quarta-feira, maio 30, 2007

Como certas nações são vistas Parte 1

EUA:
How blind can you get
for your country – right or wrong,
America – the melting pot
Praise the Lord
and praise the Holy Spirit
to save us from your freedom,
justice, peace, accordance and illusion,
from arrogance and pride,
from violence and confusion


Inglaterra:
So, you still believe you are ruling the world,
using all your tricks to keep the picture blurred
So you still believe you are superior,
and all other nations are inferior

in “Volk” de Laibach

Num texto anterior, falei do CD de uma das minhas bandas preferidas, os eslovenos Laibach. O conceito por trás do referido Álbum seria uma espécie de análise das nações, usando o hino actual ou uma versão mais antiga e fazendo considerações sobre os mesmos.
Esclareço que a opinião acima expressa é dos Laibach e não a minha. Se bem que não podemos negar que corresponde a uma certa visão destes dois países pelo público em geral, o que é particularmente verdade no que toca aos nossos amigos americanos.
Não vou bater nos americanos, porque já há muita gente a fazer isso. Mas parece-me interessante ponderar sobre o que se diz da Inglaterra, sobretudo à luz da actualidade e, muito particularmente, do caso Maddie. Temos assistido a uma campanha particularmente porca dos tablóides britânicos quanto à nossa PJ. Aliás, o pormenor da jornalista britânica que desconfiou do único arguido ter avisado a polícia britânica e não a portuguesa é particularmente elucidativo da nossa imagem junto dos ingleses.
Não será tal um reflexo do modo como os britânicos vêem os portugueses, como inferiores? Será que as críticas seriam tão acérrimas que a criança fosse sueca ou tivesse desaparecido na Alemanha?
Talvez as observações dos senhores eslovenos não sejam assim tão descabidas, é o que digo. Talvez exista de facto um sentimento de superioridade na relação da Inglaterra com outras nações, particularmente forte quando falamos de determinadas nações como a nossa.
O que é importante é admitir que isto é uma generalização. Como todas as generalizações, tem falhas mas também tem um fundo de verdade.
PS: O vídeo é o da canção da Turquia, uma vez que a canção da América não tem vídeo. Porque será que penso no festival da canção ao falar no alinhamento deste CD? ;)

3 comentários:

Anónimo disse...

Sem dúvida, muito interessante e, infelizmente, bem verdade. O mais triste é que também nós portugueses contribuimos para a visão que os bifes têm de nós, pois temos sempre o complexo da inferioridade, e dizemos "Yes, Sir" a tudo o que venha de fora, e raramente defendemos o que é nosso... Daí não me chocar o tratamento que a imprensa britânica nos está a dar. É triste, mas não surpreendente.

Anónimo disse...

Acho que as letras dos Laibach assentam que nem uma luva a ambos os países. Quanto à visão que a imprensa inglesa tem de nós, é só para tapar o sol com a peneira. Todos os anos desaparecem milhares de crianças em Inglaterra e a polícia britânica está longe de deslindar a maioria dos casos.
Quantos ao americanos, com a mania que mandam no mundo, só me lembra um excerto do filme do Borat, em que ele está no rodeo e antes de cantar o hino, diz à plateia: "We in Kazakhstan support your war of terror" e recebe uma ovação de pé! O público não percebeu a diferença entre "war on terror" e "war of terror"...

Precious disse...

O problema, Crow, é que estes problemas são coisas antigas. Desde que os ingleses são nossos "aliados", formaram uma imagem de nós que nem sempre é verdadeira. Mudar isso agora é muito complicado.

Poderosa, a Scotland Yard é também uma excelente polícia. O problema é que há mesmo casos que não são passíveis de serem soluccionados. O problema dos EUA será objecto de outro texto.