quinta-feira, maio 29, 2008

O que se come e bebe na Letónia

Caracitas, não sei porquê mas só tenho três fotos de comida que ingeri na Letónia. Mesmo descontando o hamburguer da primeira noite, devia haver mais alguma coisa. Se entretanto encontrar, logo terão novidades.



Mais uma estreia, comida Kosher. O frango vinha recheado com qualquer coisa, mas devo estar a ficar desmemoriada porque não me lembro o que era. Lembro-me é que era muito bom.




Mais uma deslocação ao restaurante russo. Desta vez, fintei a galinha e comi porco. O restaurante é o Nostalgia, muito barato e numa das ruas principais.



Andámos a fintar os bufetes, mas no último dia teve mesmo de ser. É uma cadeia chamada Lido, onde se come muito bem e barato. A escriba estava esganada e começou a comer antes de tirar a foto, sorry. O prato vinha tão bem servido que ficou quase metade.




E na última noite, rendemo-nos à magia negra. Ao entrar para comprar uma garrafa de souvenir, lá decidimos experimentar in loco a magia local. A lua negra que vêem em cima dá um grande coice. E a escriba esteve prestes a subir para cima da mesa, cantando esse tema preferido do Discworld "Um Ouriço Cacheiro não pode ser enrabado" ;)

Comida à moda da Estónia

Ora bem, esta viagem teve uma inovação, passei a fazer reportagem fotográfica ao que se come. Afinal a gastronomia é uma parte importante da cultura do país e como é sabido, o pecado mortal preferido desta vossa escriba é mesmo a gula.



Aposto que não estavam à espera de ver isto a começar logo por um hamburguer. Nós também não.
Tentámos ir a um restaurante típico estónio mas estava prestes a fechar e não pôde ser. Aliás, comida estónia propriamente dita, não chegamos a comer, mas garanto que tentámos.
Teve de ser Tex-Mex devido ao adiantado da hora, tivemos medo que não nos alimentássem noutro sítio. Em defesa da escolha, sempre se dirá que o hamburguer está muito bom e o ambiente era giro.


O pessoal gosta muito seguir as sugestões do guia Lonely Planet, que costumam ser fiáveis, mas confrontadas com a possibilidade de juntar uma nova experiência gastronómica ao currículo, não hesitámos. Isto é uma galinhita à moda azeri.
E temos muito gosto em dizer que o Lonely Planet pode acrescentar o Bakku à sua lista.


A escriba gosta muito de tudo o que seja medieval e este restaurante vinha no guia. Mas o que não estava à espera era de comer o ursinho Misha. Sim, são salsichas de urso, alce e javali. Bem bom, com o bónus do nabo caramelizado, do qual a escriba ficou fã.
O restaurante era bastante giro (De Olde Hansa) e as casas de banho tiveram direito a sessão fotográfica exaustiva. Talvez apareçam aqui depois.


Na deslocação a Narva, por momentos a escriba teve medo de passar fome. Mas tudo se resolveu com a descoberta do Café Aleksandr, que tinha especialidades russas.
Isto são Pelmenid, ravioli russos cobertos de queijinho e acompanhados de molhinho.


Dado o desconsolo de não pudermos visitar a mãe Rússia, achámos que devíamos afogar as mágoas numa sobremesa cheia da calorias.


Em Pärnu, acabámos por ir também ao restaurante russo. E porque não?


Também aqui houve direito a sobremesa. Afinal o resto da viagem ainda ia ser longa.

terça-feira, maio 27, 2008

Viagens e leitura

Narva, Estónia

Stalin was nothing if decisive.
Professor I. A. Kuganov estimates that some 66 million people were killed in the USSR between 1917 and 1953 – shot, tortured, starved mostly, frozen or worked to death. Others say the true figure is a mere 45 million. Who knows?
Neither estimate, by the way, includes the 30 million now known to have been killed in the Second World War.
To put the loss in this context: the Russian federation today has a population of roughly 150 million. Assuming the ravages inflicted by communism never occurred, and assuming the normal demographic trends, the actual population should be about 300 million.
An yet – and this is surely one of the most astounding phenomena of our age – Stalin continues to enjoy a wide measure of popular support in this half empty land."

in Archangel de Robert Harris



Nota da escriba -
este foi o livro escolhido para levar em viagem. Foi por acaso, mas acabou por ser relevante em países que tiveram domínio soviético. Altamente recomendado para quem gosta de história, em particular a referente à União Soviética do período estalinista.

Segunda parte no Aqui e Ali

Beautiful Blogger



A minha comadre Noiva Judia teve a simpatia de me atribuir este prémio, que agradeço desde já. Aparentemente devia nomear só duas pessoas, mas como gosto de furar as regras, cá vão todos os meus blogues preferidos, por ordem alfabética:

Noiva Judia (A Caixa de Pandora e A Noiva Judia)

Rute Martins (A Vida feita de Pequenos Nadas e o blog fotográfico Brilhozinho nos Olhos)

Sandrine (Ad Eternum)

Velvetsatine (Dimensão do Crepúsculo)

Kruella (deKruella)

Hannah (Memórias Perdidas)

Eumesma (Oceano de Pensamentos e My Travel Memories)

Elsa (Ohhhh Elsa)

Como conheço todas as meninas, pelo menos de foto, posso confirmar que, não só os blogues são giros, como as meninas que os escrevem também :)

segunda-feira, maio 26, 2008

Está na hora da lista...


Eis-nos chegados novamente à altura do ano em que a escriba está prestes a ficar mais velha e tem de dar dicas ao pessoal menos inspirado. Isto também para dar descanso ao Báltico (mas não às fotos do Báltico, já que a foto mostra margaridas tipicamente lituanas).
Desta feita, a lista é organizada por editoras para facilitar a vida de quem vai aproveitar as pechinchas da feira do livro (e faz muitíssimo bem).
Por favor, não tenham medo de comprar repetido e optem pelos prioritários (nem que para isso me avisem e eu os retire da lista). Quem comprar sem possibilidade de trocar (tipo feira do livro), avise-me pelo mesmo motivo. Os restantes não se preocupem, eu troco depois, se for preciso. Lembrem-se que adoro livrarias e livros, por isso, é uma operação que não me custa nada.

D. Quixote
· Feliciano, Héctor
O Museu Desaparecido

· Zafon, Carlos
A Sombra do Vento

Presença
· Kertsz, Imre
A Recusa (prioritário para ver se acabo o raio da colecção)

· Lukianenko, Serguei
Os Guardiães do Dia (idem)
Os Guardiães do Crepúsculo

· Pamuk, Orhan
O Meu Nome é Vermelho
Jardins da Memória

Prime Books

· Braga Gonçalves
O Príncipe Rosa-Cruz

Estes são todos em inglês e podem ser encontrados na Faneca ou on-line:

· Bryson, Bill
African Diary
A Walk in the Woods
Made in America

· Harris, Robert
Selling Hitler: Story of the Hitler Diaries

· McNally e Rudescu
Dracula, Prince of Many Faces

· Pratchett, Terry
Making Money

quarta-feira, maio 21, 2008

Insólitos na Lituânia

Fiquei convencida que estava na terra dos insólitos, até porque não tenho publicação idêntica a fazer dos outros países. A somar a estes insólitos, há mais um, eu diria o mais hilariante em http://aqui-ali-e-acola.blogspot.com.



Um canito com problemas de vista?


Um monumento aos ovos? Às galinhas? À Páscoa? Escolham a hipótese do vosso agrado.


Noivas a fazer sessão fotográfica na paragem do autocarro?


O tio Vlad a explorar um estabelecimento comercial em Vilnius? (Claro que a sobrinha teve de ir lá jantar)

segunda-feira, maio 19, 2008

A Hora dos Pequenos Parte Dois

As viajantes também decidiram fazer uma paragem quando iam de Tallin para Riga. Pärnu ficava mesmo a meio do caminho, o que dava jeito como paragem para esticar as pernas e para satisfazer o pecado da gula.
Nesta cidade conhecida pela praia e vida nocturna, as viajantes estiveram de dia e não lhes apeteceu deslocar até à praia. A preguiça é um pecado mortal, não é o que se diz?



Entramos na cidade pelo portão de Tallin, que até parecia promissor. Mas a cidade é pequenina. Após almoço no restaurante russo (que foi uma constante), vimos a igreja evangélica…


a igreja ortodoxa russa (e que giras costumam ser estas igrejas).
Ambas fechadas, que o turismo fora de época não interessa…




E a câmara municipal. E Pärnu está visto.

sexta-feira, maio 16, 2008

A hora dos pequenos

Algumas pequenas cidades também tiveram direito a visita. Uma delas foi Narva, que a escriba insistia em chamar de Varna (como no Eragon e Eldest) e outra companheira de viagem chamava Narnia (como outra saga de fantasia bem conhecida).
Porém, de mágico, a cidade não tinha muito.



Tem um castelo, tem um leão sueco e a fama de ser a cidade mais russa da Estónia. Foi esta última característica que atraiu as viajantes ao burgo.
Este jardim era agradável e tinha uma característica que apreciámos bastante, a vista do outro lado do rio…




… Que era a mãe Rússia. Este castelito que ficava do outro lado de um rio que quase se podia atravessar a pé, já era no destino de sonho desta vossa escriba.
Tão perto, tão perto e, no entanto, fora do alcance (custo, demora e dificuldade de obtenção do visto mais as horas que se passam na alfândega, inviabilizaram a travessia). Está mal!


Foi esta visão que nos convenceu da veracidade do “cidade mais russa da Estónia” juntamente com o facto de estar pejadinha de russos.
Talvez a última estátua sobrevivente do camarada Vladimir Ilytch em terras estónias. Pode estar escondida a um canto do castelo, mas está lá, com o bracito estendido para a sua terra mãe.

Impressões de Vilnius e caminho para lá chegar

Bem, já levei a boca que ando a fazer isto tipo catálogo de viagens, mas logo vemos se este corre melhor ;)



A caminho de Vilnius, fica um local de peregrinação católica, o monte das cruzes. A Lituânia pode ter sido o último país europeu a ser cristianizado, mas, pelos vistos, está a compensar o tempo perdido.
Vimos o local num documentário da BBC, e se o Michael Palin lá esteve e ficava em caminho, achámos que também devíamos ir.



Como boa terra católica, há igrejas em bardana e para todos os gostos. Como somos umas viajantes dadas à arte sacra, apreciámos bastante.
Apesar do aspecto de parlamento do edifício, esta é mesmo a catedral do burgo.




Todos os países visitados tinham museus que evocavam a invasão soviética, mas o de Vilnius, designado Museu do Genocídio, é o mais impressionante. Está instalado no edifício onde funcionava antigamente a prisão do KGB e mantiveram a cave como era nessa altura. A maldade humana não deixa de me impressionar. Esta não é a cela mais chocante, mas talvez ainda ponha aqui essas fotos.
Os corpos de alguns prisioneiros executados neste edifício ainda não foram encontrados…

quinta-feira, maio 15, 2008

Impressões de Riga

Várias impressões de Riga, capital da Letónia




Só atravessei duas fronteiras terrestres antes disto, França e Espanha, por isso, foi uma festa passar para Estónia para a Letónia, mesmo não tendo parado e não tendo direito a carimbo no passaporte.




Ao contrário de Tallin, Riga não tem traça medieval e o centro é muito mais moderno e buliçoso. Talvez por isso, Tallin me tenha agradado um pouco mais. O edifício dos cabeças pretas é um dos pontos de destaque do centro e aqui aparece acompanhado pela estátua do Sr. Roland, defensor dos fracos e oprimidos (o que só lhe fica bem).



Causou-nos muito espanto dar com um castelo amarelo canário. Mas acrescento, e porque não?
Não chegámos a entrar, mas albergava o museu da cidade, além de ser residência oficial do ocupante de algum cargo importante (supomos que seria o presidente).

Impressões de Tallin

E esta é a capital da Estónia, seguida das impressões da escriba sobre as mesmas.


É uma cidade de traça medieval. O destaque tem de ir para a praça central, obviamente, com as suas casinhas bonitas e a Câmara Municipal. Nas placas, é procurar Raekoja Plats. Um sítio muito agradável, cheio de cafezinhos giros para se tomar um chocolate quente ou um capuccino, enquanto se descansa a pata depois de um dia duro a correr a cidade.



Os estónios não esquecem o seu passado de ocupação soviética e nazi e têm um pequeno museu com peças alusivas ao facto. Sendo uma colecção pequena, não é maçadora e fez as delícias das três viajantes portuguesas com a memorabilia soviética.


Uma coisa que me agrada sempre no estrangeiro e aqui não foi excepção, são os canteiros bem cuidados, cheios de flores coloridas. Bem sei que o nosso clima tende a ser inclemente para as flores (bem vejo pelas minhas que sofrem no Verão e duram pouco), mas podíamos fazer como estes senhores e ter mais cuidado com a apresentação dos canteiros, não?

segunda-feira, maio 12, 2008

As cidades lá do alto

Bem, há um motivo para dar cabo dos meus joelhos e das banhas a subir escadas infindáveis de toda a torre mais alta de cada burgo. Bem, um motivo além do puro masoquismo. É para ver a cidade como um todo. E acrescente-se, para vos mostrar a cidade como um todo.
Ora tomem lá, por ordem de visita:

TALLIN


RIGA



VILNIUS

PS- O texto inaugural também já tem a fotografia prometida.

PPS- Já agora, estar também atentos ao Aqui e Ali, que também terá direito a fotos bálticas.

quinta-feira, maio 08, 2008

Lamas apoiam Obama


Quando eu pensava que as eleições americanas não podiam tornar-se mais estranhas (nomeadamente após os vídeos de apoio dos bebés a Obama), dou com esta foto na newsletter da Popbitch.
Sem comentários...

terça-feira, maio 06, 2008

Recordar no regresso


“The important thing about having lots of things to remember is that you’ve got to go somewhere you can remember them, you see? You’ve got to stop. You haven’t really been anywhere until you’ve got back home. I think that’s what I mean.”

in "The Light Fantastic" de Terry Pratchett

E acrescento eu, até ver as fotos que tirámos nas férias. Já cá está a fotozinha da praxe.
A impressão geral é muito positiva. A minha ideia será fazer uma reportagem como fiz na Croácia, mas o tempo escasseia. É esperar pelos próximos capítulos.