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sexta-feira, junho 22, 2007

Um senhor susto

Imaginem uma situação clínica à qual nunca deram muito importância e que se arrasta há anos. Que, finalmente, por descargo de consciência e porque tiveram problemas de saúde graves na família próxima, acabam por falar nisso ao médico e o gajo manda fazer exames mais rigorosos. Que o resultado desses exames é equívoco e acaba por apontar para ser uma daquelas coisas más que vocês não querem nem ouvir falar. Não é bom, pois não? Pois foi isso que me aconteceu este último mês.
Foi o médico da ressonância malandreca que me deu a grave notícia que, à luz das características da massa que eu tinha no braço e dos catastróficos antecedentes familiares, eu podia ter um tumor. Resultado: pânico total.
Daí, e para a coisa ser mais sumarenta, esse médico mandou-me para oncologia, onde aventaram a hipótese do problema ser originalmente dos pulmões e mandaram fazer TAC ao tórax. Posta de parte a hipótese de ser cancro dos pulmões, mandaram-me para ortopedia.
Nessa nova especialidade, mandaram-me fazer uma citologia aspirativa, que consiste em espetarem uma agulha no alto do braço e retirarem células para análise. Para que fique registado, apesar da simpatia do Pablito que executou a tarefa, doeu como o caraças. Como para certas pessoas as coisas nunca são fáceis (é a porra do meu Karma), tiveram de me picar segunda vez. Apesar do spray dos jogadores da bola, doeu quase tanto como da primeira vez. O alto, em protesto, ficou três vezes maior durante dois dias.
Na quarta-feira, véspera do meu aniversário, ligam-me a marcar consulta, dizendo que já têm o resultado. Não me dizem qual é o resultado, o que significa que tenho de estar mais dois dias em sobressalto, até saber o que tenho. O que explica o pouco entusiasmo do post anterior.
E hoje, finalmente, informam-me do resultado. Não é tumor nenhum, é um lipoma intra-muscular, que é completamente benigno, mas vai ser retirado por precaução.
Agora digam-me lá, sabendo que a probabilidade não era ser um tumor (confirmado pelo oncologista e ortopedista), não era de dar com um gato morto nas trombas do médico original até que mie?

PS: Apesar do post poder indicar que continuo a estar lixada com a situação, acreditem que ouvir que, uma coisa que pensávamos ser muito má, afinal não é nada de especial, é muito bom. E sim, dei pulos de alegria. Mas a angústia do último mês, ninguém ma tira.

quinta-feira, junho 14, 2007

Médicos...


Ando para escrever um texto a malhar nessas criaturas sem designação que são os médicos, mas como estou de bom humor, motivado pelas excelentes notícias de que tenho uns pulmões cor-de-rosa e fresquinhos, vou deixar isso para outro dia em que esteja a espumar de raiva por causa desses estupores.
Vou apenas debruçar-me sobre a linguagem extremamente técnica utlizada por dois exemplares num caso recente que me levou à interacção com eles.

Exemplo n.º 1:

Professor analisando ressonância magnética de braço para ver de que é feito o meu alto de estimação: "A sua ressonância é um bocado malandreca".

Exemplo n.º 2

Doutor analisando TAC torácico: "Está tudo catita".

O que será uma ressonância malandreca? Há três hipóteses à escolha:

a) uma ressonância que gosta de pregar partidas aos amigos.
b) uma ressonância que gosta de beliscar o rabo a ressonâncias-fêmea.
c) uma ressonância que gosta de contar piadas porcas.

Eu confesso que me sinto dividida entre a b) e a c), mas escolham a hipótese da vossa preferência.

E estar tudo catita? Mais técnico do que isto é impossível, apesar de confessar que gostei mais de ouvir esta expressão do que a anterior.
Ouço toda a gente queixar-se que a gajaria médica (desculpa, Kitty ;) só usa palavras caras. Será que serei caso único do uso de calão para descrição de estado de saúde e problemas médicos?

Estejam a atentos aos próximos capítulos e se virem no telejornal que um médico foi atacado à dentada no Hospital de Santa Maria por uma doente do sexo feminino, há uma forte probabilidade de ser eu...