quinta-feira, novembro 30, 2006

Ena, grande fanecanço


Ora bem, meus caros, hoje venho cá apenas de passagem.
Venho da Faneca* e vou ainda para a Faneca, quase 110€ mais leve, mas já com as compras de Natal efectuadas a 90%. Sendo hoje noite aderente, cravem um amigo com cartão para terem 10% de desconto. Olhem que vale a pena e com o desconto compram mais um livrito para vocês. Eu já o fiz e assim consegui o último livro do Terry Pratchett. Bem bom.
Resta-me desejar-vos um bom fim-de-semana prolongado, descansem muito, distraiam-se e não façam nada que eu não fizesse...
Com sorte, só tornam a ver posts na segunda. Com azar (meu), já haverá no domingo.

*Para os leigos, FNAC

quarta-feira, novembro 29, 2006

Sobrevivemos. Ou nem por isso...

Ontem o Porto não foi lá muito molhado, mas foi demorado.
Saí às 10h por causa da greve entretanto desmarcada e regressei já no dia 29 (não, não vi o CSI).
Estive três horas numa sala gelada com uma corrente de ar nas costas a ouvir testemunhas num processo disciplinar. Vida glamorosa a de advogado, não é?
Por volta das 22h, vi o bicho da exaustão física e mental a olhar-me nos olhos e a arreganhar os dentes.
Esta semana e a próxima, os posts serão mais espaçados e pequenos, sob pena da autora deste blog entrar em transe psicadélico, pegar numa Kalatschnikov e limpar o sebo a meia dúzia de pessoas.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Deslocação aquática ao Porto


Amanhã, os meus afazeres profissionais vão levar-me ao Porto. Isto tem várias consequências:
a) Não haver posts para terça-feira, dia 28 de Novembro
b) Levantar-me de madrugada para apanhar o comboio
c) Apanhar um tempo ainda mais ranhoso que em Lisboa (a acreditar o que mostram os telejornais)
d) Comer uma francesinha ao almoço (esta parte não me importo)
e) Chegar a horas impróprias a casa (mas esperemos ainda a tempo de ver o CSI Las Vegas no AXN)
Na parte que vos toca, alínea a), estou já a compensar a ausência de amanhã. Por isso, hoje têm direito a post a dobrar. Mas este tem de ser pequenino, porque ainda há muito para fazer antes de ir para casa.
Vi esta caricatura na net, que pode ter duas ligações à minha actual conjuntura. Primeiro, se esta chuva não parar em breve, ainda temos de começar a circular em Lisboa de barco. O meu PI não é um veículo anfíbio, coitadinho.
Segundo, a última chuvada provocou o corte da linha do norte e deixou algumas pessoas apeadas. Será que ainda vou ter de pedir boleia ao Noé para voltar para casa amanhã? Não me apetece ficar no Porto, como hão-de perceber. Isto nem é um manifesto anti-Porto. Eu até não desgosto do Porto, não sou como aquelas pessoas que dizem que o que mais gostam no Porto é a estrada de volta para Lisboa. O que eu mais gosto são mesmo os carris de volta para Lisboa. Ah, e as francesinhas, claro.
Cenas dos próximos capítulos já na quarta-feira. Saibam se Miss Precious teve de voltar a casa a nado ou se esganou algum funcionário da CP, cujo único crime foi dizer que não havia comboio para Lisboa. Podem votar na hipótese que achem mais provável e tudo.

Homenagem aos meus amigos

RHCP My Friends



A isto se chama matar dois coelhos com uma cajadada só. Não só falo de uma banda que aprecio como faço uma discreta homenagem à gajaria que me acompanha e está lá para apoiar o pessoal quando é preciso.
Não é necessário apresentar os Pimentas, vocês sabem quem os rapazes são. Para tornar a coisa mais exótica, escolhi um vídeo antigo, se calhar também menos conhecido. A canção é do álbum “One Hot Minute”, que no seu todo, sofre um bocado com a ausência do John Frusciante, guitarrista que considero muito competente.
O vídeo é realizado pelo génio, Anton Corbijn, que costuma trabalhar com essa outra grande banda, Depeche Mode. Resultado, um vídeo negro, que em minha opinião assenta muito bem na música. Havemos de ver aqui outros vídeos do senhor por serem muito bons na categoria versão negro retinto, “Não estamos a perceber muito bem onde queres chegar, mas gosto daquilo que estás a dizer”.
Já vi os RHCP ao vivo duas vezes. Uma delas foi no Pavilhão Atlântico, num daqueles dias em que o som até está muito bom e foi um concerto fantástico. O álbum da altura, “By the way” ajudava também, é um dos meus preferidos (mais ou menos empatado com o “Californication”). A outra foi no último Rock in Rio, cortesia do meu colega que me ofereceu o bilhete. O recinto parecia um parque de diversões, o que prejudicou a coisa, mas o concerto também foi muito razoável.
Ora apreciem então este momento musical, que para a semana voltamos aos pesados a sério.

domingo, novembro 26, 2006

Últimos – Parte II


Último Livro – “Im Westen nichts neues” (A Oeste Nada de Novo) de Erich Maria Remarque – Relato sobre a vida dos soldados alemães nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Verdadeiro manifesto anti-guerra que valeu ao seu autor a acusação de traição e a perda da nacionalidade alemã. Este livro acabou por ser queimado pelos nazis na década de 30. Um clássico.

Último CD – “Reise Reise” dos Rammstein – não é novo, mas não tenho investido na minha cultura musical, nem na conta bancária das editoras ultimamente. Não sendo uma obra-prima como o “Mutter”, tem qualidade e várias canções com honra merecida de single.

Último filme – “Em Paris” – Filme francês em que a questão central poderia ser resumida: Será que um caso de amor nos pode fazer saltar de uma ponte? Um pouco parado ao início, mas interessante. Opinião não partilhada por um casal que saiu a vinte minutos de filme, por isso, entendam a coisa “cum grano salis”.

Última peça de teatro – “Timbuktu” – baseada no livro de mesmo nome do Paul Auster, conta a história de Mr. Bones, cão que acompanha o vagabundo de nome Willy G. Christmas. Nunca vi correr tanto numa peça, como simulação das grandes caminhadas dos protagonistas. É interessante, sobretudo o pormenor do actor que faz de cão não exagerar na composição do personagem, mas também não ficar aquém do mínimo exigido.

Último bailado (categoria nova que por certo não aparecerá por cá tão cedo) – “O Quebra Nozes” – a autora deste blog ficou confusa por não aparecerem nesta actuação nem nozes nem instrumento que quebre as mesmas, mas tal confusão poderá atribuir-se às milhentas criancinhas barulhentas que estavam presentes na matinée (assunto a retomar em post independente)

sexta-feira, novembro 24, 2006

É do Peru ou Viva os EUA Parte Dois



Parece que deixei passar uma efeméride. Aparentemente ontem festejou-se o Dia de Acção de Graças nos EUA. O que me chama à atenção não é o feriado em si, para isso consultem a Wikipedia, mas sim uma cerimónia que tem lugar recorrentemente, o Perdão do Peru.
Todos os anos, milhões de perus são mortos para servirem de jantar aos americanos nesta ocasião (e noutras também aparentemente). Por isso, achou-se por bem instituir uma cerimónia onde um dos exemplares da espécie é "amnistiado" e não vai parar ao tacho. Uma treta destas não lembrava ao careca e claro que tinha de ser made in USA.
Um pormenor importante é que o simpático peru ou a simpática perua não são amnistiados por uma pessoa qualquer. É o Presidente dos EUA, homem mais poderoso do mundo, que preside à cerimónia. Ora, desde que o George W. é presidente, este perdão tem dado lugar a cenas sempre caricatas, como a que ilustram as fotos. Aparentemente, os perus não acham muito piada ao senhor e tentam sempre atacá-lo (ingratos, pá). É possível que as fotos não sejam deste ano, a primeira não é certamente porque eu lembro-me de ver o vídeo na CNN há um ano ou dois. Infelizmente, este vídeo não está no Youtube, senão estaria aqui também.
Levantam-se dúvidas. Condição sine qua non para amnistia ou perdão é a prática de um ilícito. O que fizeram os perus então? Que crime praticaram? Acho que essa informação era mais importante que os nomes ridículos que lhes dão e que têm o cuidado de informar a imprensa.
Outra dúvida é o critério de escolha dos perus. Parece-me que os escolhidos são sempre branquinhos. Havendo perus pretos e castanhos (fui verificar no google por via das dúvidas, é o que dá ser uma mulher citadina), isto não pode deixar de se considerar racista. E até é de admirar, considerando que estamos a falar dos EUA, onde se barafusta por tudo e por nada, que tenham deixado passar este pormenor.
Resta-me dizer que o presidente é um homem de coragem. Sim, os perus não são conhecidos por serem os animais mais afáveis do mundo. Eu só me aproximaria de armadura.
Mesmo não sendo um feriado nosso, o que interessa a mesmo a festa, por isso, Happy Thanks Giving atrasada.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Teletubbies - en français



Como houve quem se queixasse que não sabia o que eram os Teletubbies, aqui estão dois minutos de um episódio da série francesa. Em francês, claro está, para dar mais pica.
Recordo que a série está pensada para a faixa etária dos 1 aos 4 anos e que os miúdos, na altura que apareceu em Portugal, lhe chamavam telemongos...
Enjoy. Ou talvez não...

Pobre Tinky Winky ou a saga da cegueira religiosa


(O post de hoje é dedicado à aniversariante Kruella e ao seu rebento, A., apenas porque ela faz anos e prometi-lhe ontem que dedicava o post ao rapaz - sempre tem bonecos)

Calhou ontem lembrar-me do Tinky Winky, por causa do arranjo floral roxo que nos calhou no escritório esta semana. Podia ter-me lembrado de outras coisas roxas, mas lembrei-me desta.
Para quem não sabe, o Tinky Winky é o boneco que aparece na foto, um dos Teletubbies, programa para crianças da BBC, que já ganhou vários prémios.
Ora o que tem o Tinky Winky a ver com a cegueira religiosa?
Este pobre boneco inofensivo, um grande preferido das crianças, tornou-se famoso entre os adultos devido a um ataque de um líder religioso americano, Jerry Falwell. Esta criatura veio dizer que este boneco não era um bom modelo de conduta para as crianças porque era gay…
As palavras literais do senhor foram as seguintes: "He is purple - the gay-pride colour; and his antenna is shaped like a triangle - the gay-pride symbol." E com isto foi o pobre Tinky Winky arrancado do armário.
Será que bonecos têm preferência sexual? É uma teoria no mínimo discutível. E porque é que as pessoas assumem que o TW é macho? A mim, todos os Teletubbies me parecem bastante assexuados (à excepção da Laa Laa, não sei porquê, assumo que é fêmea, lá estão os preconceitos a funcionar, ninguém é imune).
Diz o reverendíssimo que o assunto vinha sido discutido há algum tempo em revistas gays (ricas leituras que fazemos, oh reverendo). Houve quem juntasse, este boneco é suspeito porque usa uma malinha.
O assunto foi extremamente badalado, o que é para admirar, tendo em conta que o reverendo já disse que o Super Rato incentivava as crianças ao uso de drogas porque cheirava uma flor num episódio (sim, de cheirar flores a snifar cocaína vai um passo, como todos sabemos). Também disse mais recentemente que parte da culpa dos atentados do 11 de Setembro era dos apoiantes do aborto, gays e lésbicas porque gozam com Deus (!?). Acho que a esta altura o pessoal lá dos EUA já devia ter percebido que não vale a pena dar tempo de antena ao cavalheiro em questão.
Mas vamos levar isto um passo mais à frente. Para mim, todos os Teletubbies são suspeitos. Sim, o Po (o vermelho) tem aquele círculo que na cabeça, que é muito duvidoso… E sendo vermelho, é comuna de certeza. Passamos à Laa Laa, com aquela cor, ninguém me tira que tem icterícia devido ao uso de drogas. E o Dipsy (o verde) tem um falo erecto na cabeça, é tarado.
Pronto, está a fotografia tirada, Teletubbies: um gay, um comuna, uma drogada e um tarado…
É o que dá levar a simbologia longe demais…

PS: Eu não tenho nenhuma obsessão com os Teletubbies e até tive de ir ver o nome de dois à net porque não sabia. Engracei com o Tinky Winky porque sou uma grande defensora dos oprimidos e injustiçados. Por isso, não comecem a usar a simbologia para me analisar a mim, pequenos, que é capaz de dar mau resultado…

quarta-feira, novembro 22, 2006

NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA


Confirma-se que a moda criada nos Estados Unidos da América de usar certa erva aromática nos hamburgueres não pegou em Portugal (Vd. http://ocovildemissprecious.blogspot.com/2006/11/homo-omnivorus-ist-e-se-puder-comer.html)
Feita a experiência no Burger King do Campo Pequeno, verificou-se que o exemplar provado não continha qualquer vestígio de cannabis sativa. Experiência levada a cabo por advogada, devidamente observada por economista encartada.
Registo feito no presente blog para a subscritora do mesmo não ser acusada de dar falsas esperanças a hipotéticos clientes...

Made in Slovenija

Laibach - God is God



Tinha pensado fazer um post com um vídeo todas as segundas-feiras, por ser um dia algo traumático para mim e os vídeos darem menos trabalho a postar. Contudo, e por motivos de afazeres inadiáveis, estou a ver que nem sempre será possível manter a norma, por isso, decidi que haverá um vídeo todas as semanas, mas apenas no dia que me der jeito.
Ora esta semana, escolho os meus amigos eslovenos, Laibach. O vídeo é um bocado manhoso, não era assim que me lembrava dele, mas adiante. Eu escolhi esta canção em especial pela sonoridade.
Estes senhores são de uma pequena cidade eslovena e formaram há mais de 20 anos. Nasceram, por isso, atrás da cortina de ferro, o que lhes trouxe alguns dissabores enquanto o bloco de leste não caiu. Laibach é o nome alemão da capital da Eslovénia, Ljubliana, o que, como imaginam, lhes deu um pouco de má fama.
Cantam numa série de línguas, sendo as mais correntes o inglês e alemão. A sonoridade foi variando ao longo dos tempos, desde industrial muito denso até electrónico mais suave. Aconselho o CD “Jesus Christ Superstars” (mais metal e acessível, de onde sai o single que aqui podem ouvir e ver), “Nato” (mais electrónico) ou o “Opus Dei” (inclassificável, mas bom).
Estes senhores são altamente politizados e acontece-lhes uma coisa engraçada. A extrema-direita acusa-os de serem comunistas, os comunistas acusam-nos de ser extrema-direita. Eles usam propaganda anti-nazi ou modificam cartazes nazis de modo a ridicularizarem-nos, portanto suponho que o problema deles é que ninguém quer é ser identificado com eles.Têm uns covers de canções conhecidas, que variam desde o kitsch até ao muito aceitável. São capazes de encontrar qualquer coisa dessas aqui num futuro não muito longínquo.
Muita gente acusa os Rammstein de terem copiado estes senhores, mas eu considero-os inocentes dessa alegação. O que é parecido é a voz dos vocalistas e não a sonoridade em si. Quando vos aparecerem na net canções dos Rammstein em inglês, existe uma forte probabilidade de serem estes senhores e não os nossos amigos alemães.
E pronto, vejam o vídeo ou ouçam apenas a canção, que considero muito bem conseguida. Para a semana, prometo encontrar algo mais suave.

PS: Desculpem o facto do vídeo se sobrepor à barra lateral, não faço ideia como impedir isso de acontecer.

terça-feira, novembro 21, 2006

E esta semana diabólica ainda nem vai a meio...

Até há pouco tempo, este site começava com: "Esperem ver aqui em breve por que motivo não ando a actualizar isto como mandam as regras. Não é falta de entusiasmo, é mesmo falta de tempo e disponibilidade."
Ora cá vai a explicação.
Esta semana tive o chamado processo disciplinar do inferno. Já tive um na minha carreira relativamente curta e não fiquei com saudades nenhumas.
Sabem o que é um processo disciplinar do inferno? É aquele com mais de dez testemunhas, tendencialmente hostis, que demoram mais do que um dia a ouvir sobre uma matéria que é preciso desenhos para uma pessoa perceber. Acho que este bate aos pontos o outro, com mais testemunhas, muito mais rábidas.
Quis o estupor do destino que eu tivesse curso de Direito da Segurança Social esta semana. Ou seja, às 18 horas, lá vou eu a correr para outra freguesia. Ontem nem pude ir a correr, teve mesmo ser de táxi. Tive medo de me perder pelo caminho, tal era a exaustão depois de 7 horas e meia a ouvir testemunhas. E engraçado mesmo é que o curso continua para a semana, que promete ser senão diabólica, pelo menos demoníaca.
Isto mais uma catrefada de prazos para cumprir, clientes a chatear que não têm atenção, um julgamento nessa linda terra que é o Seixal, compromissos familiares, duas idas ao ginásio, uma ida às massagens. Já no fim-de-semana, que para as pessoas normais serve para descansar, há uma aula de alemão, ballet e teatro. Fora a cada vez mais provável deslocação ao escritório no domingo de manhã, à semelhança do que já se passou no último dia de Deus.
Bolas, fiquei cansada só de enumerar as coisas...
Alguém quer trocar comigo?
PS: Apesar deste ritmo caótico e de precisar de descansar, tive o azar de reparar que ontem deu um documentário extremamente interessante na 2, que me fez ficar a pé até às 00h15. Acho que continua na quinta e na segunda, chama-se "Nuremberga - O Julgamento dos Nazis". A não perder pelos amantes de história.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Viva os EUA


Agora assustei-vos, não foi? Se calhar pensam que vai sair daqui uma ode ou um elogio aos nossos amigos ianques. E parcialmente até vai.
Não gosto da política externa americana, mas aprecio muitas coisas nos nossos amigos amis (=americanos).
Gosto por exemplo de duas grandes invenções dos gajos: a Coca-cola e os hambúrgueres duplos com queijo. Já fiz uma ode à Coca-cola no blog Kruella (
http://kruella.blogspot.com/2006/10/gua-suja-do-capitalismo.html) e hei-de fazer uma ao hambúrguer duplo de queijo numa oportunidade próxima. Agora vou concentrar-me noutra coisa que me agrada nos amis, que é a litigância exagerada, os criminosos estúpidos e as histórias do arco-da-velha.
Sendo eu advogada, adoro sobretudo a parte da litigância. Não há pai para os amis no que toca a processar e levar as pessoas a tribunal. É o paraíso dos vampiros… digo advogados. Gosto sobretudo de processos estúpidos e sigo-os religiosamente no site da CNN. Exemplos serão o pessoal obeso que processa o Mac, o Taco Bell e outro restaurante de fast food, sob o pretexto que não sabiam que aquilo tinha assim tanta gordura senão não tinham ido lá jantar todos os dias… É um caso verídico. Ou o pessoal de um determinado Estado americano que processou um jornal por este dizer que naquele estado havia o maior nível de litigância dos USA (este também é verídico).
Criminosos estúpidos também é um tema fixe. Haveria vários exemplos a dar, mas vou-me guardando para as histórias que forem aparecendo.
Hoje vou debruçar-me sobre uma história do arco-da-velha que engloba litigância parva e criminosos estúpidos.
Imaginem vocês que o Burger King de uma pequena cidade do Novo México serviu hambúrgueres com erva (a Maria Joana, não a relva do jardim) a dois agentes da polícia. Primeiro comentário, se a moda pega, é desta que o Burger King ultrapassa o MacDonalds. Sim, não há minhoca que se aguente contra a velha Cannabis Sativa.
Ora, um cretino qualquer serviu os hambúrgueres mais condimentados que o costume a dois polícias (dupla - história do arco-da-velha e criminoso estúpido). Adivinhem o que aconteceu a seguir? Os dois agentes processaram a casa-mãe, Burger King Corp… Need I say more?
O Burger King não comenta, três funcionários do estabelecimento em questão foram presos e acusados de posse de marijuana ofensas corporais a um agente de autoridade (!?). Ena pá, grandes malucos.
Tive um professor da Universidade que dizia que os EUA eram a maior democracia do mundo, seguidos pelo Reino Unido. Não concordo nada devido ao poder judicial que, apesar de bem desenvolvido, se baseia muito no preconceito e em ter dinheiro para assegurar uma boa defesa. Para não falar no pequeno pormenor da pena de morte.
Haverá ainda muito para falar sobre este assunto, stay tuned.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Homo omnivorus ist (e se puder comer uns Big Macs regados a Coca-cola pelo caminho ainda melhor)


Tenho uns hábitos alimentares peculiares. Ao contrário do gajedo do meu género (o feminino, bem entendido), eu não como saladinhas, nem fico cheia quando como uma ervilha. Eu seria uma mulher satisfeita se pudesse comer lasanha à segunda, hambúrguer duplo de queijo na terça, cozido à portuguesa na quarta, piza na quinta e uma coisa qualquer com queijo derretido na sexta. O que me impede de fazê-lo não é a linha, porque racionalmente estou-me a borrifar para o facto de vestir o 42 ou o 46 e porque até dizem que os gajos gostam de um bocado de chicha em cima dos ossos (o que, a bem da verdade, também me passa ao lado). O que me impede de me empanturrar à vontade é mesmo o estupor do colesterol. Sim, a mesma entidade maléfica que me obriga a ir ao ginásio (nome moderno de câmara de tortura).
A ideia de ter um ataque qualquer e ficar-me a babar assusta-me um bocado, razão pela qual, de vez em quando, como qualquer coisa um bocado mais saudável.
Já tentei, a sério que sim, comer sopa ao almoço, para ser saudável e gastar pouco dinheiro. Só consigo quando vou ter com amigas comedoras de sopa, e mesmo assim só depois de elas se recusarem a ir a qualquer sítio onde haja comida de jeito. A sopa para mim é uma coisa incompreensível. Um líquido que se come, do que havia o pessoal de se lembrar…
Quando almoço sopa, vejo-me forçada a comer mais alguma coisa, geralmente mais substancial, sob pena de andar comer o material do escritório por volta das 15h. Lá está, da mesma forma que o peixe não puxa carroça, a sopa, por maioria de razão, também não.
E os bons dos verdes. Repitam comigo, as saladas e os legumes são para os coelhos e para os grilos. Ao contrário do que aquela tenebrosa tribo dos comedores de erva vos diz, o vegetarianismo é uma heresia que contraria a natureza humana.
O Homem é omnívoro, logo, come Big Macs. E hambúrgueres duplos de queijo, acrescento eu. Já estou como a PETA: Salve uma espécie em extinção, coma-a (isto querendo dizer que todos os animais usados na alimentação humana não sofrem perigo de extinção). Não querem que as vacas, porcos e galinhas se extingam, são animais amorosos. Vá lá, toca a comê-los.
E por fim o peixe. Eu gosto muito de peixe, a sério. Mas dentro do aquário, no mar, ou lá onde ele mora habitualmente. Peixe também não tem “sustança”, como dizem no norte. Uma pessoa almoça peixe e fica esfomeada. Uma tragédia para uma mulher de muito alimento como eu.
Para os ambientalistas, há uma boa razão para não comer peixe, a maioria das espécies está em risco, estamos a protegê-las ao não as comermos. E com o mercúrio todo que há na água não é boa ideia, isto sem falar nos xixis que criancinhas e graúdos fazem na praia. Se pensarmos bem, os peixes são é uns grandes badalhocos…
Eu fico na minha. Gosto demasiado de comida para comer demasiado saudável. Enquanto o médico não me puser de dieta, hei-de comer sobretudo aquilo que gosto e não o que devia.
Morra Marta, mas morra farta…

quarta-feira, novembro 15, 2006

Mais próximo...





Ora cá está uma banda que me diz muito. Bem, não é exactamente uma banda, é mais o projecto de um só homem, Trent Reznor, acompanhado de alguns "macacos" contratados para o efeito.
Não é o meu vídeo preferido do senhor, quem leva essa honra é o "The Perfect Drug", que aliás é mesmo o meu vídeo preferido no geral (desculpem lá, Rammstein). Como o "... Drug" apareceu no blog de uma amiga, não quis ser macaca de imitação e pus este, que também é perversozinho qb (o que é uma vantagem, a meu ver).
O Trent (não somos amigos íntimos, mas é como se fôssemos) é uma alma torturada, que vai lançando álbuns muito espaçados. Tem uma luta constante com a depressão e as drogas, o que explica a discografia relativamente curta desta banda. Ah, e já disse que ele é muito giro? Isso ajuda sempre um bocado à coisa. Pena é ser um gajo baixito, mas não se pode ter tudo.
É também o homem que ajudou a revelar a criatura Marilyn Manson, senhor que continuo a gostar de ouvir (que querem, uma rapariga tem de se entreter com qualquer coisa).
A banda/Trent vem cá dar três concertos em Fevereiro naquela que é a sua primeira deslocação a Portugal. Tenciono lá estar pelo menos numa ocasião e cheira-me que vou chorar as outras duas oportunidades perdidas de o ver. Eis a prova que é só uma banda que aprecio, porque se fossem os Rammstein, era mulher para ir ver os três concertos (já fui mulher para ver dois concertos - Dezembro de 2001 em Belém).
Para os principiantes, aconselho o último álbum "With Teeth", que é mais acessível. Acho que ele deve ter mudado a medicação e está menos deprimido, sei lá... Para os iniciados, "The Downward Spiral" será mais interessante.
Façam o favor de desfrutar o vídeo, mas ficam avisados que o mesmo contém algumas cenas que podem chocar os mais susceptíveis...

segunda-feira, novembro 13, 2006

Últimos (não é bem o mesmo que "ultimate", mas o que conta é a intenção)


  • Último filme visto - O Ilusionista (não é mau, mas não vão à espera de filme para Óscar, senão dão o dinheiro por mal empregue)

  • Última peça de teatro vista - As obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos (Hilariante, mas a desaconselhar a pessoas susceptíveis e que não gostem de interacção com os actores)

  • Último CD ouvido - Glaube Liebe Tod dos Oomph! (não tem defeitos)

  • Último concerto assistido - Muse no Campo Pequeno (perfeito, se esquecermos o facto da acústica ser um bocado manhosa)

Bem-vindos ao novo Blog


Ora conforme já tinha ameaçado, cá está o meu novo blog.
Apesar de não me sentir mal no blog Kruella, onde continuarei a colaborar, senti necessidade de ter um local só meu, para ventar as minhas frustrações à vontade. Não que a minha cara Kruella me tenha imposto quaiquer restrições, mas as restrições existem e somos nós que as fazemos na nossa cabeça, com base naquilo que achamos que as pessoas esperam de nós.
Por isso, cá fica a promessa de algum empenho a postar, menor auto-censura, mas igual continuação no campo das tontices. Novos assuntos, continuação de alguns já abordados. Mais vídeos e fotos, de preferência com respeito pelos direitos de autor. E uma correcta proporção de novo e antigo (pelo menos, assim o espero).
Por isso, sejam bem-vindos e tenham alguma calma que a casa ainda vai demorar a arranjar.