Miss Precious escondida com o braço de fora

A expressão correcta até seria " Miss Precious na banheira com o braço esquerdo de fora".

Entramos na fase final da saga do alto no braço, que acabou de ser extraído na sexta passada. É bom porque finalmente se vai encerrar o assunto, mas ganhei um respeito novo pelo meu braço esquerdo, que admito faz cá uma faltinha.

E graças à minha asa ferida, eis aquilo a que me tenho visto submetida:

- tomar banho com um braço de fora (é mais complicado do que parece à primeira vista, apesar de ter vasta experiência a tomar banho com a pata posterior de fora, cortesia dos meus joelhos horríveis);

- correr o risco de chamar os bombeiros por não conseguir levantar-me da banheira com um braço só (mais um inconveniente de ter o rabo grande);

- calçar peúgos e collants tornou-se uma requintada forma de tortura (a sério, dá vontade de assassinar alguém);

- passar fominha de cão se não houver ninguém para cortar a chicha à menina (isto é o que mais me tem preocupado, confesso, ou não fosse o meu pecado mortal preferido a gula);

- Passar o fim-de-semana com o braço preso a um cachecol do Benfica (sentido de humor tortuoso da mãezinha);

- Escrever textos para o blog só com uma mão, demorando o dobro do tempo (confesso que a meio comecei a fazer batota e escrever a duas mãos);

- Fazer a uma mão ou com ajuda tudo aquilo que pressupõe o uso de duas mãos (e a lista é infindável, acreditem).

É possível que ainda fale do dia da operação, só isso dava para escrever mais meia dúzia de textos. Mas confesso que ainda estou demasiado traumatizada para o fazer. Logo se verá.