sexta-feira, agosto 29, 2008

Estou a ficar velha...



Ora ontem esta vossa escriba voltou costas ao trabalho e decidiu ir ver um dos filmes cujo trailer lhe despertou muita curiosidade (juntamente com o Babylon AD).
A curiosidade era provocada por vários motivos, designadamente, o facto de ser realizado e escrito pelo cavalheiro responsável pelo "Labirinto do Fauno", filme tremendamente bom, por o primeiro Hellboy ter sido bem conseguido e por ter umas criaturinhas muito engraçadas.




Ora a criaturinha a que a escriba achou particular graça foi precisamente esta, o Príncipe Nuada, que parece uma deliciosa perversão de um elfo do Senhor dos Anéis.
Não estava a ver quem era o actor que fazia esta personagem e foi um choque quando nos créditos aparecia o nome Luke Goss.
Não estão a ver quem é? É metade desse duo dos ano 80 de rapazes gémeos e louros bubblegum, chamados Bros, que cantavam aquela cançãozinha "Famous". Já estão a ver quem é? Se quiserem ouvir a música, vão ao Youtube, porque aqui ela não aparece.
A escriba detestava os Bros, porque mesmo pré-adolescente, os gostos já eram bastante mais pesados. Quem diria que, bastante mais tarde, e tendo o senhor outra profissão, a escriba acabaria por lhe achar piada (e mesmo sem maquilhagem, o rapaz está bastante mais jeitoso).
Isto só tem uma explicação, é da idade.
Com licença, vou ali auto-flagelar-me e já venho.


PS-
Já que isto é um texto sobre cinema, duas linhas sobre o filme. Não está mal, mas fica aquém do esperado, talvez pelo excesso de comic reliefs e um enredo demasiado rebuscado. Mas em termos de bonecada e fotografia, tem de ser aprovado.


quinta-feira, agosto 28, 2008

Mdina, a preferida

E esta é mesma a cidade maltesa que a escriba prefere.
Será porque era a mais parecida com Dubrovnik? Porque estava cheia de pormenores engraçados? Porque se via gente na rua entre as 14h e as 16h? Ou porque tinha uma publicidade da Coca-Cola (ver Aqui e Ali) junto ao portão da cidade?
Acho que é pela conjugação de todos estes factores.




Mais uma cidade murada, com entrada mimosa e bandeira maltesa desfraldada.



As ruas, com nomes de santos, bem entendido, não só têm o pormenor engraçado se ser bilíngues (como aliás o são também em La Valetta), como são em louça pintada. Mais um exemplo de kitsch bom.



Os becos são particularmente giros, por serem mais branquinhos que noutras cidades maltesas. Daí também a cidade ser mais parecida com o tal burgo que esta vossa escriba não se cansa de mencionar aqui.
Íamos almoçar neste restaurante, mas estava fechado, o que nos fez atacar a galinha assada grega no restaurante com nome italiano (o já atrás referido Gattopardo).




Este pormenor era recorrente nas igrejas maltesas, túmulos com esqueletos ou caveiras. Como estes esqueletos eram particularmente fotogénicos, expressivos e têm uma boa pose, foram os escolhidos para adornar o Covil.
Gostava de poder mostrar-vos as Catacumbas de S. Ágata (uma santa martirizada com direito a corte de maminhas), muito mais interessantes e com esqueletos a sério, mas não deixam fotografar. As catacumbas são mais precisamente em Rabat, cidade colada às muralhas de Mdina.


Daqui para dentro era Mdina, daqui para fora era Rabat.
A muralha estava bem preservada e permitia o acesso a turistas, que podiam assim imortalizar os arredores da cidade com "plins".

quarta-feira, agosto 27, 2008

A capital da ilha mãe



Por aqui, entra-se em La Valetta.
Perto ficava o terminal das chocolateiras, uma visão imperdível em si ;)



Esta é a rua principal, engalanada por ocasião das festas de S. Domingos, segundo bem percebemos.



Uma das poucas zonas verdes da cidade, eram os jardins da Barakka, muito agradáveis, com uma bela vista sobre a Cottonera. Sítio pejado de estátuas e de gatos, desaconselhável a quem não aprecie uma destas categorias ;)
Vejam o próxima post para perceberem o que é a boa da Cottonera.


Uma das ruas, perto da água.

E não podia faltar uma foto exemplificando uma das igrejas da cidade.
Esta é a catedral da cidade, com rigoroso controlo de entradas, aliás à semelhança das outras igrejas maltesas. Ombros e joelhos à mostra, dão direito a lugar no inferno ;)

terça-feira, agosto 26, 2008

Mas afinal é Malta ou Itália?

É a pergunta que vão fazer quanto virem esta publicação culinária.
Havia pratos mais malteses, sim, senhora. Um era coelho, que a religião da escriba não lhe permite comer. O outro, peixe frito, que não é uma proibição religiosa mas pouco falta.
Ainda assim, a influência italiana faz-se sentir, ou não fossem vizinhos próximos, mas aqui é mais comida e mais barato e não pode haver queixas.



Ora, isto são raviolis à moda da Nana, com molho de tomate.
Podem ter tomado hormonas para ficarem deste tamanho, mas não deixam de ser raviolis, neste caso, recheados com queijo de Gozo.




Não tenho a foto da primeira pizza que comi e era maior que esta. Aqui não se vê bem, mas os ingredientes formavam um monte no meio. A Mana sentiu-se mal porque não quis deixar metade.




Cansada de tanta massa e pizza, a escriba num gesto de desespero, escolheu salada para desenjoar e, desta feita, sentiu-se ela mal.
Seria das lagartixas do queijo de Gozo?



Em Mdina, fiz finca-pé e quis algo diferente, por isso, fomos a um restaurante grego. Isto é Souvlaki de galináceo.
Ao ver o prato, a Mana disse, "querias algo diferente e afinal vais comer frango assado?" Ela é assim, mas é boa pessoa. ;)


Na esperança de comer algo mais leve, escolhi a sandocha maltesa, que vêem supra. Claro que mais uma vez era enfarta-brutos. Por isso, fez-se a opção de comer a sandes e deixar as batatas.

segunda-feira, agosto 25, 2008

Tuning religioso

Ora, nunca pensei que uma das formas de expressar o fervor religioso de um povo, fosse pelo engalanamento dos seus transportes públicos, mas em Malta, é assim.
País católico, não perde a oportunidade de mostrar as suas crenças nas suas chocolateiras, sendo um exemplo nato de tuning religioso.


Aqui temos um dos mais discretos. Esta chocolateira tem apenas a divisa "In God We Trust", escrita no painel do autobus, por cima do condutor.


Aqui já é mais elaborado, além da citação que a palavra de Deus é que é, temos uma imagem de Nossa Senhora mais seu rebento, devidamente protegida por vidro.


E finalmente, a minha preferida, um altar com vela e tudo, também Nossa Senhora (que goza de grande popularidade em terras maltesas, não sei se por ter especial poder na prevenção de acidentes rodoviários).

E havia muito mais exemplos, como um Sagrado Coração de Jesus acompanhado de coelhinho da Playboy, que não sei já porque não fotografei. Grande falha minha, não foi? ;)

quinta-feira, agosto 21, 2008

Sempre que viajo, cai um avião



Esta é uma constatação a que a minha mãe chegou há já algum tempo e que sou forçada a admitir como verdadeira.
Hoje, emitiram o bilhete do próximo destino e cai um avião em Espanha.
Se eu fosse superticiosa, deixava era de andar de máquina avoadora.

quarta-feira, agosto 20, 2008

Será possível...

Ainda há calhaus malteses para mostrar?
Aparentemente, sim. E havia muitos mais, mas não quero deixar-vos pedrados ;)


Os malteses gostam de espirais, por isso, abundam calhaus com espirais desenhadas ou esculpidas. Esta está no templo de Hagar Qin, é uma réplica, o original está no museu arqueológico em La Valetta.
Tive a curiosidade de ir à Wikipedia ver o significado das espirais (sim, estamos em férias judiciais), uma parte da doutrina diz que, nestes monumentos, este símbolo representa o sol. Outros dizem que representa o ciclo morte-vida-reincarnação, sobretudo porque aparece em muitos locais funerários. Escolham a que vos parecer melhor.


Estes calhuços também são de Hagar Qin, templo mais antigo que as pirâmides egípcias.


Até na berma da estrada, há pedras, mas estas não fazem parte de monumentos megalíticos, apesar de terem provavelmente a mesma idade.
Aqui estamos no caminho entre Hagar Qin e o templo seguinte, Mnajdra.

Este ganha o título de templo cujo nome não se consegue pronunciar, Mnajdra.E para verem como esta escriba é uma mulher que até com pedras se entusiasma, era uma caminhada de 30 minutos entre templos, num caminho sem sombra, com 38º de temperatura.

terça-feira, agosto 19, 2008

Sobremesas ao estilo maltês

Não sabemos se serão mesmo tipicamente maltesas, mas cá vão elas.



Esta foi comida em Victoria, Gozo, e dado o longo caminho que fizemos para chegar lá, o pessoal começou a trincar antes de fotografar. Mas assim até fica mais jeitosa, não é?
É uma tarte e sabia a limão. O rapaz do Jubilee explicou o que era, duas vezes até, mas fosse o problema do sotaque dele ou dos nossos ouvidos, não percebemos a explicação.


Isto é um mil folhas de mesa, o qual apenas foi imortalizado, já se tinha feito a divisão da sobremesa por mim e companheira de viagem, que aqui designaremos por Mana.
Tem a particularidade de ter sido comida num restaurante grego com nome italiano, Il Gattopardo, em Mdina.
Íamos atrás da famosa Baklava, mas não havia. Não perdemos com a troca.



Esta sobremesa vamos chamá-la de Prince, porque apareceu três vezes no menu do Jubilee de La Valetta com três nomes diferentes. Em tuga, posso descrevê-la como sendo uma tarte de frutos secos com cobertura de chocolate.
A primeira vez que a pedimos, era identificada como brownie, o que claramente não é. Não nos chateámos porque era muito boa.



E este é o clássico bolo de chocolate, que esteve quase para não ser imortalizado.

É que sendo do Hard Rock Café, pode ser comido igualzinho, em Malta, em Portugal e até, no Burkina Faso ;)

segunda-feira, agosto 18, 2008

Alimárias maltesas



Ora, conforme prometido, aqui ficam alguns exemplos de fauna maltesa.
Temos cavalinhos, a puxar um dos ex-líbris malteses, Karrozin, a levar passear os camelos... digo turistas incautos que se prestam a pagar um balúrdio pelo serviço.
Havia em Mdina um mais giro com uma pena na cabeça (o chamado cavalo índio), mas na altura, só tirei "plim" a este.



Mais um gato maltês (o outro genuíno está no Aqui e Ali), desta feita na vertente gozona. Na realidade uma criatura da ilha de Gozo designa-se gozita, mas acho gozona mais divertido.



E para encerrar, cá temos uma lagartixa gozona. Eu não ia tirar a foto, mas ela fez-se ao retrato e teve de ser ;)

quinta-feira, agosto 14, 2008

Bué de calhaus!


Aparentemente, alguém se esqueceu das bolas em Tarxien...



E agora falando muito a sério, as ditas bolas terão sido usadas para transportar os calhuços maiores para o local dos monumentos megalíticos que há às resmas em Malta.



Ainda outra perspectiva de pedregulhos em Tarxien, um dos monumentos mais antigos da velha Europa.




E finalmente, outro tipo de pedras, desta feita, na muralha de Il Kastill, o centro histórico de Victoria, capital da ilha de Gozo.
Olhem que furar as pedras assim artisticamente, há-de ter sido trabalho de chinês... Digo, maltês ;)


PS:
Após tanto calhau, pensariam que o tema estaria esgotado no que toca a esta viagem, mas não. Ainda tenho mais calhaus para mostrar.
Fica para outro post.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Breves considerações sobre Malta



E o grande símbolo por estas bandas é mesmo a cruz de Malta, uma cruz branca em fundo vermelho, que aparece em todos os souvenires possíveis e imaginários. Outro símbolo era recorrente e vamos falar dele mais abaixo.
A foto retrata o tecto do palácio presidencial/do Governo de La Valetta.



Ora as cores dominantes nas ilhas maltesas são o azul do céu e do mar e o branco amarelado da pedra, que aqui vêm num bairro de La Valetta. O verde, quase inexistente, será exemplificado noutras “plins”.




As cidades das ilhas maltesas são sempre pequeninas, tendo sempre o centro histórico muralhado, algumas ruas principais mais largas e estão pejadas de becos pitorescos (semelhanças com Dubrovnik, Croácia não são mera coincidência). Este beco é em Vittoriosa, mas podia ter escolhido um idêntico de uma das outras cidades.



E o grande ex-líbris de Malta (também reproduzido em souvenires até à exaustão) é a chocolateira, como carinhosamente designávamos os autocarros públicos. Este veículo era dos mais recentes, acreditem, o que vos fará imaginar como serão os outros.
Fear not, os transportes públicos darão matéria para, pelo menos, mais dois ou três posts ;)

segunda-feira, agosto 11, 2008

Para fazer inveja....



A vista do quarto era a Baía de S. George. Aqui à noite...




E aqui de dia.

Está oficialmente aberta a época dos posts malteses, tanto no Covil como no Aqui e Ali.


sexta-feira, agosto 01, 2008

Tou no ir



“- You know the Horse people’s hut, where we were in last night?
- Yesh.
- Would you say it was a bit dark and greasy and smelt like a very ill horse?
- Very accurate deshcription, I’d shay.
- He wouldn’t agree. He’d say it was a magnificent barbarian tent, hung with the pelts of the great beasts hunted by the lean-eyed warriors from the edge of civilization, and smelt of the rare and curious resins plundered from the caravans as they crossed the trackless…well, and so on.”

in The Light Fantastic de Terry Pratchett


Esta vossa escriba está literalmente de saída.
Não sendo como o Twoflower (turista acima descrito), sou muito mais susceptível de me desiludir do que ele. Mas com paisagens como as que vêem em cima, acho que corro poucos riscos.
As próximas fotos já serão da minha autoria.
Até ao meu regresso, tomem bem conta da xafarica.