Além de um problema/característica/whatever da vossa escriba, Estupores dos Tremeliques também podia ser a tradução de um livro que apreciei bastante, no original em francês “Stupeur et Tremblements” da Amélie Nothomb.
Quis o destino que o tradutor desta obra editada no português pela ASA preferisse a designação “Temor e Tremor”. Também poderia chamar-se “Aventuras de uma belga no mundo laboral japonês”. De qualquer maneira, continuo a achar a minha tradução muito melhor.
A expressão designa a forma de uma pessoa se aproximar do imperador do Japão, com estupor e temor. Este livro, supostamente auto-biográfico, narra as experiências da autora, belga mas nascida em Kobe, Japão, enquanto trabalha numa empresa japonesa no mesmo país. Digo supostamente porque duvido que alguém se rebaixasse tanto no posto de trabalho.
A rapariga vive algumas peripécias no posto de trabalho, que começa com um posto normal administrativo e acabando num local impensável, devido a uma relação algo turbulenta com a sua responsável directa. Ilustra a problemática relações laborais, choque cultural e prepotência dos superiores hierárquicos como nunca antes vi. E não digo mais nada para não estragar a história.
Livro altamente recomendável, de leitura levezinha (não confundir com o Levezinho dos lagartos), também apropriado para primeira leitura em francês, para alguém que queira praticar a língua, numa actividade que não seja lamber selos.
Existem mais livros da senhora em questão, mas este é o que acho mais conseguido. Não li ainda a “Higiene de um Assassino”, que a tornou conhecida e talvez esteja à altura deste. Se alguém leu, faça a crítica nos comentários, se faz favor.
E com isto se esgota a temática dos tremeliques. Ou talvez não…
Quis o destino que o tradutor desta obra editada no português pela ASA preferisse a designação “Temor e Tremor”. Também poderia chamar-se “Aventuras de uma belga no mundo laboral japonês”. De qualquer maneira, continuo a achar a minha tradução muito melhor.
A expressão designa a forma de uma pessoa se aproximar do imperador do Japão, com estupor e temor. Este livro, supostamente auto-biográfico, narra as experiências da autora, belga mas nascida em Kobe, Japão, enquanto trabalha numa empresa japonesa no mesmo país. Digo supostamente porque duvido que alguém se rebaixasse tanto no posto de trabalho.
A rapariga vive algumas peripécias no posto de trabalho, que começa com um posto normal administrativo e acabando num local impensável, devido a uma relação algo turbulenta com a sua responsável directa. Ilustra a problemática relações laborais, choque cultural e prepotência dos superiores hierárquicos como nunca antes vi. E não digo mais nada para não estragar a história.
Livro altamente recomendável, de leitura levezinha (não confundir com o Levezinho dos lagartos), também apropriado para primeira leitura em francês, para alguém que queira praticar a língua, numa actividade que não seja lamber selos.
Existem mais livros da senhora em questão, mas este é o que acho mais conseguido. Não li ainda a “Higiene de um Assassino”, que a tornou conhecida e talvez esteja à altura deste. Se alguém leu, faça a crítica nos comentários, se faz favor.
E com isto se esgota a temática dos tremeliques. Ou talvez não…
7 comentários:
Não preciso de ler o livro para saber que a Ásia não faz o meu ‘género’, mas o tema das relações laborais dá ‘pano para mangas’…
Quanto a praticar a língua… houve 2 anos em que pratiquei muito francês! E não foi a ler livros… :-)
Pois eu acho que para mim é uma boa sugestão...porque o meu francês está a ficar para trás e se percebo quando falam comigo já tenho alguma dificuldade em me lembrar de algumas palavras para construir frases e consequentemente pareço um indio...
Estive a actualizar a leitura aqui no Covil e ficam já os meus agradecimentos pelas várias sugestões literárias. O de Poe abriu-me mesmo o apetite! :)
Oh, BC, escusávamos de ficar todos a saber que já tiveste um namorado francês...
E as relações laborais são complicadas de facto. É pôr os olhos no presidente da Junta da Pena, que foi morto à martelada ao entregar uma nota de culpa (depois de saber isto, as notas de culpa passaram a ir sempre pelo correio, bolas).
K, acho que deves continuar a praticar o francês, nem que seja em homenagem ao início da nossa amizade na Alliance Française. Ofereço-me já para emprestar os livros que forem necessários. Tenho vários géneros que podes achar interessantes.
Ora, seja bem aparecida, Velvetsatine. Também leio com interesse as sugestões do teu blog e já tenho recomendado o Sexo e Amor do Alberoni a várias pessoas, mesmo sem o ter lido.
Já sinto coceguinhas nos dedos para começar a ler o Edgar, depois "posto" sobre o assunto.
Migvic, é verdade que são os nossos superiores hierárquicos que muitas vezes decidem a nossa sorte na profissão (por relações privilegiadas ou por más relações). No caso do livro, esqueci de indicar também a problemática da rivalidade entre mulheres. Acho que, a par com as diferenças culturais, explica relação tumultuosa das duas.
Livro muito giro q aqui a amiga Miss Precious me deu a conhecer... muchas gracias!!
De nada.
Já acabei o Siddartha e achei interessante. Será mesmo inspirada na vida do Sid original?
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