terça-feira, janeiro 30, 2007

Macbeto

Ora então, como se não bastasse o estado febril em que me encontrava na quarta-feira, ainda tinha bilhetes para o Macbeth no sábado. Como estava fora de questão perder o dinheiro dos bilhetes, lá me equipei para uma expedição no Ártico e pus pés a caminho.
A peça estava no teatro da Trindade, que é muito giro, mas tem uma séria falta de funcionalidade para os dias de hoje. Digamos que as pessoas com comprimento de pernas normal teriam de reaprender a andar se a peça não tivesse intervalo. As cadeiras estão muito juntas quer em largura, quer em comprimento. Pelo menos, ficámos aconchegadinhos (deu jeito para as cenas das bruxas).
Cenário e guarda-roupa irrepreensíveis. Kilts e botas de pêlo à discrição, o que ajuda ao feeling da coisa. Ajudaria se o Banquo/Duncan tivesse a barba comprida, os escoceses desse tempo teriam todos esse atributo.
As bruxas estavam interessantes, apesar do frio horroroso que se sentia sempre que entravam em cena. Era o nevoeiro, não se pode ter tudo. Tinham olhinhos vermelhos, o que fica bem às bruxas. Mas uma delas era um ele, o que me pareceu mal. Falta de gajas no elenco?
Os actores estavam todos bem, mesmo a Lady MacBeth (sorry, Black Cat) e a mocinha que fazia de filho do MacDuff (pelos vistos, há falta de adolescentes do sexo masculino no teatro).
O Bardo escreve bem, o que é vital para a coisa, tem de se lhe dar esse crédito e os actores estiveram à altura. Foi a primeira peça dele que vi, mas li o livro. Aliás, li a maioria das tragédias mais importantes. Comédias é que nem por isso, acho que só o Mercador.
Não é preciso contar a história, pois não? Na dúvida, cá vai. Voltava Macbeto vitorioso de uma batalha quando dá com três bruxas que lhe vaticinam grandes honras, a última das quais, que será Rei da Escócia. Pelo poder da sugestão, por as pessoas nunca quererem deixar o destino tratar das coisas sozinho e por, ainda assim, os homens darem demasiados ouvidos às mulheres mas só em assuntos que não deviam, o Macbeto começa a dar uma ajudinha ao destino para se tornar monarca. E as coisas começam a ir down hill a partir daí.
Estou a ficar velha porque apesar da peça ser interessante, começou a dar-me sono. Acho que foi a penumbra geral da peça, o estar doente e o facto da cadeira ser relativamente fofinha. Ainda assim, quem não quis ir ao Haagen Dasz para gelados a seguir, até foi a Black Cat. O que prova que, mesmo doente e cansada, continuo a não ter juízo nenhum.

Em breve, estará o Hamlet em cena também na Trindade. Macacos me mordam se desta vez não vou para a primeira fila para poder esticar os presuntos. Estendo o convite a quem queira acompanhar-me (BC, já assumo que terei a sua estimada companhia).
Também em breve, Júlio César no S. Luís. Também vou ver esta, inscrevam-se nos comentários.
Quem não perceber a lógica de eu juntar estas três peças, consulte por favor a Wikipédia, está a precisar de se cultivar um "quico".
E mais não digo (excepto que Macbeto é o nome carinhoso que lhe damos e não uma gralha).

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Uma noite com os Klezmatics como sósia da Angelina Jolie

Na quarta-feira, tinha bilhete para ir com os amigos X e N ver os Klezmatics, banda que se dedica à música Klezmer (música judia azkhenazi, ou seja, Europa de Leste).
Quer, muitas vezes, o destino que o pessoal esteja doente quando menos jeito dá, o que é o caso. Na quarta, começaram os sintomas da gripe malvada que me assola e cheguei à casa dos amigos para lanche ajantarado com uma valente dor de cabeça.
Já quase à porta do Culturgest, começa-me a inchar o lábio. Pensei eu: "bonito serviço, como se já não bastasse esta maldita constipação, ainda tinha de vir um bicho estúpido morder-me precisamente o lábio".
Pois, não era um bicho. Soube no dia seguinte que era febre, prenúncio da **** da gripe. Por isso, este relato é de um concerto visionado por uma crítica com febre, logo, levem esse facto em consideração na leitura.
Passei a primeira meia hora do concerto a tentar perceber se a minha beiça "à la Angelina Jolie" ia crescer mais, nomeadamente se se alastraria a partes de não convêm, tipo traqueia (drama de todas as pessoas alérgicas). Não dei por isso grande conta do que se passou nessa altura, sorry.
Depois a música absorveu-me a atenção e deixei-me de mariquices. Voltei a elas já depois de me despedir dos meus amigos, mas isso agora não interessa nada.
A música Klezmer lembra muito a música ouvida nos filmes do Kusturica. Tem acordeão, violino, percussão e metais. Quando é triste, faz chorar as pedras da calçada, quando alegre, é excessiva, rápida e frenética. Em qualquer dos estados de alma, é uma música muito bonita.
É cantada em iídiche (é assim que se escreve em tuga, acreditem ou não), língua falada pelos judeus azkhenazi na Europa central e de leste e que tem enormes semelhanças com o alemão. Quem falar alemão, percebe frases inteiras das canções, o que é um bónus acrescido.
Com a sucessão de canções, começaram a proliferar as canções alegres. E estranhos fenómenos se produzem durante estas músicas. O esqueleto começa a sentir umas vibrações e começa a pedir para se levantar e dançar. Alguns membros do público cederam logo à tentação muito cedo. E aproximadamente metade do público acabou por perder a vergonha nos encores e levantou-se para abanar também o esqueleto. A sério, é mais forte que a pessoa, eu não me levantei e só abanei a pernita e a cabeça, mas estava já no limite da resistência para me levantar. Mas gritei um bocado no fim para compensar a falta de movimento.
Estas canções começam sempre rápidas, mas por incrível que pareça, conseguem ainda acelerar mais até ao fim. Resultado, multidão em êxtase, a gritar e a dançar. O que num concerto destes é obra.
A banda é irrepreensível, multi-instrumentistas quase todos e todos cantam, muito bem, diga-se de passagem. Devem ter ficado impressionados com o público porque fizemos birra, assobiámos e batemos o pé até eles voltarem ao palco, isto quando as luzes já estavam ligadas. Por isso, próximas oportunidades há-de haver para testemunhar um concerto destes senhores.
Podem achar que o entusiasmo se deve à febre, mas não me parece. A X pode ser que apareça aqui a confirmar o meu relato, que por ser longo, fica por aqui sem mais achegas. Mas havemos de voltar aos nossos amigos Klez.

Mais para lá do que para cá


E pronto, eis-me de volta, gostaria de dizer que totalmente recuperada, mas infelizmente, nem por isso. Mas o trabalho como independente a isso obriga e faltas a julgamentos só em casos de sangramento pelos olhos e coisas de igual e superior gravidade.
O maldito H3 apanhou-me e continua a dar-me cabo do canastro. O facto de ter febre pode fazer-me dizer ainda mais parvoíces do que é habitual, além do irritante sabor metálico que me deixa na boca. Tudo o que como, sabe a torneira, que não é petisco da minha preferência, logo, esperemos que pelo menos abata um quilinho ou dois. Era pelo menos uma coisa boa que resultava desta maldita gripe.
Apesar da doença, dois eventos culturais de relevo a registar, que espero relatar em posts entre hoje e amanhã. Se esta maldita dor de cabeça me largar, claro e a pilha de papéis decrescer para um tamanho aceitável até horas decentes.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Ausente por motivo de doença...

... se sobreviver ao fim-de-semana, espera-se um regresso à normalidade o mais tardar na segunda-feira.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Mas porquê?


O Borat confunde-me e o sucesso e aclamação que obteve levanta-me esta série toda de dúvidas:

1- Porque raio é que este filme do Borat causou tanto "hype"?
2- Porque é que é um dos dez melhores filmes do ano para a revista Time e para o Nuno Markl?
3- Como é que o Sacha Baron Cohen ganha o Globo de Ouro de melhor actor em comédia?
4- Como é que os críticos aclamaram este filme?
5- Como é possível que tenha sido nomeado para um dos óscares nobres?
6- E o argumento é adaptado exactamente do quê?

Confesso que não vi o filme, mas conheço relativamente bem a série da televisão. Confesso que tinha espreitado com mais atenção quando saiu o filme do Ali G e tornei a espreitar quando saiu este filme.
Para tentar perceber. Não tive sucesso.
A aparição da criatura como Ali G nos prémios da MTV foi uma das razões porque deixei de os ver. Aliás, já nem vi o Borat a apresentar por causa do mesmo motivo. Ouvi dizer que foi muito mau…
Já não gostava do Ali G, mas este Borat é sinistro. E pensar que ainda existe um terceiro personagem que pode dar origem a um filme... Estou a falar obviamente do Bruno, o austríaco gay.
A curiosidade é mais que muita para ver o filme, mais uma vez para tentar perceber, mas é daquelas coisas que já prevejo ser uma hecatombe, baseado pelo que se vê na série. O que fazer?
Pela consulta desse excelente recurso internético, IMdB, finalmente percebi porque o gajo ainda não levou no focinho. Tem 1,91m, o que dissuade eventuais ofendidos de tentar agredi-lo. E o gajo é licenciado em história pela Universidade de Cambridge. E que aparenta ser completamente normal e um gajo inteligente, quando não “veste” a pele das suas personagens (ver entrevista que deu ao Conan O’Brien como Sacha Baron Cohen). Há coisas que, de facto, não se percebem.
Se alguém viu o filme, é favor tentar responder a algumas das minhas dúvidas nos comentários.

PS- Isto era para ter uma foto, mas o blogger nem a quer inserir. Acabou de subir na minha consideração...

PPS- E pronto, já consegui inserir a foto. Sim, é má, mas eu também tinha uma de corpo inteiro e podia ser muito pior...

Os outros "nominees"


Melhor Argumento Original
“Babel”
“Cartas from Iwo Jima”
“Uma família à beira de um ataque de nervos”
“Pan’s Labyrinth”
“A Rainha"

(Aqui vale o mesmo que disse para melhor filme, Babel enquanto não vejo o Cartas)
(Nota sobre Little Miss Sunshine - Uma Família..., é um filme excelente que adorei ver, mas não me parece ter perfil de Oscar)
(Nota sobre Pan's Labyrinth, é realizado pelo Benício del Toro e é do género fantasia. Logo, também estou curiosa para o ver. Tendo isto em consideração também não me parece que tenha perfil de Oscar)

Melhor Argumento Adaptado
“Borat Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan”
“Filhos do Homem”
“The Departed - Entre Inimigos”
“Little Children”
“Notes on a Scandal”
(Aqui voto no Filhos do Homem, porque não vi o Entre Inimigos)

Ia ainda falar do que penso da nomeação do Borat, mas o post tornou-se grande e acabou por se tornar autónomo. Vide post seguinte.

terça-feira, janeiro 23, 2007

And the nominees are...


Melhor Filme
Babel
The Departed - Entre Inimigos
Cartas de Iwo Jima
Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos
A Rainha
(ainda não vi o "Entre Inimigos" e o "Cartas de Iwo Jima" ainda não estreou, mas dos outros voto no Babel)

Melhor Actor
Leonardo di Caprio - "Diamante de Sangue"
Ryan Gosling in “Half Nelson”
Peter O'Toole in “Venus”
Will Smith in “The Pursuit of Happyness”
Forest Whitaker in “The Last King of Scotland”
(não vi nenhum, mas o Leo com sotaque manhoso sul-africano, não, por favor)

Melhor Actriz
Penélope Cruz in “Volver - Voltar”
Judi Dench in “Notes on a Scandal”
Helen Mirren in “A Rainha”
Meryl Streep in “The Devil Wears Prada”
Kate Winslet in “Little Children”
(Só vi a Penélope e a Helen e voto na segunda. Aborrece-me que ganhem sempre actores que representem freaks ou personagens famosas, mas neste caso abro uma excepção)

Melhor Realizador
“Babel” Alejandro González Iñárritu
“The Departed - Entre Inimigos” Martin Scorsese
“Cartas de Iwo Jima” Clint Eastwood
“A Rainha” Stephen Frears
"United 93” Paul Greengrass
(Só vi Babel e a Rainha e voto no primeiro. Admito que o Clint tenha excelentes hipóteses, tanto nesta categoria, como no melhor filme. Tenciono ir ver mal estreie)

És cinéfilo?

Em honra do facto de já termos candidatos para os Óscares, cá vai um teste sobre cinema. Mais uma vez não concordo com a pontuação que tive.

Your Movie Buff Quotient: 42%

You are well on your way to becoming a movie buff.
You've seen many of the great films, and you have even probably developed an expertise in a few genres.

Freiflug

Ora, cá apresento mais uma banda alemã da minha preferência.
Os Megaherz são uns rapazes de Munique que fazem uma música agradável. Mais uma vez, menos pesados que Rammstein, estão assim mais ao nível de uns Oomph!, mas ao contrário destes, sempre cantaram em alemão. O que é uma coisa que me agrada deveras.
Têm uma série de álbuns interessantes, mas o Kopfschuss de onde sai este single, é provavelmente o melhor. Quando o vocalista Alex saiu (porque se fartou da banda ser considerada Rammstein de segunda), a banda continuou com outro vocalista, mas não é a mesma coisa. Este vocalista tem agora outro projecto chamado Eisbrecher, mas o álbum que tenho é mais electrónico e não acho tanta piada.
Não tive grande escolha de vídeos, mas esta canção tem a vantagem de evidenciar a voz do vocalista e talvez apelar mais ao público em geral. Existem muitos vídeos construídos no youtube, sobrepondo as canções dos rapazes a manga japonesa, mas esse tipo de coisa não me apela. Ainda, pelo menos.
Mais bandas alemãs se seguirão.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

O Último Papa


Acabada que está a leitura do "Último Papa", cá vai a mini-crítica.
Confesso que as expectativas deste livro eram relativamente baixas, se bem que a curiosidade era muita.
A história anda à volta do mistério que rodeou a morte de João Paulo I, que só se aguentou no poleiro 33 dias. Há uma teoria da conspiração, envolvendo o Banco do Vaticano, Portugal e portugueses, a Maçonaria, a Máfia e finanças mal amanhadas.
Não é tão intrincado como o Código da Vinci, que tem uma teoria mais rebuscada, mas também mais interessante e fascinante. Tem a vantagem de ser muito mais verosímil porque, em última análise, o que está em questão é o vil metal.
O autor tem uma forma peculiar de escrever, começando uma frase, fazendo um ou dois desvios pelo meio, e depois, concluindo a primeira ideia. Não fosse a data de nascimento da contracapa e eu diria que é um geminiano consumado. Ao contrário do que o meu comentário possa fazer crer, isto não dificulta a leitura, pelo menos a minha.
Quem o comprar e/ou ler, fique avisado que deverá haver uma continuação num futuro não muito distante. O fim assim o indica.
Se gostaram do Código da Vinci e do Anjos e Demónios, devem gostar deste.
Entretanto, já comecei o Eldest, que saltou a vez do Edgar Allan Poe, que, por sua vez, saltou a carrada de livros que estavam em lista de espera. Talvez nas férias de Verão haja tempo para dar conta da biblioteca pendente.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

A Faneca ainda me leva à falência - Parte II


Pois é, este tema é como o "Pesadelo em Elm Street", tem muitas sequelas.
Eu bem pensei que era melhor não entrar, mas é mais forte que eu. E pronto, lá se foram mais €9,90. Segunda vez na mesma semana que o orçamento é atacado para livros.
Eu gosto muito de dragões, talvez mais ainda do que de hipopótamos, cuja obsessão já admiti noutro blog em que colaboro, nada mais nada menos que duas vezes. Por favor, não mandem bocas clubistas a esta minha tendência. Sou dragão de signo, mas não sou dragona em mais nada, ok?
Este livro é o segundo da trilogia Inheritance e segue-se ao Eragon. Este chamou-me à atenção pelo lindo dragão azul da capa. Aliás, o livro colou-se às minhas mãos e não quis largar mais.
Não quero saber que o gajo não seja o novo Tolkien, como queriam fazer crer. O livro é sobre dragões e isso basta-me. E se se ler sem falsas expectativas, é um bom livro de fantasia.
Ainda não tinha comprado o Eldest porque a versão que havia era bastante mais "alta" que a do primeiro livro (devia ser um falso "hardcover", uma vez que a capa não era dura). Agora tenho os dois calhamaços do mesmo tamanho.
Mas grave, grave, não foi comprar o Eldest, foi acrescentar mais dois desejos à minha lista "coisas a comprar brevemente na faneca":
  • "Hannibal Rising" - Já chegou a Portugal em versão capa dura a continuação das aventuras do Dr. Lecter. Já mencionei que assassinos em série são outro dos assuntos que acho interessantes? Pois isto é o que de melhor se escreve em ficção sobre o assunto. Quando sair em capa mole, não escapa. É que em capa dura, custa 22€ e isso são 2,5 livros capa mole. Quantidade ultrapassa sempre a qualidade neste campo.
  • "Volk" dos Laibach - Isto não se faz. Então os CDs destes caramelos costumam demorar calendas a cá chegar e este já cá está para aí três meses depois de ser lançado? Ainda por cima, sempre quis ter um CD com ovelhas na capa. Cheira-me que não vou esperar por este até aos meus anos...
O universo continua a cogeminar formas de me separar da fanfa... E a lista não pára de crescer.

sete pecados mortais

Desculpem lá por voltar a mais do mesmo, mas também achei este teste interessante. Pretende-se saber se somos muito ou pouco pecadores e quais são os nossos pecados mortais mais recorrentes.
Acho que este não correu lá muito bem, porque sempre achei que o meu top3 seria Orgulho, Ira e Gula. Estando o primeiro correcto, a gula aparecer a 0% e a Ira só a 20% parece-me muito mal. E só 14% de hipóteses de ir para o inferno também não está bem. Deve ser por não terem perguntado a profissão, senão apareceria qualquer coisa da ordem dos 90%.
Para quem não é tão forte a inglês, aqui ficam as equivalências pecaminosas:
Pride = Orgulho
Greed = Ganância/Cobiça
Sloth = Preguiça
Wrath = Ira
Envy = Inveja
Gluttony = Gula
Lust = Luxúria

Your Deadly Sins
Pride: 40%
Greed: 20%
Sloth: 20%
Wrath: 20%
Envy: 0%
Gluttony: 0%
Lust: 0%
Chance You'll Go to Hell: 14%
You will become famous - and subsequently killed by a stalker.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Quão má/mau és tu?

Estava eu a navegar por essa blogosfera quando dei com este teste no blog de um comentador habitual de um blog amigo (http://musemegalomania.blogspot.com/)
Será desnecessário dizer que fiquei extremamente aborrecida por só ser 34% má. É francamente mau para a minha reputação tanto de advogada como de pessoa caracterizada como "és má como as cobras" ou "és do piorio".
Façam o favor de fazer o teste e pôr os vossos resultados nos comentários. Com a minha sorte ainda anda por aí muito bicho pior que eu. E não pode ser.

PS: Está outro teste interessante no Kruella, vão lá ver: http://kruella.blogspot.com/2007/01/de-que-signo-deverias-ser.html


You Are 34% Evil

A bit of evil lurks in your heart, but you hide it well.
In some ways, you are the most dangerous kind of evil.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Estupores dos Tremeliques - Parte Dois


Além de um problema/característica/whatever da vossa escriba, Estupores dos Tremeliques também podia ser a tradução de um livro que apreciei bastante, no original em francês “Stupeur et Tremblements” da Amélie Nothomb.
Quis o destino que o tradutor desta obra editada no português pela ASA preferisse a designação “Temor e Tremor”. Também poderia chamar-se “Aventuras de uma belga no mundo laboral japonês”. De qualquer maneira, continuo a achar a minha tradução muito melhor.
A expressão designa a forma de uma pessoa se aproximar do imperador do Japão, com estupor e temor. Este livro, supostamente auto-biográfico, narra as experiências da autora, belga mas nascida em Kobe, Japão, enquanto trabalha numa empresa japonesa no mesmo país. Digo supostamente porque duvido que alguém se rebaixasse tanto no posto de trabalho.
A rapariga vive algumas peripécias no posto de trabalho, que começa com um posto normal administrativo e acabando num local impensável, devido a uma relação algo turbulenta com a sua responsável directa. Ilustra a problemática relações laborais, choque cultural e prepotência dos superiores hierárquicos como nunca antes vi. E não digo mais nada para não estragar a história.
Livro altamente recomendável, de leitura levezinha (não confundir com o Levezinho dos lagartos), também apropriado para primeira leitura em francês, para alguém que queira praticar a língua, numa actividade que não seja lamber selos.
Existem mais livros da senhora em questão, mas este é o que acho mais conseguido. Não li ainda a “Higiene de um Assassino”, que a tornou conhecida e talvez esteja à altura deste. Se alguém leu, faça a crítica nos comentários, se faz favor.
E com isto se esgota a temática dos tremeliques. Ou talvez não…

Estupores dos tremeliques


Este é o chamado post dois em um. Serve para falar de um livro e de um problema/característica/whatever.
Os estupores dos tremeliques são uma chatice. Sempre tremi um bocado das mãos e sempre assumi que não tenho nenhuma daquelas doenças com nome alemão (sinal certo que são más como o caraças). Porque é que tremelicar das mãos é mau? Porque as pessoas assumem que estamos nervosos.
Em tribunal, tenho de me apoiar sempre na mesa por causa disso, ficando na posição rabo empinado porque eu sou muito alta e a mesa geralmente muito baixa. É a chamada pose cão em concurso de beleza.
Ainda bem que não quis ser cirurgiã, ou havia aí muita gente com peças a menos.
Estava agora a lembrar-me de uma anedota sobre tremor nas mãos, mas não é própria para contar em público, pelo que teremos de ficar por aqui.
O livro fica para a parte dois, para fazer render o poisson.

PS- A fotografia da gelatina pareceu-me adequada para ilustrar os tremores. Mas numa nota menos positiva, deu-me fome e agora tenho de ir comer qualquer coisa, até já.

terça-feira, janeiro 16, 2007

A Faneca ainda me leva à falência...


Arriscaram-se a levar outra vez com a fotografia de uma faneca (o peixe), mas lá consegui encontrar a imagem certa. Valha-nos S. Google.
Estava eu o outro dia descansadinha da vida, a ver televisão no meu sofá, quando anunciaram um documentário sobre o tio Edgar. Pensei eu para os meus botões "Ainda me faltam coisas deste gajo, tenho de ver se encontro as que faltam".
Não é que hoje encontro na faneca as obras completas e ilustradas do homem em capa dura a pouco mais de 10 euros? Isto é o universo a cogeminar maneiras de me fazer gastar dinheiro.
O tio Edgar, tcp (tradução portuguesa de AKA - also known as/também conhecido por) Edgar Allan Poe, é um dos expoentes da literatura de terror. Neste caso, não há dúvidas que é mesmo literatura. Para uma fã do género, como esta vossa escriba, é um dos autores imperdíveis.
Além de prosa, este senhor escreve também poesia, pelo que, brevemente, poderão aparecer algumas citações da obra em questão neste blog.
Estando arrumada a compra destes livros, ficam dois desejos vívidos para próximos aquisições: Les Bienveillants de Jonathan Littell e Das Buch Hitler de Eberle e Uhl. O primeiro, um relato de um oficial nazi, ganhou o prémio Goncourt e o prémio do Romance da Academia Francesa, está prestes a ser traduzido pela D. Quixote, ao que parece. O segundo é o dossier compilado pelos russos para Estaline a partir das declarações dos assistentes do Hitler, Linge e Günsche. Este já tem tradução para português, chama-se o livro de Hitler e foi editado pela Aletheia. Ficam como sugestões de leitura.

Últimos parte III


· Último filme – Apocalypto – Tem realismo, sanguito e línguas originais. Go, Mel! Confesso que nada me aborrece mais num filme do que um gajo do tempo da Maria Cachucha e da terra onde Judas perdeu as botas a falar em inglês. Muito bom, mas não aconselhável a pessoas impressionáveis. Tenho a impressão que já tive de fazer, várias vezes, esta ressalva no meu blog…
· Último livro – A Cidadela Branca de Orhan Pamuk, de que já falei brevemente aqui. Relata a vida de um cativo italiano na Turquia. É bom mas espero pelos outros livros (Vida Nova e os Jardins da Memória) para formar uma opinião mais global sobre o autor. Em processo de leitura, está O Último Papa (ainda não tenho opinião, vou esperar para me pronunciar).
· Última peça de teatro – Vermelho Transparente (já foi em Dezembro) – O bilhete só custou cinco euros. Por cinco euros, nem que fosse canetas espetadas nas rótulas. Não encheu o olho, mas vê-se bem.
· Último CD - Delikatessen dos Oomph! Ainda é o Best of dos Oomph! a rodar na aparelhagem. Também não tenho passado assim tanto tempo em casa para me dedicar à música, a minha vida social não mo permite. Socorro!
· Último concerto – ainda é o dos Queen a brincar, por isso, informo que o próximo será Klezmatics. Banda nova-iorquina que faz música Klezmer (típica dos judeus ashkenazi – leste da Europa) I’m feeling very ethnical…
· Última Ópera – Aida (já foi em Dezembro). Viu-se pouco o elenco a caminhar como os egípcios. Mas em compensação, viram-se muito ursos no público a comportar-se como brujeços. Telemóvel, objecto de discórdia entre os humanos. Bem, uns mais humanos que outros.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Lactivismo ou exibicionismo?



A falta de assunto é assim, obriga-nos a repescar coisas antigas para haver matéria nova no blog.
Tinha pensado falar um pouco do Apocalypto, o novo filme do Mel Gibson, mas a Kruella no blog irmão já mais ou menos esgotou o tópico (podem ver aqui o que ela teve a dizer sobre o assunto, complementarizado pelo meu comentário http://kruella.blogspot.com/2007/01/apocalypto.html).
E pronto, vou debruçar-me sobre mais uma americanice, uma associação chamada Lactivists. Esta associação, maioritariamente constituída por senhoras (imagino eu), batem-se pelo direito de amamentar em público. Perguntam vocês, mas qual é o problema de amamentar em público? É a exposição da glândula mamária, respondo eu, que caso não saibam tem sido considerada orgão sexual mesmo nos casos em que não está a ser utilizada para esse tipo de actividade.
Pois, nos EU of A, uma mulher que exponha a mamoca para alimentar a sua criança, está sujeita a ser acusada de exibicionismo. Exagero dos nossos amigos ianques? Claro que sim, mas se não fosse exagero, não seria a América. Pois é, isto de não ter leis à séria tem problemas destes. Como nos EU of A, se baseiam sobretudo na jurisprudência, isso significa que se o primeiro Juiz a julgar a causa for um gajo com problemas com mamas, lá vai a pobre mãe para o xelindró, apenas porque tentou evitar que o puto deitasse a casa abaixo aos gritos.
Dada a quantidade de jovens mães que seguem aqui os meus devaneios, e a importância que esta questão possa ter para elas, devo dizer que a nossa lei não é clara (nem eu sou penalista, sendo o meu conhecimento da matéria limitado à mera leitura da lei, o que nem sempre chega). Diz apenas "quem importunar outra pessoa praticando actos de carácter exibicionista...). O que isto significa a meu ver é que, em público, pode tirar-se a mama para fora para alimentar um bebé, mas não com carácter de provocação sexual.
Estou a assumir que exibicionismo tanto é sacar de uma parte sexualmente relevante do nosso corpo para fora da roupa, como por exemplo, fingir que se está a dar uma queca com um candeeiro (sim, conheço, pelo menos, um caso de alguém que foi preso a fazer isto. Não, não foi cá, foi nos EU of A, onde mais?).
Como passei de lactação a exibicionismo, nem sei bem. Mas deixo mais uma dica a quem possa ter ficado interessado pelo assunto. Exibicionismo não se aconselha fora de portas porque dá um ano de cana ou multa e, no caso de ser frente a crianças, dá cana até 3 anos, sem multa.
Por isso, exibicionismo não é uma boa tara sexual. Arranjem antes uma tara que possa ser feita indoors e só com adultos. Poupa alguns embaraços e aborrecimento e têm tanto por onde escolher...

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Achtung, Baby


Hoje em dia está muito em voga bater nos U2, quer seja porque se acha que a música actual deles não está à altura de antigos padrões, quer por o Bono ser agora mais o bom samaritano do que uma estrela rock.
Contudo, quem escreve músicas como esta que aqui vemos, pode não fazer mais nada na vida. Já deixou uma herança de peso, não precisa de mostrar mais trabalho. Esta é, sem dúvida, das melhores canções jamais escritas.
A música actual pode até não ter o nível de “The Joshua Tree” ou “Achtung Baby”, mas eu continuo a achar que tem qualidade. E as escolhas pessoais do Bono não são censuráveis. Afinal, que eu saiba fazer caridade ainda não é crime e a causa escolhida é nobre.
Há três versões do vídeo, mas esta que é do Corbijn, é para mim a melhor. Não só o realizador é excelente, como é filmado em Berlim (como comprova Alexanderplatz e os trabis pintados).
Para mim, esta canção sempre representou o dilema da Alemanha dividida, apesar das explicações apontarem no sentido de ser um filho com Sida que fala com o pai. Suponho que o facto do pai do Bono aparecer no vídeo dá algum peso a esta teoria. Claro que o facto do álbum se chamar “Achtung Baby”, datar da altura da queda do muro e o vídeo ser filmado em Berlim também dá alguma substância à minha convicção. Mas isso é pouco importante.
O que importa é o prazer que retiramos de ouvir música, seja ela qual for.

One




Is it getting better
Or do you feel the same
Will it make it easier on you, now
You got someone to blame

You say, one love, one life
When it's one need in the night
One love, we get to share it
It leaves you baby if you don't care for it

Did I disappoint you
Or leave a bad taste in your mouth
You act like you never had love
And you want me to go without

Well it's too late tonight
To drag the past out into the light
We're one but we're not the same
We get to carry each other, carry each other
One

Have you come here for forgiveness
Have you come to raise the dead
Have you come here to play Jesus
To the lepers in your head

Did I ask too much, more than a lot
You gave me nothing now it's all I got
We're one but we're not the same
Well, we hurt each other then we do it again

You say love is a temple, love a higher law
Love is a temple, love the higher law
You ask me to enter but then you make me crawl
And I can't be holding on to what you got
When all you got is hurt

One love, one blood
One life, you got to do what you should
One life, with each other
Sisters, brothers
One life, but we're not the same
We get to carry each other, carry each other
One
One

U2 - One

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Drácula numa reunião de condomínio


Apesar de grande fã do Tio Drácula, não resisto a bom humor sobre ele. Exemplo consumado será "Dracula, morto mas feliz" do Mel Brooks.
Pelo facto do Vlad trincar uns pescocitos e ter de trepar a algumas janelas para o fazer, leva-me a crer que também é obrigado a ter algum sentido de humor.
Cá fica o Empalador numa reunião de condomínio.
O meu Drácula preferido continua a ser o Gary Oldman no filme do Coppola, mas o Ricardo também não está nada mal...

Dúvida existencial entre muitas...


Alguém me explica qual é o critério para a construção de paragens de autocarro neste país? Para proteger da chuva não deve ser, como comprovei hoje. Esteja a pessoa em que canto estiver da paragem, fica sempre molhada.
Não era tão giro que as coisas fossem criadas com o intuito não de serem bonitas (que no caso das paragens dos autocarros até não são), mas de serem práticas e cumprirem a função para a qual existem?

terça-feira, janeiro 09, 2007

Mais um divórcio


A notícia já é um pouco antiga, mas aqui fica de qualquer maneira.
A Heather pediu o divórcio ao Brian. Não estão a ver quem é? Bem, são capazes por conhecê-los pelos nomes artísticos, Dita von Teese e Marilyn Manson.
Fiquei muito desiludida porque achei que este era um casal com potencial. Para começar, conheciam-se bem e não se casaram 5 minutos depois de se conhecer. E depois, eram um casal giro, ela muito bonita e ele muito... simpático.
E ainda no domingo, tinha visto fotos do casamento deles no VH1 e tinha pensado que era um par com carisma. Pois...
Fazer entrar uma petição de divórcio na véspera de Natal não se faz, Dita/Heather. Está bem que lá em casa não se devia ligar muito a isso, mas ainda assim, parece-me muito mal...
Usando a notícia como pretexto, cá fica o meu vídeo preferido do cavalheiro. Por acaso não é aquele em que a Dita aparece (mObscene). Já a Rose MacGowan foi à vida depois de aparecer no Coma White a fazer de Jackie Kennedy. Será premonitório?
O gajo tem andando desaparecido, mas esperemos que a dor do divórcio o inspire, pelo menos, a voltar ao trabalho. Sim, Brian (desculpa lá, mas recuso-me a chamar Marilyn a um gajo), isto de ficar em casa de pijama e pantufas a ver televisão não está com nada. Toca a voltar ao trabalho.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Heróis de penas


Agora que retiraram a SIC Comédia da TV Cabo, as minhas escolhas ficaram um bocado limitadas ao AXN, Fox Life e canais de documentários. Claro que estou à espera que o Fox Life bata em breve as asinhas, porque é capaz de ter demasiadas séries populares para a TV Cabo não tentar chular mais um bocadinho.
Queria eu com isto dizer que agora ando ainda mais intelectual, com tantos documentários que tenho visto. Um deles chamou-me particularmente à atenção o outro dia.
Falava dos pombos que transportavam mensagens durante a Segunda Guerra Mundial e da importância que tiveram para as comunicações aliadas. Ora, como boa lisboeta, eu detesto pombos, pelo que foi uma surpresa perceber que eles já tiveram outro uso que não seja cagar em cima das pessoas e transmitir doenças.
Eu já sabia que os pombos eram usados para transmitir mensagens durante a guerra e também que há condecorações para animais. Mas que os Serviços Secretos Britânicos tinham, nos anos 30 e 40, uma secção só dedicada aos pombos e que estes foram decisivos nesta guerra, isso desconhecia.
Foi um pombo chamado Duque da Normandia levado por paraquedistas para trás das linhas inimigas que avisou os navios aliados que as baterias alemãs tinham sido desactivadas. Foi um pombo chamado Guilherme de Orange que as guarnições de Arnhem usaram para pedir reforços, evitando uma tragédia. Isto porque os rádios ou avariavam ou os alemães podiam interceptar as transmissões.
Foram muitos os animais caídos por obra das armas e falcões alemães (vejam o filme Valiant, uma animação britânica que ilustra este aspecto particular da guerra). Aliás, para realçar a importância dos pombos na resistência, só os ingleses usaram 250 mil pombos durante a guerra.
E que não se ponha em dúvida a coragem dos bichinhos. Uma pomba, Mary of Exeter, completou todas as suas missões, apesar de várias vezes atacada por falcões alemães, a ponto de uma vez levar 20 pontos no peito. Acabou por morrer de velhice já depois do fim da guerra.
32 pombos ingleses foram condecorados com a medalha Dickin, a mais alta distinção atribuída a animais, por serviços prestados à pátria. A foto é de um desses pombos, Commando.
Por isso, da próxima vez que forem presenteados por um pombo alfacinha, antes de o insultar, recordem-se que ele pode ser um descendente de um herói da guerra, daqueles que ajudou a libertar a Europa do domínio nazi. Dá-nos logo outra perspectiva, não é?

Será que é desta?

Acho que finalmente resolvi o problema. Quer dizer, a Velvetsatine deu-me as dicas para resolver o problema dos vídeos, pelo que lhe fico eternamente grata. Ela é agora a feliz contemplada com 10 anos de conselhos jurídicos à borla.

E nada melhor que um vídeo de Oomph! para festejar esta vitória.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Finalmente, apresento Völkerball


Finalmente chegou o dia em que adquiri o Völkerball.
Ainda não vi, nem sequer abri a caixa, mas esperem uma crítica detalhada quando o fizer. Tendo imagens dos espectáculos ao vivo deles, só pode ser muito poderoso e impressionante.
Entretanto estou um tanto desiludida. Apesar de ter comprado a edição especial, há uma edição especialíssima que traz um livro com fotos. Está, claro, esgotadíssima e acho que nem chegou uma cópia às lojas portuguesas. Quem quis, teve de comprar on-line ou na Alemanha.
Well, se a procura for muita, os gajos acabam por editar o livro à parte. O capitalismo assim o exige.
Here's something for the weekend...

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Uma rapidinha...

Ora cá estou eu regressada do reino dos Algarves, onde, diga-se, estava francamente bom tempo. Infelizmente, a mim só me calham processos disciplinares e nunca passeios na praia. It's a dirty job but someone's got to do it.
Acho que finalmente vou comprar o portátil, fartei-me de ter ideias para posts no comboio e parece-me mal estar a escrever em papel, como na Pré-história. Eternizar as minhas ideias alucinadas no Word sempre é melhor do que vir a dormir, ressonar e babar-me (não que isso tenha alguma vez acontecido... Pelo menos, não os três ao mesmo tempo).
Estou outra vez de castigo à espera de um cliente, que provavelmente não vem. Mas como lhe dissemos que o escritório fecha às 19h, cá estou eu a cumprir a minha penitência. Tenho cá a leve desconfiança que não será isto que me ganhará um lugar no Céu. Como sabem todos os advogados têm lugar cativo no inferno, se bem que num círculo superior aos jornalistas e vendedores de carros.
Para não correr o risco da rapidinha se transformar numa longuinha, fiquem com os anjos (ou com os demónios, se for essa a vossa tendência).

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Sem vídeos

Isto não se faz. Está aqui uma mulher cheia de boas intenções e até de bom humor a tentar postar um vídeo e não consegue.
Então não é que o Youtube não me deixa adicionar o blog agora que ele migrou para a nova conta do Google? Eu logo vi que não ia sair coisa boa daqui.
Sem falar com a minha consultora para blogs (Velvetsatine), acho que não chego lá. Mas se alguma alma caridosa souber como me resolver o problema, eu agradeço a ajuda antecipadamente.
Só não perco o meu bom humor porque o sol continua a brilhar e vou almoçar ao japonês, senão não respondia por mim...

terça-feira, janeiro 02, 2007

What's new, Pussycat?


E pronto, cá estou eu novamente numa tentativa de fazer o mínimo possível hoje. E como não me apetece falar de filmes, arranjei outro assunto.
Não sei se repararam nos precious links que se encontram do lado direito deste blog. São alguns blogs a que acho piada, a maioria de amigos. Isto a propósito do novo bebé The Catwalk, que veio a este mundo ontem.
Façam o favor de dar uma vista de olhos nos mesmos, que considero interessantes, imaginativos, etc, etc. Até são poucos e vêem-se relativamente rápido.

É 2007 e o sol brilha...


Numa nota menos positiva, estou a trabalhar. Não se pode ter tudo, é o que é.
Nestas férias, não se fez nada de jeito e posts só mesmo o de dia 31. Ainda vão ter de esperar para saber se os advogados são mesmo humanos ou não. Pequena pista, talvez não sejam...
Este post serve apenas como desculpa para não rever a resposta da ASAE que tem de ser entregue hoje. Temos de concordar que haverá motivos menos nobres. Chateia-me porque agora temos de dar resposta a reclamações dos clientes dos nossos clientes. Como se já não bastasse termos de aturar os nossos clientes... Isto sou eu a pagar por pecados ainda não cometidos...
Mas passando a assuntos mais interessantes, tenho alguns livros na minha pilha de Natal. Além do Pamuk, recebi os seguintes:

  • Das Parfum - esta prenda foi alvo de uma pequena maroscazita. Tinha-o encomendado e a pessoa que esteve na Alemanha disse que não o encontrou (e eu acreditei, estou mesmo a ficar taralhouca). Depois recebi-o como prenda de Natal da mesma pessoa. Não que não tenha gostado da surpresa mas isto indica o uso de meios insidiosas pela X. Tem de ficar debaixo de olho...
  • O Último Papa - este foi semi encomendado porque constava da famosa lista. Acho o autor um bocado cretino, mas não resisto a uma boa teoria da conspiração.
  • O Clube Dumas - É velhinho, mas sangrento qb, por isso, também foi semi-encomendado. Que nunca se diga que o demo é desinteressante.
  • Siddhartha - Eis outro personagem interessante pelos motivos opostos do anterior. Sem ter sido encomendado, foi uma boa escolha. Vamos ver se o tio Herman tornou a vida do Sid interessante o suficiente.
  • The Book of Illusions - este não foi oferecido, eu comprei. Mas como disse à Mummy que foi uma prenda também fica aqui (tenho uma fatwa contra a compra de mais livros enquanto não for comprar estantes ao Ikea). É o que se chama uma mentira bem intencionada. Do Paul Auster só conheço o Timbuktu, mas este estava a €5,50 em capa dura. Nem que fosse a lista telefónica...
E pronto, já matei um bocado de tempo. Se calhar venho aqui daqui a bocado fazer a crítica dos filmes que vi nas férias...

PS: Ikea, era simpático mandares as estantes por eu ter feito publicidade. Queria umas Billy com porta de vidro, numa cor escura. Obrigada ;)