terça-feira, abril 28, 2009

Se não morri desta, não acontece tão cedo…



Sou habitualmente advogada sobre carris, mas, muito de vez em quando, sou advogada com asas. Foi o que me calhou ser ontem, numa deslocação a Bragança.
Vocês já sabem que sou uma mulher destemida, que adora voar. Pois, esta frase tem de ser reformulada para “… que adora voar num avião de jeito”.
Ao ponderarem uma deslocação a Bragança, tenham em conta que de autocarro levam 7 horas a chegar e que não há comboio directo de Lisboa.
Mas optar pelo avião, viagem de 1h30 com escala em Vila Real, num petit avião de 20 lugares com hélices, garante o seguinte:

- Ficam a saber como a carne se sente numa centrifugadora Moulinex (com a diferença do barulho, que no avião é maior)…

- Ganham uma fé inesperada em Deus (sim, em Vila Real, a técnica é atirar o avião para a pista, manobra que incrivelmente designam de aterragem)…

- Começam a pensar porque raio conceberam sacos para vómito tão pequenos…

- Percebem porque pintaram o interior do avião de amarelo vómito…

- Apetece-vos fazer como o Papa João Paulo II e beijar o solo quando finalmente aterram.

Triste, triste, é que não pude fazer tudo o que estava programado e se calhar tenho de lá voltar num futuro não muito distante… Talvez usando a técnica de Malta e levando comigo uma imagem da Virgem e uma velinha, tenha mais hipóteses de voltar viva e mantendo a integridade física.

13 comentários:

V. disse...

Achas realmente que tornar-te católica resolve o problema?

Não é mais fácil levar uns fones com boa música, sacos de vomitar maiores e nãocomer nada hora e meia antes?

E eu que te fazia uma gaja virada para as radicalidades!

Precious disse...

Thunderlady, isto não entra na categoria radical, mas tortura.
Música mais o barulho das hélices é capaz de me agoniar ainda mais e nem sempre dá para controlar a hora das refeições. Já os sacos de vomitar maiores, vou ter atenção a isso, e tomar o vomidrine, que também pode ajudar.
Posto isso, se o Altíssimo der uma ajuda a que o aparelho não caia, também não está mal.

Gi disse...

Não contas que alguém tenha despencado por ir nessas coisas com asas a Bragança. ;)

Mr. Darcy também já foi ao Porto em aviões(quase netas)parecidos.
Deve ser horrível, de facto, mas acho que ainda não houve acidentes, não vai ser contigo, minha Precious.

V. disse...

Não deixa de ser uma tortura radical, ahahah

Vá, tu aguentas, tu aguentas!

Precious disse...

Oh, e se algum já caiu e houve uma conspiração do governo para encobrir a situação? Pânico.

Thunderlady, que remédio senão aguentar. A viagem ida e volta de 14 horas de rodas assentes no chão também não deve ser nada fácil.

deKruella disse...

Epá pois eu achei que foi uma boa preparação para aquela cena que haveremos de fazer as duas...com um paraquedas atrelado nas costas ;)

Que invejaaaaaaaa

Precious disse...

Se vos restava alguma dúvida, leitores do covil, aqui está a confirmação.
Esta vossa escriba é louca. Concordou em saltar de páraquedas com a sua comadrea K.
Tinha-me esquecido que ia ser numa caranguejola destas.

Anónimo disse...

Ou talvez comeces a achar que afinal de contas, 7 horas de comboio não é assim tão mau, não?

Precious disse...

7 horas para cá e sete para lá. Se fossem sete no total, ainda aguentava.

Hannah disse...

Só de olhar para o avião me arrepiei! Correndo o risco de ter de me levantar à hora que normalmente me deito, acho que optaria pelas 7 horas de carro... chiça! Medo, muito medo!

Precious disse...

Pois para mim, o tempo é mesmo das coisas que mais prezo. Ia atormentar-me fazer uma viagem de 7 horas quando podia fazer de 1h30. Isso havia de me perturbar tanto quanto o voo em si, por isso, ficava ela por ela.

fenix disse...

Eu q n gosto de andar de avião, só te posso dizer: q tomates!!!
Gd aventura. Mas pensa: 1h30, em vez de 7h...

Precious disse...

É a única coisa que me faz ponderar o avião e não ir de carro. E vou-me animando com esse pensamento, enquanto vou agarrada ao assento a rezar pela minha vida...