiras e o ano do porco já este fim-de-semana.
Como disse que ia tentar arranjar os alinhamentos, cá está o de sábado. O de segunda não foi possível. Não tirei notas e, pelos vistos, não houve jornalistas nesse concerto. Se eu vier a arranjá-lo, logo o postarei.
Alinhamento de sábado:
Mr. Self Destruct
Last
Terrible Lie
March of Pigs
Something I Can Never Have
The Line Begins To Blur
Closer
Burn
Wish
Help Me I Am In Hell
Eraser
La Mer/Into the Void
No, You Don't
Only
You Know What You Are?
Hurt
The Hand That Feeds
Head Like A Hole

18 Inch Nails


Que é como quem diz, Nine Inch Nails vezes dois.
Pois é, apesar de não ter companhia, decidi que não ia perder a oportunidade de ver novamente o simpático Trent e seus rapazes. Não, não é uma obsessão particular, já vi Rammstein em dias seguidos em 2001. Quando gosto e é na cidade onde estou, é para ver o mais possível. Já deslocações, não faço. A loucura tem limites.
Acabou por ser um concerto diferente do de sábado, com direito a alinhamento alterado e tudo. O Trent estava muito mais falador e não houve problemas técnicos.
Mas começando pelos Popo. Por muito que tentasse evitar ferir novamente os meus tímpanos, ainda cheguei a tempo de ouvir uns dez minutos dos gajos. A minha opinião não melhorou com a segunda audição. Desta vez, trouxeram o clube de fãs. Havia aí 20 macacos a gritar por eles no fim. Há gente para tudo...
Desta vez, o concerto que interessa começou uns minutos atrasado e com a canção "Love is not enough" do último álbum. Tocou muito material que não conheço (só tenho três álbuns "The Downward Spiral", "The Fragile" e "With Teeth"). O remanescente do público também parecia estar um pouco às aranhas, mas não sei dizer se seria material mais antigo ou menos coisas do novo álbum. Logo veremos em Abril.
Tocou mais "The Fragile", "Fragile" substituiu "Hurt", aparentemente porque o rapaz só toca uma canção calma por concerto. Acabou como da primeira vez com "Head like a Hole". Repetiu-se "Closer" e "Hand that Feeds", entre outras. Vou ver se desencanto os dois alinhamentos para os comparar.
O Trent não só agradeceu no fim de cada canção, como apresentou a banda, falou do novo álbum e, já no finalzinho, elogiou o público, dizendo "I couldn't think of a better place to start the tour". Falou de uma dirgessão após a saída do novo álbum, mas considerando que sai já em Abril, acho que será mais uma continuação desta.
Ah, ia-me esquecendo, não me lembro de ver o cartaz de proibição do mosh e crowd surfing, pode ter sido retirado. Mas também não vi o pessoal a fazer nenhuma das duas coisas.
Em conclusão, parece-me que tivemos mais um concerto a três partes do que propriamente três concertos isolados, suponho que para benefício de quem terá assistido aos três. Certamente que haverá gente nessa situação. Muito bom e, sem dúvida, a repetir quando/se voltarem a Tugaland.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Notícia de última hora

Tremor de terra afecta Lisboa e o sul do país. O epicentro foi a 200 km mas atingiu seis graus na escala de Richter. Bolas, bolas.
Alguns adeptos rábidos do Não disseram que a fúria de Deus se abateria sobre Portugal se o Sim ganhasse. Será que temos motivo para ter medo? É que as áreas afectadas foram justamente zonas onde o Sim ganhou. Spooky...
O certo é que estou um bocado enervada porque aqui no meu gabinete abanou tudo, inclusivé eu e por uns bons 5 segundos.
E vem logo 1755 à memória. Um dia destes, é dia...

Concerto NIN Parte III - The man Himself


Tal como os popós (que começaram pontualmente às 21h), também os NIN começaram pontualmente às 22h. Isto para mim é um ponto positivo, porque as salas de espectáculo deste tipo de coisas não são famosas por terem cadeiras confortáveis. Se demoram, o pessoal começa a ficar saturado e tal.
Começaram por “Mr. Self Destruct” e acabaram por “Head like a Hole”.
O alinhamento teria sido contínuo, não fossem os problemas técnicos logo na terceira canção (March of the Pigs). Não é que as luzes Strobe/fumo deitaram abaixo o sistema? Não me parece bom para a reputação do Coliseu. Segundo a explicação do Trent, o quadro fez accionar o sistema de incêndio. Tivemos, por isso, o fim de uma canção às escuras e a seguinte a mesma coisa. No fim, as luzes acabaram por voltar. Menos mal.
É um espectáculo apenas com efeitos de luzes e fumo, nada de elaborado do género Rammstein, mas ainda assim agradável à vista (menos para os epilépticos, que esses não têm sorte nenhuma com este tipo de concertos).
Momentos calmos também houve, mas em poucos ocasiões. Uma dessas sendo “Hurt”. O Trent cantou-a sozinho, acompanhado apenas do teclado.
Cantaram-se as mais óbvias “Closer”, “Hand that Feeds”, etc. Mas faltaram algumas importantes. Como é possível não teres tocado “The Perfect Drug”, Trent? “Starfuckers” também não rodou, entre muitas outras. É o problema das carreiras longas, fica sempre algo de fora.
O rapaz não é muito comunicativo com o público, tenho ideia que só falou quando as luzes se apagaram e mais tarde para pedir para ligar as luzes da plateia. Corrijam-me se estiver errada.
Na última canção, destruíram-se uns instrumentos, por isso, não houve encore para ninguém. O público não achou piada nenhuma. Eu só lhe perdoo porque ele vai dar três concertos seguidos.
Ponto alto: a energia contínua e contagiante.
Ponto baixo: Mais uma vez, Trentinho, como pudeste não tocar “The Perfect Drug”?
Apesar de tudo, nota elevadíssima. Adorava ir, pelo menos, a mais um destes concertos.
Fico à espera do novo album e do regresso a Portugal. Não te esqueças, Trent, tens de voltar, ouviste?

Concerto NIN Parte II - A banda de abertura

Estou na dúvida como os gajos se chamam. É Popo? É The Popo? É Popo Music? Não importa.
Acho que me provocaram alguns danos nos tímpanos, é só o que sei. Pode ser preconceito contra a banda de abertura, porque tirando uma honrosa excepção (Oomph! a abrir para HIM no mesmíssimo Coliseu), geralmente a coisa deixa um bocado a desejar.
Ao que sei, estes rapazes não têm album editado. E digo eu maldosa, vai-se lá saber porquê.
O tipo de música é assim tipo ska, ligado à corrente, ou seja, com elementos electrónicos. Mal comparado, lembrou-me um pouco os Blasted Mechanism, mas sem os fatos de gafanhoto gigante.
Não achei piada, basicamente. Mas também só durou meia hora.
Se quiserem experimentar por vocês mesmos, eles têm um cantinho no Myspace, onde podem ouvir qualquer coisita: http://www.myspace.com/thepopomusic. Sim, não se fiem em mim, os meus gostos não são propriamente universais.
Seguem-se mais posts...

domingo, fevereiro 11, 2007

Precisa-se de companhia para os outros dois concertos de NIN

Gostei tanto do concerto que gostaria de ver um dos outros dois.
Para amigos e conhecidos, valem as duas datas: peguem no telelé e liguem-me para combinar.
Para conhecidos bloguísticos, vale só segunda-feira, contacto por E-mail ou nos comentários (vale tudo, até arriscar-me a ser assassinada por um psicopata) ;) just kidding, tenho a certeza que as pessoas que frequentam este blog são cidadãos cumpridores da Lei e bons costumes... Whatever...

Concerto NIN Parte I - Impressões Gerais


Digamos que preencheu as expectativas, aliás, altíssimas que eu tinha para o evento.
A sala estava bem preenchida e pareceu-me esgotada.
Havia os “índios” habituais, o pessoal que não se dá ao trabalho de se mascarar para estes eventos e o grupo que vestiu de preto quando normalmente não o faz e que tirou o pó às biqueiras de aço para a ocasião. Eu incluo-me no terceiro grupo, mas acho que, para o próximo concerto pesado, vou de camisola cor-de-rosa, só pelo desafio.
À entrada, estava um cartaz estranho. Diz qualquer variação do seguinte “os artistas pedem encarecidamente que não se faça mosh ou crowd surfing”. Estranho, não é? Porque terá o Trent insistido nisto? Para mim, apenas se abrem estas opções:
a) o gajo quer que lhe prestem o máximo de atenção possível e não quer distracções;
b) o gajo não qer que o pessoal se magoe com brincadeiras deste género;
c) Puras mariquice, sem qualquer justificação plausível.
Escolham a opção da vossa preferência.
Confesso que tive medo que o gajo fizesse birra se o pessoal desobedecesse ao seu pedido. É que, como é normal em qualquer concerto em que a música é pesada e rápida, houve mosh e crowd surfing. O rapaz não pareceu importar-se. Ufa...
O som não me pareceu tão definido como habitual no Coliseu. Pode ter sido impressão minha, uma vez que os meus tímpanos são capazes de ter ficado danificados durante a actuação da banda de abertura. O que pode ter faltado nesses termos, foi mais do que compensado com a energia da banda.
No final, o pessoal apenas pareceu ficar insatisfeito por não ter havido encore. Nós bem chamámos pelos gajos, mas sem sucesso.
Mais pormenores nos posts seguintes.
PS: A foto é do Jornal de Notícias (crédito a quem é devido).

Ai, Trent, até te ensinava a falar francês...


E quem diz francês, diz português, alemão. Aliás, até aprendia mais meia dúzia de línguas só para tas poder ensinar.
És um bocado depressivo? Não é nada que uma medicação adequada não resolva. Não faz mal que a conta da farmácia aumente.
É verdade quer não acho muita piada ao teu corte de cabelo actual, mas isso são pormenores sem a mínima importância. E o cabelo torna a crescer.
E se bem que preferia o look “heroin chic” do Perfect Drug ou do Closer (honra que reservo só para ti porque geralmente gosto dos mocinhos bem constituídos), também se vive bem com umas gorduritas a mais. Sim, não me pareceu que o aumento de volume que vi seja só ginásio. Mas se for, fico muito satisfeita. A sério.
Sossega, “mon tiquety coeur”. Pronto, já está tudo bem.

PS: Apresento desde já as minhas desculpas ao Till Lindemann, meu escravo sexual virtual com honras de quase unicidade. Mas garanto que há lugar para os dois no meu coração. Na secção virtual, obviamente.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Mais links para blogs

Três posts no mesmo dia, estou mesmo inspirada.
Bem, na realidade não estou. Venho apenas chamar a atenção dos visitantes deste blog da junção de mais links para blogs que considero interessantes.
Desta feita, são todos de comentadores deste blog, cujas visitas são retribuídas frequentemente: Migvic, Pequenos Nadas, Sergy, Muse e Kitty (por ordem alfabética de nome de blog).
Se me enganei no nome de blog ou por outro motivo qualquer, nomeadamente, porque não querem ser publicitados, barafustem, se faz favor, nos comentários.
Se me esqueci de alguém que comenta aqui e cujo blog costumo visitar, repreendam-me com calma, recordando que ando um bocado cansada, o que é natural que acarrete algum esquecimento. Depois, logo juntarei o blog esquecido, com um sentido pedido de desculpas.
Para os mais distraídos, os links estão na coluna da direita deste blog, a cor-de-rosa.

É já em Julho



A notícia tem cerca de uma semana, mas acabei de saber agora. O último livro da série Harry Potter é publicado em 27 de Julho deste ano.
Apesar de ainda nem existir fisicamente, já bateu o record de vendas da Amazon. O número é antigo, porque já deve ter vendido mais uns milhões entretanto, mas falava-se há tempos de seis milhões.
Sou grande fã do Harry. Achei piada aos três primeiros livros, mas foi a partir do quarto que a coisa animou realmente e deixámos o campo da literatura infantil. Vou ver os filmes todos e achei o último (Cálice de Fogo) muito bem apanhado, nem que seja por mostrar as personagens como verdadeiros adolescentes que agora são.
Mas, raios, ninguém me apanha a pagar hoje o que só receberei em Julho, sobretudo, quando a Fnac, Bertrand e afins vão ter o livro à venda no dia em que sai. Também ninguém me apanhará a fazer fila à meia noite do dia da edição. Ir na manhã seguinte significa que terei o livro prontamente, sem necessidade de perda de tempo em filas, nem necessidade de aparecer na televisão (coisa que me mortifica um bocado).
Isto não significa que não dedique a minha inteira atenção ao livro nos dias seguintes à compra. Aliás, esse fim-de-semana não deixará de ser quase exclusivamente dedicado à sua leitura. Isto deve-se ao facto de eu ser fanática? Não é bem isso. Digamos que detesto desmancha-prazeres que contam a história antes de eu ter tempo de a ler. E nós sabemos bem que este tão aguardado livro vai dar muito que falar em todos os meios de comunicação e há-de haver uma alimária a dar pistas ou a contar mesmo o final. Lendo-o no mesmo fim-de-semana elimina quase completamente esse risco. Caso contrário, podem crer que esperaria que saísse em capa mole, que é o que faço para todos os meus autores preferidos.
E pronto, começa a contagem decrescente. Até Julho, faltam uns meros cinco meses e uns diazitos.

O Deus do Rock industrial está quase a chegar



Amanhã estreia-se em Portugal uma das bandas mais carismáticas do segmento industrial, os Nine Inch Nails, ainda por cima em versão tripla. Juntamente com os Laibach (que já tocaram no Porto e não pude ir ver), era uma das bandas que mais ansiava ver ao vivo.
Amanhã é por isso dia dos NIN, já que tenho bilhetes precisamente para o primeiro dos três concertos. Segunda-feira podem esperar a crítica do concerto e, se calhar outro videozito. Logo veremos.
Entretanto aqui fica o vídeo do primeiro single do último album lançado, "With Teeth". O homem (sim, porque sendo uma banda, a essência é sempre e só o Trent Reznor) tornou um pouco menos pesado e mais pop, mas gostamos dele à mesma.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Em Lisboa, resvalando em ecologia

E sempre fiquei cá, tendo adiado as duas deslocações para a semana que vem. Não posso dizer que tenha ficado muito triste, mas o problema apenas foi adiado e não ficou resolvido. Isto de ser advogada sobre rodas, sobre carris e com asas é muito cansativo e desgastante.
Como não tenho grande coisa para dizer (o cansaço não está a deixar a imaginação trabalhar como deve de ser), vou falar daquele tema que se usa quando não se tem nada de jeito para falar - o Tempo.
Alguém me explica este tempo? Primeiro apanho uma molha a vir para o escritório. Poucas horas mais tarde, olho pela janela e está um sol radioso.
Sim, Bush, continua a dizer que isso do arrefecimento global é uma bizarria inventada pelos ambientalistas. Não ponhas os olhos no que se está a passar por este planeta todo e não assines Quioto.
Não será patente que algo de obviamente errado se anda a passar no nosso berlinde azul? Sim, estou a falar também com vocês que se calhar concordam com tudo o que digo, mas não reciclam, não usam os transportes públicos e não se esforçam por fazer escolhas ecológicas.
Vamos lá a ter consciência e a fazer a parte que nos compete em preservar a nossa casita, para ver se os nossos hipotéticos filhos e netos ainda têm qualquer coisa para estragar quando chegar a vez deles.
Isto não era para ser um manifesto verde (no sentido ecológico e não clubístico), mas agora já está. Fica como pensamento do dia.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Sonhas?



Ora bem, cá vem mais um post versão "muito curta porque há muito para fazer".
Deixo-vos o novo vídeo dos Oomph!, que aliás nem tenho tempo para ver agora na integralidade (ou via o vídeo ou escrevia isto, para as duas coisas não tenho agora tempo).
A canção é do Glaube Liebe Tod e recebeu nova roupagem para os rapazes concorrerem à Bundesvision (que confesso que não sei se é o equivalente ao nosso festival da canção). Resta-me dizer que este festival deve ser do mais eclético porque o ano passado participaram os In Extremo (que fazem Rock medieval, com gaitas de foles incluídas e tudo), que hão-de ser devidamente apresentados aqui.
A canção é basicamente igual à do álbum, tendo apenas como novidade a colaboração da Martha Jandová dos Die Happy. Aliás, o acrescento é completamente indiferente e não traz nada de novo ou interessante, até porque não acho a voz da mocinha nada de especial.
E pronto, estando eu de partida para o Algarve (onde há hipótese de post amanhã) ou para o Funchal (onde não há hipótese nenhuma de post amanhã), é tudo a que têm direito hoje. Logo terão notícia do destino, mal eu saiba.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Aviso à navegação

Ando um pouco mais malandra (no sentido de preguiçosa) do que é costume, mas não quis deixar de avisar os caríssimos frequentadores deste blog, que estarei em terras tripeiras no dia de amanhã e em terras algarvias na quinta e sexta (ou em terras madeirenses, que isto a vida de advogada é cheia de surpresas).
Se não houver post, não é preguiça, é mesmo ausência. Mas dêem uma vista de olhos, na quinta/sexta posso surrupiar um computador lá de baixo e postar qualquer coisita...

Cancelado por motivos de inundação

Hoje iam ter aqui uma linda e interessante crítica à peça "Vampiras Lésbicas de Sodoma", mas não vai ser possível. O espectáculo de sábado foi cancelado por inundação no camarim e não haver outro espaço onde os actores pudessem vestir-se. O engraçado é que recebi um telefonema a avisar que não ia haver peça, o que não acontece todos os dias.
O motivo parece-me um pouco suspeito, considerando que não choveu. Sim, eu sei que pode ter rebentado um cano, mas cheira-me que a explicação será algum arrufo entre actores e não problemas de canalização (pelo menos, do teatro).
Ponto contra: não vi a peça que ando há mais tempo para ver.
Ponto a favor: o teatro fica na rua do Haagen Dazs e eu e os meus acompanhantes afogámos a desilusão numa grande taça de gelado (ou crepe).
Se motivos de força maior não o impedirem, lá estaremos a ver as vampiras daqui a quinze dias. Com protecção acrescida na zona do pescoço...

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Morte por Karoshi

Mais um documentário que vi. No Japão morre-se por excesso de trabalho.
Chama-se à morte por excesso de trabalho Karoshi e afecta um grande número de pessoas por ano. Supõe-se que há Karoshi quando a pessoa morre, após estar ao trabalho sem folgas mais de quinze dias seguidos.
Para quem ache que isto é uma bizarria oriental, pense bem em quantos casos o trabalho diminui a nossa qualidade de vida e a nossa saúde. Talvez em Portugal não haja assim tantas mortes directamente ligadas ao excesso de trabalho, mas quantos acidentes de trabalho não são indirectamente provocados pelo cansaço extremo dos trabalhadores? Quantas pessoas não vivem o inferno no local de trabalho, que devia ser um sítio para nos expandirmos e darmos largas ao nosso talento? E quantas depressões e problemas mentais graves não são provocados por assédio moral dos empregadores e colegas?
Uma amiga minha disse que um colega se suicidou no local de trabalho. Era um trabalho monótono, fisica e mentalmente exigente e sem alternativas de mudança porque na região só existe aquela empresa. Escolha curiosa de local, tendo em conta que as pessoas normalmente se suicidam em casa. Acham que estaria a tentar fazer passar uma mensagem?
E nos EUA existe o fenómeno do "amoque" no local de trabalho. Existe pessoal que chega a um nível de saturação, pega numa arma e vai para o emprego limpar o sebo aos colegas. É o que se chama morte por excesso de trabalho do colega.
Como eu os compreendo... Mas não se preocupem, ainda não é desta que me vêem no telejornal. Espero eu...