quinta-feira, maio 31, 2007

Alerta, reunião de banda dos 80...

É já no dia 25 de Setembro que a última banda de Tiranobroncossauros que se reagrupou vem a Portugal.
Não apreciando muito as baladas do Sting, confesso que adoro os rapazes da polícia. E nem insinuem que Sting e Police é a mesma coisa, porque claramente não é.
Ainda me lembro de, bem catraia, ver o "Don't Stand so Close to Me" no Music Box. E espero vê-lo novamente ao vivo e a cores, se bem que isso está dependente de alguns factores que têm um certo peso.
Primeiro: Só há concerto se os gajos não se chatearem todos entretanto. Tendo em conta que têm a América toda e vários meses para se chatear e que as relações entre eles não eram famosas, eu não apostaria cegamente na realização do evento.
Segundo: A promotora é a mesma da trapalhada U2. Considerando que me recuso a ir às 6h da manhã para as bilheteiras, só se houver público sensato e ordeiro, é que chego a ter hipótese de bilhete.
Terceiro: Não haverá concerto para a minha pessoa se a forretice suplantar o desejo de ver a polícia. O bilhete mais barato custa €55,00 e é para a relva. Existem bilhetes para relva vip e vários para bancadas. Não serão estes os nomes, mas significam isto na realidade, bancada "chunga", bancada "mais ou menos" e bancada "não janto fora o resto do ano".
Mesmo considerando todos estes factores, ainda assim que acho que é um concerto a não perder. Os bilhetes são postos à venda já na segunda-feira.

quarta-feira, maio 30, 2007

Como certas nações são vistas Parte 1

EUA:
How blind can you get
for your country – right or wrong,
America – the melting pot
Praise the Lord
and praise the Holy Spirit
to save us from your freedom,
justice, peace, accordance and illusion,
from arrogance and pride,
from violence and confusion


Inglaterra:
So, you still believe you are ruling the world,
using all your tricks to keep the picture blurred
So you still believe you are superior,
and all other nations are inferior

in “Volk” de Laibach

Num texto anterior, falei do CD de uma das minhas bandas preferidas, os eslovenos Laibach. O conceito por trás do referido Álbum seria uma espécie de análise das nações, usando o hino actual ou uma versão mais antiga e fazendo considerações sobre os mesmos.
Esclareço que a opinião acima expressa é dos Laibach e não a minha. Se bem que não podemos negar que corresponde a uma certa visão destes dois países pelo público em geral, o que é particularmente verdade no que toca aos nossos amigos americanos.
Não vou bater nos americanos, porque já há muita gente a fazer isso. Mas parece-me interessante ponderar sobre o que se diz da Inglaterra, sobretudo à luz da actualidade e, muito particularmente, do caso Maddie. Temos assistido a uma campanha particularmente porca dos tablóides britânicos quanto à nossa PJ. Aliás, o pormenor da jornalista britânica que desconfiou do único arguido ter avisado a polícia britânica e não a portuguesa é particularmente elucidativo da nossa imagem junto dos ingleses.
Não será tal um reflexo do modo como os britânicos vêem os portugueses, como inferiores? Será que as críticas seriam tão acérrimas que a criança fosse sueca ou tivesse desaparecido na Alemanha?
Talvez as observações dos senhores eslovenos não sejam assim tão descabidas, é o que digo. Talvez exista de facto um sentimento de superioridade na relação da Inglaterra com outras nações, particularmente forte quando falamos de determinadas nações como a nossa.
O que é importante é admitir que isto é uma generalização. Como todas as generalizações, tem falhas mas também tem um fundo de verdade.
PS: O vídeo é o da canção da Turquia, uma vez que a canção da América não tem vídeo. Porque será que penso no festival da canção ao falar no alinhamento deste CD? ;)

segunda-feira, maio 28, 2007

As nações como nunca antes foram ouvidas

Pop is music for sheep and we are wolves disguised as shepherds
Laibach no booklet do CD “Volk”

Adquiri finalmente o meu rico CD das ovelhas. Que surpresa tive ao ouvi-lo.
Os Laibach adoram fazer álbuns conceptuais e este CD não foge à regra. Desta feita, gira à volta do conceito de povo (Volk em alemão, que dá o título a este trabalho) na vertente dos hinos nacionais. Estes senhores pegaram nos hinos de diversos países, versões actuais ou mais antigas na língua original, fizeram considerações aos países em inglês e fizeram roupagens pop com intromissões industriais para eles. Confesso que não sei como o disco não foi proibido nos EUA e Inglaterra porque as considerações sobre estes dois foram particularmente más. Talvez me debruce sobre o assunto num próximo texto.
E não é que o resultado é, apesar de tudo, muitíssimo audível?
Temos os hinos dos óbvios (América, Alemanha, Inglaterra e França), dos menos óbvios (Turquia e China) e dos desconcertantes (Vaticano).
À primeira audição, é um disco estranho. Reconhece-se claramente o refrão dos hinos dos EUA, Inglaterra e França, o que torna a coisa excêntrica. Mas o disco num todo não tem quebras, tem lógica e a música entranha-se.
Gosto bastante de várias, mas tenho um fraquinho pela faixa Israel. Como não tem vídeo, ficam com o Anglia, que até tem a vantagem de ser mais pop:



quinta-feira, maio 24, 2007

Afinal há outra Miss Precious


Mma Ramotswe had a detective agency in Africa, at the foot of Kgale Hill. These were its assets: a tiny white van, two desks, two chairs, a telephone, and an old typewriter. Then there was a teapot, in which Mma Ramotswe – the only lady private detective in Botswana – brewed redbush tea. And three mugs – one for herself, one for her secretary, and one for the client. What else does a detective agency really need?

Some people think of God as a white man, which is an ideia which the missionaries brought with them all those years ago and which seems to have stuck in people’s mind. I do not think this is so, because there is no difference between white people and black men; we are all the same; we are just people. And God was here anyway, before the missionaries came. We called him by a different name, then, and he did not live over at the Jews’ place; he lived here in Africa, in the rocks, in the sky, in places where we knew he liked to be.

‘If more women were in power, they wouldn’t let wars break out,’ she said. ‘Women can’t be bothered with all this fighting. We see war for what it is – a matter of broken bodies and crying mothers.’
Dr. Maketsi thought for a moment. He was thinking of Mrs. Gandhi, who had a war, and Mrs. Golda Meir, who also had a war, and then there was…
‘Most of the time,’ he conceded. ‘Women are gentle most of the time, but they can be tough when they need to be.’

In “The No.1 Ladies’ Detective Agency” de Alexander McCall Smith

Descobri este livro por acaso, mas quando reparei que a heroína era minha homónima (a senhora detective chama-se Precious Ramotswe), tive de o comprar.
A protagonista é uma espécie de Miss Marple africana, mas muito mais colorida, engraçada e dada a introspecção. O autor é especialista em direito médico e bioética, de origem escocesa, mas nascido em África.
O resultado? Uma colecção de livros extremamente interessante que começa com o livro de onde retirei os excertos, misturando temas policiais, considerações sobre o mundo, os homens e Deus, o quotidiano do Botswana e África em geral e situações que não lembram ao careca. Altamente recomendado.

terça-feira, maio 22, 2007

Rammstein, voltem, estão perdoados



(Este post é dedicado à minha cara amiga recém-chegada de terras irlandesas, de modo a mostrar-lhe imagens circundantes da cidade de Brasov, além dos nossos queridos amiguinhos Rammstein, num vídeo que ela ainda não conhece)

Justamente quando eu ia fazer um apelo “alguém viu estes seis indivíduos?” na sequência da ausência prolongada dos rapazes Rammstein, eis que há notícias fresquinhas vindas de fonte segura (o Management da banda).
Há boas e más notícias. Por um lado, não haverá actuações ao vivo dos rapazes este ano. Por outro, começou a elaboração do novo álbum. Regozijem, corações.
Fica um vídeo do último álbum, Rosenrot, canção com o mesmo título. E quanto ao vídeo, digo apenas que os Cárpatos são fixes.

segunda-feira, maio 21, 2007

O Corpo Humano como nunca o há-de ver se não tiver aquilo com que se compram os melões


@sic.sapo.pt


Este mês chegou a Lisboa uma exposição que já correu o globo, provocando o dissenso por onde passava. Curiosamente em Tugaland, a polémica foi fraquinha, se é que a houve. Mas entre o desaparecimento da criança britânica e a decisão do campeonato da bola, temos estado entretidos.
Estou a falar da exposição “O Corpo Humano Como Nunca O Viu Antes”, que utiliza cadáveres para exemplificar a anatomia humana.
Através de um método designado polimerização, consegue-se preservar um cadáver, mantendo as características originais. O criador deste método de “plastificação”, pois é isso que efectivamente se trata, chama-se Gunther von Hagens. Este senhor conseguiu obter as reacções mais variadas com esta brincadeira, desde aclamação até à contestação. Os cadáveres utilizados são provenientes da China e um dos motivos da contestação é precisamente a alegação de que os “objectos em exposição” são vítimas de execução, compradas ao estado chinês.
Porque me terá dado para falar nisto? Porque admito que acho o conceito interessante e gostava de ir ver a exposição. A ideia de exibição de cadáveres não me choca, porque entendo que não envolve profanação. Afinal, há quantos anos são exibidas publicamente múmias das mais diversas origens? E delas, ninguém fala com choque.
Esta exposição, para mim, levanta um problema de ordem diversa. O bilhete custa para um adulto sem direito a descontos, €19,50 durante a semana e €21,00 no fim-de-semana e feriados. Desculpem lá, amiguinhos, mas se a exposição é extremamente educativa, não seria lógico que fosse acessível ao maior número possível de pessoas? Com estes preços, parece-me que o educativo cede lugar ao comercial.
Sim, eu compreendo, andar com um monte de cadáveres plastificados às costas, de país em país, não há-de ser a coisa mais fácil, sobretudo se exigirem manutenção. Há-de envolver uma burocracia medonha e um rasto de papel infindável, com os custos a isso inerentes. Mas num país como Portugal é em que o salário mínimo ultrapassa em pouco os €400,00, uma família de papá, mamã e dois filhos leva um rombo desgraçado no orçamento se a for ver.
Até Outubro, altura em que a exposição retoma a viagem, ainda vou pensar se vale a pena. Mas que apetece mandar os cadáveres chineses à fava por causa da irrazoabilidade do preço, isso apetece.

sexta-feira, maio 18, 2007

Fazes-me falta


Numa altura em que estava um pouco saturada com tudo o que me rodeia, achei que seria uma boa ideia eliminar distracções, concentrar-me mais no trabalho e em coisas que aparentemente seriam mais importantes. Afinal, imediatamente antes de te puxar a ficha, não sentia vontade de escrever e sentia que não tinha nada para dizer.
Contudo, fazes-me falta. Mal tomei a decisão e a tornei final, senti a tua ausência, mais pesada do que imaginaria possível. Tornei a sentir que tinha coisas para dizer e ideias a partilhar.
Ainda pensei que o veículo de transmissão podia mudar e que arranjaria um novo meio de me exprimir, uma nova identidade, um novo blog. Mas Miss Precious é mesmo a minha cara, o meu nome, sendo certo que nenhuma outra identidade me assentaria tão bem. E acabaste por ganhar vida própria, parecendo-me uma crueldade apagar-te ou anular-te.
Mas alguma mudança seria necessária para não ficar tudo na mesma. Logo, pintei-te de alto a baixo e transformei-te num covil actualizado. E não me fiquei pela aparência, quis que a mudança também fosse interior.
Afinal, a vida é demasiado curta para lamentarmos o que não fazemos.
E para onde vamos, meu covil? Vamos para onde o caminho nos levar e logo veremos a que destino chegamos. Companhia para a viagem é bem-vinda.

segunda-feira, maio 14, 2007

quarta-feira, maio 02, 2007

Da falta de disponibilidade

A vida nem sempre corre como nós queremos e, às vezes, temos de nos render às evidências.
Eu pura e simplesmente não tenho tempo para fazer tudo aquilo que gosto e tenho de fazer escolhas. Uma das escolhas que tenho de tomar é pôr o blog em stand-by, por muito que me custe.
O que isto significa é que, por tempo indeterminado, não haverá mais posts. Que a pausa seja demorada, é provável, que seja definitiva, é possível. O tempo o dirá.
As minhas incursões pela blogosfera também serão a partir de agora bastante limitadas. Mas tentarei continuar a aparecer nos blogs que aprecio.
Agradeço aos comentadores por terem tornado este blog interessante. Beijos a todos.